spoiler visualizarluiza 26/12/2022
O que acontece depois do final feliz?
É difícil comentar sobre esse livro. Depois de Carry On, quando descobri que existia uma sequência para aquela história não entendi sobre oque poderia se tratar. Claro, faltava ainda descobrirem o passado da família de Simon, mas apenas pensei isso.
Logo no início da leitura, você já da de cara com a depressão de Simon e os problemas de relacionamento entre ele e Baz. Oque me prendeu na história, já que apesar de tudo, no último livro eles pareciam bem, na medida do possível.
?Queria mais algumas noites disso? Mas odeio ver Baz sofrer. Odeio ser o motivo de seu sofrimento. ? Baz ? eu digo.?
Apesar de ser algo que já vi sendo criticado, gostei que este livro abordou a depressão de Simon. E como não acabou o livro como se ele tivesse sido curado e todos seus problemas estivessem acabado. Ele foi uma criança que passou por traumas toda sua vida, não ia ser um namorado que ia acabar com tudo isso.
Sobre o plot, não sei muito oque dizer. Não achei especialmente ruim mas também não foi algo que estava totalmente interessada. Com plot me refiro ao Novo Sangue (é assim que eles eram chamados?). Apesar de ser uma ideia interessante, quererem virar vampiros, como Nicodemus do primeiro livro, não chega a me prender.
Sinto que este livro poderia ser bem melhor se a autora invés de tentar enfiar mais e mais histórias, tentasse concluir oque tinha feito. O Baz descobrindo mais de seu vampirismo com os vampiros de Las Vegas foi interessante e importante para o desenvolvimento do personagem, mas tirando isso esta foi a única coisa que os vampiros trouxeram de interessante no livro.
Agatha, apesar de impressionar e se desenvolver no final, continua a mesma do último livro, só que agora nos Estados Unidos.
Simon e Baz não poderiam estar mais perdidos. Muitas pessoas criticaram isto também, mas eu gostei. É possível ver como apesar dos dois estarem machucados com tudo que aconteceu e a maneira que estão um com o outro, que ainda se amam. A cena deles assistindo o céu no carro foi linda.
?Brigar já não me traz nada de bom. É mais como quebrar algo só porque você não sabe como consertar.?
?? Posso? ? Simon pergunta. Pode o quê? Me beijar? Me matar? Partir meu coração? Eu o toco como se ele fosse feito de asas de borboleta.
? Não precisa pedir ? digo alto o bastante para que ele me ouça por cima de todo o barulho.?
Um dos pontos altos do livro com certeza foi Shepard. Uma adição ao grupo parecia desnecessária mas quando você conhece o personagem não consegue não gostar dele. A dinâmica dele com Penny foi muito boa e também fez eu me interessar mais por ela.
Outro ponto forte foi os POV da Penny, especialmente depois do ?término? com seu namorado.
O final foi apelativo e fraco. Simon e Baz começaram mal e terminaram mal mesmo depois de 300 páginas de livro. Apesar da luta final ter sido boa de ler, especialmente a parte da Agatha e da Penny, terminou rápido e não conseguiu se sustentar. A maneira que quis introduzir que teria um terceiro livro foi decepcionante e nada criativa.
?A pessoa não faz magia?, Penelope disse a ele. ?Ela é mágica.? Eu? sou mágica.?
?Ergo a voz: ? Como pode não enxergar que eu não seria feliz em nenhum lugar sem você?
Ele recua, como se eu tivesse lhe dado um tapa. ? Simon? ? sussurro.?
Apesar disto, também teve momentos que apreciei bastante. Como quando eles foram naquele festival.
?? Está perdendo, Snow! Foi assim que derrotou aquela horda de goblins?
? Você é uma distração maior que um goblin. Seu cabelo é mais brilhante.
? Tens feitiçaria em teus lábios ? Baz diz.
? Mais Shakespeare?
? É, foi mal. Sei que prefere Homero.
Baz me empurra até um poste de madeira. Deixo que o faça. Cruzo a espada de espuma em frente ao peito. A dele está pressionada contra a minha. ? Xeque-mate ? Baz diz.
? Esse não é nem um pouco o termo certo ? digo.
? Ganhei.?
Concluindo, não foi uma leitura ruim mas teve altos e baixo.