Minha vida de rata

Minha vida de rata Joyce Carol Oates




Resenhas - Minha vida de rata


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Erika 04/12/2020

Rata
"Minha vida de rata" foi o livro escolhido pela TAG Curadoria do mês de outubro e gostei muito do livro.
Violet vem de uma família disfuncional e desajustada. Seus irmãos, os valentões Jerome Jr e Lionel sempre se safaram de alguns crimes. Mas quando eles matam um rapaz negro da escola , Violet não consegue manter o segredo por muito tempo e ,atormentada, acaba dedurando os irmãos que posteriormente serão julgados e penalizados com muitos anos de cadeia pela frente.
Na família de Violet a mãe e o pai tentam encobrir tudo para defender os filhos. E ela sendo irmã, e tendo entregado eles, eles acabam excluindo-a da família. Sua vida agora será de rata: repudiada pela família apenas aos 12 anos de idade, sendo mandada embora de casa, tentando se ajustar à nova realidade na casa de uma tia Violet vai crescendo sem nunca desistir de juntar os fragmentos que sobraram de sua antiga vida. E essa tentativa é como um espelho quebrado. Onde você cola os pedaços e ele nunca mais volta a ser como era antes.
O livro é melancólico e triste em muitas partes e toca em questões como racismo, rejeição, estupro e abusos. Tem partes pesadas e indigestas. Me incomodou o fato de a protagonista sempre dizer " fiz isso, mas talvez tenha feito aquilo", "disse isso, mas não sei se disse isso mesmo" ao longo da narrativa é algo irritante que traz dúvidas ao leitor a todo instante.
O livro é bem real pelo fato de às vezes vermos mesmo tanta inversão de valores. Onde o certo passa a ser o errado e vice - versa. Não entendi por quê Violet teve que passar por toda essa pressão. Levar uma vida escondida, sem ter feito nada de mau a ninguém. Nada de bom acontece na vida dessa menina. Só privações, maldade e humilhações em torno dela.
No geral, gostei da obra. Muito bem ambientada e bem escrita.
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Gisa 30/08/2021

Um livro perturbador, cheio de gatilhos, violento e maravilhoso (sim, é possível!).

Não quero dar spoiler, acho que é um livro pra se ler aos poucos, descobrindo conforme a autora vai narrando mesmo, e definitivamente não é um livro fácil (pois muitos gatilhos).

Uma escrita que te faz perder o fôlego, crua, visceral, o livro aborda questões raciais de uma perspectiva branca, sobre a branquitude, sobre silenciamento, sobre masculinidade e misoginia, sobre dramas familiares e crime de ódio, sobre se tornar pária e culpa, muita culpa, a morte de almas, as vidas devastadas.

O que é ser leal? É melhor ser leal a família ou a sua verdade?

NOTA MENTAL: Ler tudo de Joyce Carol Oates.
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Clau @meuescapeliterario 04/10/2020

TAG Curadoria - Outubro 2020
Minha segunda leitura da TAG Curadoria e novamente fui pega de surpresa por esta grata porém difícil leitura.
Violet Rue Kerrigan é uma garota de 12 anos que percebe sua vida virar do avesso após ser expulsa de sua família, sendo forçada a abandonar parentes, amigos, pais, irmãos e a cidade onde cresceu. A garota vai morar com sua tia Irma até o final do ensino médio, prestes a completar seus 18 anos, no entanto nos quase 7 anos em que Violet residiu na casa dos Allyn, nunca floresceu o sentimento de lar, como era na residência dos Kerrigan.
O livro é contado por meio de memórias dolorosas da garota que convive com a culpa de ter “traído” sua família em um exílio forçado até chegarmos à sua vida adulta. É uma leitura bastante complicada pelos assuntos que aborda, trazendo críticas ao racismo, às suas consequências para a sociedade como um todo, relacionamentos abusivos, assédio a menores, abandono familiar, etc. Contudo a escrita da autora é tão envolvente que em nenhum momento o livro se torna chato e a cada capítulo nos vemos presos à estória de Violet.
Ao longo de sua obra, Oates vai desconstruindo cada camada por meio das experiências traumáticas pelas quais a protagonista passou, provocando no leitor inúmeras reflexões acerca da sociedade atual, da misoginia, do racismo estrutural que segue favorecendo brancos e aniquilando negros, ao mesmo tempo que a autora nos deixa esperançosos pelo momento em que a personagem vai abandonar seu exílio forçado, se perdoar e se permitir ser feliz. Concluindo, é um livro denso que causa muito desconforto, mas de extrema importância para ser discutido.
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Lusia.Nicolino 18/10/2020

Quando a verdade dói mais que a mentira
Quando nasce a moral? Quando a verdade dói mais que a mentira e dilacera a vida?
Quanto pesa, quanto vale cada membro da família? Ah, é preciso definir família antes de responder a algumas questões.
A confiança que se estabelece com um estranho, quanto se paga por ela?
Muitas perguntas vão surgindo durante a leitura de Minha vida de rata.
Violet Rue Kerrigan é a nossa protagonista, vive com sua grande família descendente de irlandeses próximo às Cataratas do Niágara. Admira o pai e os irmãos mais velhos em meio ao machismo – velado? – a violência aceitável dos homens, o racismo nada disfarçado.
Quando os irmãos se envolvem em um crime, ela faz o que acha certo e vê sua vida virar do avesso no crítico momento de passagem dos doze para os treze anos.
Pouca idade para muita carga.
Oates tem uma escrita fluída e que entrega o peso da história à medida em que você consegue aguentar. Eu não conhecia a autora e foi uma grata surpresa.

