Del 15/11/2024
Enquanto eu estiver vivo tenho esperanças
Enquanto eu estiver vivo, tenho esperanças.
Numa época em que as mulheres eram tratadas com desprezo e cansada de escrever textos sobre teatro e artes, Nellie Bly, pseudônimo de Elizabeth Cochran, foi uma jornalista estadunidense que, em 1887, fez a audaciosa façanha de tornar-se interna em um manicômio na ilha de Blackwell, em Nova York, para assim relatar e denunciar os horrores que aconteciam entre suas paredes.
Nem sempre as internas eram mulheres com transtornos psiquiátricos. Muitas delas eram mulheres estrangeiras, pobres ou com algum tipo de doença. As pacientes sofriam sem proteção contra o frio, os alimentos servidos eram de péssima qualidade e ainda sofriam maus-tratos por parte das enfermeiras.
Após os 10 dias em que ficou internada, Nellie publicou em jornal tudo o que viveu, as histórias de algumas dessas moças e também um relatório sugerindo algumas mudanças no tratamento dado às pacientes, levando assim a um aumento no orçamento destinado à instituição com o intuito de melhorar a qualidade de vida das pacientes.
A escrita é bem fluida o que me fez mergulhar nessa história de cabeça esquecendo do tempo enquanto estava debruçado sobre estas páginas.