Anelise 13/06/2024
Resenha: A Chama Negra
A Chama Negra é continuação direta de A Dama Branca, partindo exatamente de onde o livro anterior terminou. Lexi está no Lado Fantástico, hospedada no castelo, depois dos julgamentos e exílios ocorridos no final do primeiro livro.
A maioria de seus novos amigos retornaram para o lado puro e para suas casas, com exceção de Kiam, seu cavaleiro; e Mira, sua arvres. Tudo isso para dar algum tempo de descobrir o que estava acontecendo, isso já sendo o vilão deste livro mexendo os pauzinhos dele. (Esse daqui é um 🤬 #$%!& de marca maior, só falando assim!)
A princípio parecia tudo bem, mesmo que Lexi não aguentasse mais ficar presa naquele palácio. Até que ela recebe uma carta da Meline informando que a mãe adotiva de Lexi - Marine - está praticamente em coma e definhando mais a cada dia. Lembrando que ela foi atingida pelo veneno tirano do Zarak antes, mas como ela é Pura, sua resistência a ele é bem menor. Nem mesmo o poder de Lisa foi capaz de curá-la totalmente.Ao descobrir isso, Lexi decide que vai retornar ao lado puro para ajudar sua mãe (e porque ela não quer mesmo ficar mais um segundo ali).
Porém, a sua Chama Negra é um problema daqueles, pois causa medo nos outros e nela mesma. E sabendo que pode causa uma comoção por conta disso, o conselheiro real Markus começa a provocar a pobre da Lexi num evento social - um aniversário - para que sua chama negra apareça. E isso acontece na hora do parabéns, quando a pedem para acender a vela do bolo.
Com essas duas coisas acontecendo, só resta a Lexi fugir antes que tudo piore ainda mais.
Com ajuda das princesas e do príncipe de Farmédia, usando uma poção que faz você se transformar em outra pessoa e se disfarçando como uma das princesas, ela consegue sai do castelo. Ela se encontra com os outros amigos - Cálica, Dean e Lisa - além do Kiam e todos partem para atravessar o portal e escapar das garras do Markus.
Em certo momento, eles se hospedam da casa de Azura - se não engano ela é elfa - e é lá que ela descobre sobre a lenda do Coração de Rubi, sua história e que ele é capaz de manter a pessoa bem e ela só pensa que essa é s solução para salvara Marine. Ela vai mover mundos e fundos para encontrá-lo! E é ai que outra parte do enredo começa.
Então, mesmo contrariados, todos os outros decidem ajudar a Lexi nessa busca praticamente impossível.
Eu sei que me estendi muito, mas o que contei não chega a ser 25% da história.
Neste livro somos apresentados oficialmente ao Lado Fantástico do mundo, que acabou ficando em segundo plano no primeiro livro. Ou seja, a gente faz praticamente uma enorme excursão junto dos personagens. Por um lado é até legal, mas acaba se tornando um recurso chato porque eles só ficam passeando e perguntando para os outros se alguém sabe o paradeiro do Coração de Rubi.
Isso porque neste livro também descobrimos que existem reinos fantásticos, tendo um reino para cada continente, um que é inclusive no Brasil... Chamado Sólia.
Em muitos momentos da história a gente senti que está parada sem sair do lugar. Só realmente o início e o final que são as partes em que o ritmo flui melhor e me deixando bastante ansiosa e puta.
Mesmo sendo o segundo livro de uma história de fantasia, ainda rola muita, mas muita coisa de apresentação. Dos lugares, das pessoas, dos reinos, do próprio Coração de Rubi.
Inclusive, quatro coisas me incomodaram demais na história. Primeiro a visita da Lexi a Sólia - que ficou muito a impressão de não servir para absolutamente nada além de só "olha só, nosso reino no Brasil". Segundo foi o plot twist do Coração de Rubi, muito aquela coisa de "estou procurando o tempo, mas está bem na minha cara"... Pois é! Terceiro foi o self-insert lascado da autora como uma das princesas de Sólia. Para alguns pode ser uma referência legalzinha, mas eu pessoalmente achei bem besta na real. (Disse a pessoa que já fez self-insert nos próprios livros e como deusa dos personagens, mas detalhes!) E por quarto e último, tivemos outro momento super-mega-expositivo e que conseguiu ser mais que o do primeiro livro com a Agatha contando sobre tudo na primeiro. Temos um capítulo inteiro do vilão fazendo um diálogo longo e expositivo sobre como ele odeia a irmã (que é a Rainha) e como tudo o que ele fez até então para poder subir ao trono e como a Lexi ajudou muito nisso. Sim, uma coisa bem vilão contando o plano todinho dele. E sabe o pior? A Cálica, aka personagem com as melhores tiradas, está bem do lado da Lexi nesta cena e fica calada!
Como disse antes, o final dá um nervoso e gente fica com medo real de morte de personagens. Porém, tudo da certo no final e eles conseguem restaurar a paz em Farmédia. No Epílogo finalmente acontece o casamento da Lexi com o Kiam e eles se mudam para viver sua vida no Lado Fantástico.
Por mim, a história podia acabar muito bem aqui, mas ainda tem mais um livro da série principal.
A Chama Negra, assim como A Dama Branca, tem todos os elementos para eu gostar dele e eu gosto, mas com muitas ressalvas e observações a fazer sobre, pois acredito que muita coisa podia ser melhor trabalhada.
A autora criou sim um universo muito legal e o livro é muito bem escrito, mas realmente precisa de alguns ajustes, especialmente no ritmo. Ela não sabe dar uma boa regulada!
No mais, para os fãs de fantasia, é uma ótima pedida.
site: https://zodiacane.blogspot.com/2024/06/resenha-102-chama-negra.html