Os Lusíadas

Os Lusíadas Luís de Camões




Resenhas - Os Lusíadas


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rosangela 20/11/2009

Os lusíadas
Com seus dez cantos e 1102 estrofes, 8816 versos decassílabos heróicos, medida nova, Camões construiu numa linguagem lírica – linguagem para narrar feitos históricos – a viagem de Vasco da Gama para estabelecer contato marítimo com as Índias, com o livro Os Lusíadas, dividindo-o em três partes: Introdução, narração e epílogo.

Nessa epopéia o herói está representado por Vasco da Gama, mas quem realmente é exaltado é o povo português. Com o Renascimento, os valores da igreja já em segundo plano e ainda, influenciado pelo alargamento dos horizontes geográficos de Portugal, com as viagens de circunavegação, com uma extraordinária prosperidade econômica,

Camões escreve Os Lusíadas com um inusitado e maravilhoso mundo pagão, a mitologia cria vida com deuses em divergências no Olimpo, uns tentando destruir a viagem e outros fazendo a proteção. A parte pagã dos versos é a que mais movimenta toda a obra. Há uma riqueza brilhante em cada canto, com seus versos medidos e visuais, como se assistíssemos a uma grande batalha e viagem.

Resume-se a obra na batalha de Júpiter e Baco; em Melinde que ao chegar Vasco da Gama é chamado a contar a história de Portugal; a partida quando ocorre o caso dos Doze da Inglaterra, durante uma tormenta; o regresso à pátria; o herói deveria ser Vasco da Gama, mas é o povo Português, desobedecendo aos parâmetros de uma epopéia.

No epílogo Camões não consegue dar importância ao caráter objetivo, histórico, transindividual da poesia épica, envolvido com seus próprios sentimentos que vê nos portugueses um ufanismo desenfreado e medíocre sem perceber que a Espanha está á espreita e faz sobressair a sua verdade íntima, profunda e intransferível de homem e poeta. Ele transfere para seus personagens suas frustrações e sentimentos, trocando até o pronome de terceira pessoal para de primeira pessoa, criando episódios líricos com inspiração poética particular e subjetiva para os personagens secundários, contrariando os padrões do épico.

Visionário ou eleito Camões conseguiu aliar medieval, humanismo e classicismo nessa perfeição poética, esses versos universais que tocam nossos sentimentos até hoje.




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Lucy Nazaro 10/10/2009

Li pela primeira vez pelos idos de 1984, quando comecei a trabalhar com Literatura Portuguesa. de lá para cá leio trechos, escolho passagens que gosto para ler, pensar com meus alunos. Tem muitas "coisas" boas para se ler nesta obra. Recomendo, não como leitura para provas, notas, mas como busca de histórias lindas que Camões registrou.
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Higorito 27/09/2009

Cansativo
Uma leitura chata e cansativa, pode ser um clássico, e até ter um enredo digno de leitura obrigatória, no entanto, é muito mais fácil se perder em pensamentos paralelos durante a leitura do que se focar no enredo.
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ninde 19/09/2009

Li 5 páginas e atirei num canto qualquer... nunca vi coisa mais xata, e olha q eu leio até bula de remédio!!!
[Ramon] 07/03/2014minha estante
Talvez se você tivesse uma leitura mediada não o tornaria mais suportável? Creio que teremos "Os Lusíadas" sendo trabalhado no Curso de letras. o_o'
(Tbm taquei "Assim Falava Zaratrusta" num canto. Ô porra pra fritar meu cérebro)




Rolo 17/09/2009

Que gigante, ó pá?
Um poeta bêbado, cabreirinho (e isso lhe custou um olho. LITERALMENTE)e mulherengo decide criar um poema épico. (Não "de época". Épico)
História de bravos marinheiros que, depois de alguns "contra-tempos", coisa boba, (resolvidos por uma deusa super gente boa), ganham a vida numa ilha cheia de mulheres gostosas. Enfrentam o Gigante Adamastor.
Ah, e dá também um tapa de luva nos gregos e romanos dizendo

"Que o mar com fim será grego ou romano:
O mar sem fim é português."

PS: Tudo bem, ali é de Fernando Pessoa, mas MENSAGEM é quase um OS Lusíadas"
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Mara Vanessa Torres 23/07/2009

Clássico... E entediante.
Se existe uma única palavra que caiba aqui (pra mim, ok?), ela é justamente 'tédio'. Ufanismo exagerado e enfadonho.
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Inugami 23/07/2009

Tive que ler para o vestibular.

Não que o livro seja ruim, mas a linguagem o torna MUITO chato de ler.

Peguei a resenha, li, reli, passei no vestibular e to feliz.
Nathy 22/02/2011minha estante
Parabéns... Rsrs!


B.W. 24/07/2012minha estante
abandonei essa porcaria muito chato!sou algum professor de historia deveria vim um livro de historia do lado dessa chatice só por que é camões tenho que dizer que é bom. horrível não recomendo esse livro chato pra ninguém.não sou metido á intelectual por isso que me criticar que for pseudo intelectual pegue numa enxada e vá pra roça,isso sim e trabalho é não ficar se achando melhor do que os outros esse recado é só pra gente metida á bos... quem humilde é nóis.




