Luiz595 01/03/2023
O Conan Doyle só precisava focar em Sherlock Holmes
É indubitavelmente certo que esse homem sabe escrever um mistério, sabe cadenciar sequências de diálogos e descrições imaginativas, sabe fazer você ficar com os olhos fixos no papel sem perceber o tempo passando.
Quando ele escreve terror, não tem terror! É muito raso, não tem um ápice, não tem um pay-off satisfatório, não tem medo envolvido.
Esses contos possuem um começo e um meio definidos, interessantes e que fazem você imaginar o que pode ter acontecido, quais os perigos que o desconhecido esconde, o que está por trás da porta.
Se as histórias terminassem de um jeito sugestionado, como o belo filme Bruxa de Blair, sem se forçar a entregar uma criatura, uma situação, um momento aterrorizante, seria 1000 vezes mais "horror".
Essa edição da Novo Século tem um design muito bonito, contudo tem algumas páginas com letras muito juntas, acaba atrapalhando a leitura, mas é só um detalhe.
Não foi repetitivo, mas foi um pouco frustrante. Valeu a experiência.