Taize @viagemliteral 10/02/2021
Uma história bastante sensível!
Vou começar essa resenha com uma pergunta: quantas pessoas ao seu lado apresentam sinais de depressão? Já parou para observar?
Sabemos que um dos maiores índices de morte está diretamente ligado aos transtornos psicológicos; suicídios acontecem diariamente, e acredito que além de acompanhamento com um profissional, um olhar mais empático poderia diminuir consideravelmente esses números.
"Queria tanto você aqui. Fico pensando em como é o céu, poderia me dizer?"
Em "O recomeço de Elisa Amyr", vamos acompanhar a dor de Elisa após perder sua melhor amiga Alexia.
Ambas sofriam de depressão, no entanto, os motivos de Alexia foram mais fortes do que sua vontade de viver, lenvando-a a cometer suicídio, deixando sua ausência se fazer presente nos dias de quem a amava.
O tempo passou, Elisa mudou-se de cidade e colégio, e para aliviar a saudade, escrevia cartas para Alexia, contando sobre seus dias, sua saudade e seus novos amigos e amores.
Era difícil imaginar que os dias bons poderiam sobrepor os dias tristes e ruins, porém seus novos amigos lhe mostrou que ainda existiam motivos para viver e ser feliz, bastava aceitar que a vida era sim cheia de altos e baixos, mas que com pessoas que cuidavam e a amavam tudo ficaria bem no final.
Talvez quem nunca perdeu alguém em tais circunstâncias não saiba de fato o tamanho da dor; Da dor de ver partir, de se sentir inútil ou culpado, de achar que não fez o suficiente.
Aqui vamos acompanhar todos esses sentimentos, mas também veremos a evolução de Elisa, como ela fora forte para sobreviver, para lutar e para pensar no futuro.
É um livro curto, em formato de cartas, e que nos faz pensar muito sobre o sentido real da vida e sobre nossas ações diante de situações tão delicadas como a saúde mental, tanto nossa, quanto a de quem está ao nosso lado.
Ele nos faz perceber que dias ruins estão aí para todos, afinal, a vida é construída a partir de nossas quedas e de nossas conquistas.
Vamos lá, um passo de cada vez. Um dia de cada vez!