Roberta 20/09/2022
Aquela adrenalina de sempre!
Ler Ken Follett parece ser garantia de adrenalina, plot twist e clichês bem trabalhados. Acabei lendo em algum review por aí que o autor parece sempre criar a mesma receita mudando o nome dos ingredientes. Até certo ponto, isso é verdade, ao menos no universo de Kingsbridge: há sempre o monge bondoso, vilões com nome iniciando em W, bispos sem escrúpulos, jovem inocente de bom coração e bem determinado, personagem feminina forte e, ao mesmo tempo, vulnerável, disputas de poder, padres depravados e muito sexo, violência e estupro. Isso faz cada história ser menos interessante? Nem um pouco. Cada personagem é cativante ao seu modo, alguns medíocres e outros completamente odiáveis.
Ken Follett é capaz de fazer você criar laços de amizade com alguns dentro da história e completo ódio e repulsa de outros. Ainda que o núcleo novelesco da narrativa mantenha uma estrutura parecida em suas histórias, o desenrolar dela e as consequências são sempre uma surpresa.
Aquele vilão vai se f$@#!der em algum momento no meio do caminho, mas ele vai se recuperar, vai se vingar, e a vingança será dolorosamente cruel, mas não se sabe quando nem como. Alguns dos seus personagens favoritos vão sofrer e você sem tirar muita raiva, outras vezes você sentirá raiva por suas atitudes estúpidas, mas você vai torcer (e não vai ser pouco) por cada um deles.
Este prequel de Pilares da Terra baseia-se muito mais em disputas de poder, intrigas, jogos políticos do que em aventuras, mas é igualmente tenso e cativante. Ainda que eu tenha gostado mais dos outros livros de Kingsbridge, não pude deixar de dar cinco estrelas, pois não consegui largar o livro e devorei mais de 700 páginas num piscar de olhos.
Ken Follett com certeza ocupou seu lugar entre meus autores favoritos.
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