spoiler visualizarDuda.Nard 14/12/2020
Maravilhoso.
Esse é a segunda obra que eu leio desse autor, a primeira sendo Mundo Sem Fim, então eu já tinha algumas expectativas para esse livro, que foram atendidas com perfeição.
O Crepúsculo e a Aurora é uma história que possui mais de um ponto de vista sendo contada através de quatro personagens principais: Ragna, Edgar, Aldred e Wynstan.
Ragna é uma mulher nobre, Edgar é um construtor talentoso, Aldred e Wynstan são clérigos, mas enquanto Wynstan é corrupto, Aldred é bondoso e deseja que os monges sigam os ensinamentos apropriados das leis de Deus.
Essa trinca de nobreza, clero e construtores é uma coisa que eu pude ver que segue um padrão. Em Mundo Sem Fim, a nobreza de um dos personagens é alcançada com o passar da história, enquanto que no início, mesmo não sendo da nobreza, um dos personagens tem uma vida abastada, bastante confortável e bem influente.
A trama é realizada de uma maneira inesperada, realmente eu não esperada tudo aquilo que aconteceu com a Ragna e, pra mim, foi muito triste ver como ela, que é uma personagem tão forte e independente, teve sua essência quase extinta devido aos problemas que teve que enfrentar, e foi extremamente recompensador ver que ela conseguiu dar a volta por cima e aqueles que a fizeram mal algum dia, tiveram o seu devido karma pago com sucesso.
Wynstan chegou ao fim dessa aventura de maneira terrível, e eu não esperava nada mais do que isso, mas a forma como ele chegou ao final é um deleite esplêndido.
Aldred encerra a história a caminho de realizar sei sonho, montar a biblioteca de seus sonhos. Não fica claro se ele vai conseguir, mas ele consegue poder o suficiente para ser capaz de transformar sua ainda em construção catedral em um centro de ensino.
Edgar chega ao fim realizado. Consegue também tudo aquilo que deseja: a mulher por quem se apaixonou e uma profissão de muito reconhecimento.
Tirando o Wynstan, são personagens muito calorosos e logo nos vemos envolvidos em suas vidas, torcendo para suas vitórias e sentindo raiva quando alguma coisa sai do controle.
Ken Follett acertou em tudo nessa obra, que merece todo o reconhecimento do mundo.