Setim 14/01/2024
Desculpe meu jovem Werther
Fingirei que esse não é um clássico literário e cometerei várias blasfêmias contra esse livro sem culpa.
Em primeiro lugar, tal qual Dona Hermínia fazendo terapia em grupo, devo dizer para Werther transferir todo o seu patrimônio e títulos de nobreza ao o meu nome, para que assim, ele possa ficar endividado, sem tempo para pensar e para escrever cartas; e, dessa maneira, dar uma guinada sua vida.
Em segundo lugar, eu peguei esse livro para ler enquanto eu estava sofrendo por amor e, mesmo assim, chegou umas partes da história que a lamentação era tão excesiva que eu mesmo estava querendo ir lá matar o personagem para essa história acabar logo.
Em terceiro lugar, de misericórdia, pelo menos eu consegui entrar em contato com uma obra literária que não passou pela mão pesada do mercado editorial contemporâneo e, dessa forma, o autor teve a liberdade criativa de escrever sem ser obrigado a se encaixar em fórmulas (quase matemáticas de tão limitadoras) para publicar seu livro. Esperançosamente, continuarei buscando obras em que essa liberdade tenha sido melhor utilizada.
Ps.: Nunca vou me torturar lendo de novo, mas até que deu para grifar bastante.