Quote 1: “Ele teria afirmado que nos amava igualmente. Na verdade, ficaria furioso se qualquer um sugerisse outra coisa. É isso que pais afirmam em geral. Até que chega um dia, uma hora, em que param de afirmar isso.”

Quote 2: “Escondendo os rostos nas mãos. Nada tão hilário quanto a miséria de alguém que não é você.”


site: https://www.facebook.com/lunicolinole
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Cássia 12/04/2021

Desterro dos que delatam
Violet Rue tem 13 anos, caçula de 7 filhos, é a mais amada pelo pai. Obrigada a sair de sua casa, deixar sua família para trás, levar apenas memórias, uma nova vida, a de rata, daqueles que delatam, que traem os de seu próprio sangue.

"Nada tão hilário quanto a miséria de alguém que não é você".

"Felicidade não é confiável. Melancolia é".
Luíza Freitas 16/04/2021minha estante
Está na minha lista pra ser lido!!!


Cássia 16/04/2021minha estante
Então já vou aguardar suas impressões. :)




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inasantos 24/10/2020

Pesado
Um livro cruel e visceral. Impressão de estar lendo um filme hollywoodiano (e não necessariamente isso é bom).
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Bia 24/02/2021

Esse é o segundo livro que li de Joyce e já posso dizer que sou simplesmente apaixonada pela escrita dela.

O livro aborda muitas temas pesados desde antes de Violet ser exilada e virar assim "rata" até depois, até sabermos o que realmente aconteceu para ela ser totalmente excluida, montando o quebra cabeça até o fato horrivel, é impossivel largar o livro. Quando é finalmente revelado há uma sensação ruim que acompanha todo o resto da trama, enquanto vemos a vida dela se desenrolando sobre esse fato. Há machismo, preconceito, estupro, tentativa de feminicidio, relacionamento abusivo. Enfim, temas dificeis de ler, mas que na escrita dela é até um pouco dificil de se largar, a maneira como a narrativa se confunde entre primeira e segunda pessoa, em um testemunho da memoria de Violet como se ela estivesse observando a si mesmo, que retrocede e avança entre passado e futuro, como se confunde, como é a propia mémoria.
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Ana 30/01/2021

Doloroso
O infeliz ciclo de violência na vida de uma jovem mulher. Instigante, angustiante e muito significativo! Há milhões de Violet Rue pelo mundo, sofrendo todos os dias o medo de ser quem são.
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profuilma 09/08/2021

Que leitura avassaladora!
O ritmo rápido da escrita, as surpresas e o crescimento da narradora nos deixam sem fôlego. Os temas abordadas são complexos, pois o enredo fala sobre assassinato, abuso sexual, racismo e abandono familiar. No entanto, nos mostra que é possível crescer, viver e ser feliz apesar de tudo.

A família Kerrigan é descendente de irlandeses. O pai é violento e perpassa aos filhos todo tipo de preconceito. A mãe vive subjulgada. As filhas são silenciadas.

Nesse contexto, a narradora, que é uma menina, precisa escolher entre falar a verdade ou proteger seus irmãos. Ela não consegue guardar em segredo os detalhes do assassinato de Hadrien Johnson, um jovem negro, que marcou a história da cidade e a sua própria vida.

Violet Kerrigan é expulsa da família aos 12 anos, passa um tempo em um abrigo e depois vai morar com uma tia. Ao mesmo tempo em que sua família se destrói em meio a julgamentos, crise financeira e ódio.

Ódio que tomou conta da cidade e expôs uma guerra racial.

No entanto, enquanto Violet cresce vivenciando experiências difíceis, ela sonha em reencontrar sua família, mas a surpresa está no tal reencontro.

Ao reencontrar sua vida passada e sua família, ela vai perceber que a maldade nem sempre está em quem você vê.

Vou deixar que vocês leiam e descubram!

Destaquei dois trechos marcantes, sendo um para refletir, outro para inspirar...

"Vivendo com adultos, você vive com as cascas de suas velhas vidas perdidas. Como cascas de cobras ou cascas de gafanhotos sob os pés. A ficção entre vocês que vocês não devem permitir que eles saibam."

"Meu desejo é viver uma vida em que as emoções surgem devagar como nuvens num dia calmo. Você vê a aproximação, contempla a beleza da nuvem, observa-a passando, deixa-a ir. Você não se detém no que viu, não se arrepende. Está feliz em entender que uma nuvem idêntica nunca virá de novo, não importa quão bela, quão única. Você não chora pela sua perda."
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Sarinha 07/11/2020

Mais uma vez a Tag entregando um livro incrível, sensível, tocante e difícil. É uma leitura amarga, é difícil acompanhar a trajetória da Violet e tudo o que ela teve que aprender a enfrentar sozinha. É um livro viciante, ele te prende enquanto você acompanha o crescimento e evolução da protagonista, desesperada pelo momento de emancipação dela. Mas, embora o enredo seja chocante, o mérito do envolvimento que o leitor cria com o livro também deve ser dado à escrita maravilhosa da Joyce Carol Oates, que ao invés de te cansar, te mergulha na narrativa quanto mais você lê, de modo que te impacta e te faz refletir sobre a história mesmo quando não está mais lendo. Além disso tudo, é um a visão sobre o racismo intencionalmente apenas sob a perspectiva branca, e a Joyce faz isso perfeitamente. Ansiosa para ter contato com mais obras da autora
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