Eduars 16/07/2009

Os Lusíadas
LEMBRO-ME como se fosse hoje, fiquei envergonhado com o testemunho de um primo que havia lido a Bíblia inteira. Eu não lia nada e todos liam alguma coisa, até mesmo um tio “doido de pedra” lia um quadrinho Tex. Resolvi pegar alguma coisa no colégio para ler, os alunos geralmente pegavam uma coleção de capa vermelha, os títulos eram: As valquírias, Brida etc., hoje dou graças a Deus em não pegar esses livros, já que é pra ler que seja algo que preste. Como não-iniciado na arte dos livros acabei em escolher um pela capa. Era uma capa singela, despretensiosa: tinha um barquinho encima de uma onda e o autor era Luíz de Camões, presumi que fosse um autor qualquer, desses que são nossos vizinhos. Olhei o livro e a curiosidade me levou a abri-lo.
- Com certeza deve ser uma história de piratas – pensei eu.
Comecei a ler e não entendi bulhufas: lusitana? Taprobana? Troiano? Alexandro? Trajano? Netuno? Marte? Alevanta?
- De que diabo esse infeliz está falando? – pensei.
Fechei o livro e nunca mais o abri. Mal sabia que em minhas mãos haviam passado uma epopéia do homem moderno; o barquinho era uma caravela portuguesa e Camões o maior poeta épico e lírico de Portugal. Na época li I: 1-3 (canto I, estrofes um, dois e três), foi o bastante. Após isso empreendi uma fuga assaz de livros, principalmente desses com capas simplórias.

Retornei aos livros de literatura graças à Aridna Barth e ao Eliézer Magalhães e essa estante arqueada de livros agradece o incentivo.

Comprei dias atrás o mesmo livro num sebo de Curitiba; digo o mesmo porque é idêntico: tem aquele barquinho encima de uma onda. O livro é da Série Bom Livro - para mim a melhor série de livros de literatura. Aprendi que não se deve julgar o livro pela capa, mas bom mesmo é conteúdo com capa bem ilustrada, pois a concepção de livro deve apresentar três linguagens em diálogo – texto literário, imagem e projeto gráfico (principalmente para as crianças). No caso de Os Lusíadas a ilustração é de Lúcia Brandão. Em minha opinião as mais belas ilustrações são as do livro Esaú e Jacó de Bilau e O Missionário de Marcus de Sant’Anna. Essa série também disponibiliza os comentários de críticos literários, o livro Os Lusíadas têm as críticas literárias e o apanhado histórico sobre Camões de Carlos Felipe Moisés, que faz um resumo histórico do escritor Camilo Castelo Branco nos livros Amor de Perdição e Amor de Salvação. Esses dois últimos livros recebem críticas literárias de duas professoras da USP: Samira Youssef Campedelli (Amor de Perdição) e Maria Helena Nery Garcez (Amor de Salvação). Enfim, para que não se perca muito tempo nisso em outro momento eu comento algum outro livro. Coloco abaixo o I:1-3 onde parei em 1998. Acima as capas ilustradas.
1
As armas e os barões assinalados
Que da Ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca dantes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;
2
E também as memórias gloriosas
Daqueles Reis que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando,
E aqueles que por obras valerosas
Se vão da lei da Morte libertando,
Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.
3
Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandre e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem Neptuno e Marte obedeceram.
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,
Que outro valor mais alto se alevanta.
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Tata 25/07/2009minha estante
Adorei essa resenha! Trás nostalgia pra todo mundo que pegou esse livro antes do tempo e não entendeu nada \o/




Tatta 08/07/2009

Não leia!
A não ser que você curta perder seu tempo traduzindo português arcaico.
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Birdie.Reader 23/06/2009

Li para para o colégio
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Inlectus 19/06/2009

Muito bom.
Uma obra clássica e imortal da literatura, e uma leitura deliciosa.
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Anita jo 18/06/2009

é um bom livro, embora a sua leitura seja cansativa
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Sudan 30/05/2009

Os Lusíadas
Com centro na narrativa da viagem de Vasco da Gama até as Índias, Camões conta nesta epopéia a história do povo português, utilizando-se da estrutura clássica do poema épico. "Os Lusíadas" é, acima de tudo, uma declaração de amor de Camões à sua adorada terra lusitana.
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Valdeck2007 03/03/2009

Linguagem hemética
O livro é escrito numa linguagem de época, um português arcaico... Não consegui seguir adiante na leitura... Infelizmente, apesar dos incontáveis comentários em editais de vestibular, sites de literatura etc.
Marcelo 16/12/2013minha estante
Esse portugues e arcaico para os dias de hoje, ja que o livro foi escrito ha mais de 500 anos.Qualquer livro dessa epoca teria um portugues arcaico hoje em dia, uma vez que a lingua - seja ela qual for - sofre constantes alteracoes com o passar do tempo.. Voces usam esse termo arcaico como se fosse definir em uma palavra essa obra de valor inquestionavel.
Ja percebi que a maioria das resenhas sobre o livro aqui foi feita por pessoas despreparadas para tal.




Camille Ramos 15/02/2009

Enfim, é o que é
A "primeira obra da língua portuguesa" (a que define a língua, e coisa e tal), não poderia ser mais, como dizer, arcaico. A linguagem é enjoada, e eu sinceramente prefiro a prosa...

Como criticar uma obra tão antiga? Não há como desenvolver padrõs, é complicado.

Não recomendaria para uma leitura espontânea... Talvez àqueles que quiserem analisar a obra ou compreender o período que esta faz parte, é uma boa. Mas não é o que eu chamaria de leitura de descontração...
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