O ar que me falta

O ar que me falta Luiz Schwarcz




Resenhas - O ar que me falta


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Thiago Ernesto 10/03/2021

Singelo e honesto. Interessante pra conhecer o homem por trás da Cia das Letras e, como Drauzio Varella pontuou ao próprio Schwarcz, um relato corajoso sobre o "lado B" de uma vida de muito sucesso.
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@emedepaula 27/05/2023

Empatia
Quando esse livro foi lançado em 2021 eu até pensei em ler, mas achei que não iria conseguir empatizar com um cara rico descrevendo seus episódios de depressão. Pra mim, que toda vez que abro a minha boca para falar que tenho esquizofrenia paranoide, e como consequência um quadro de depressão grave e constante, sou "acolhido" com revirares de olhos e bufadas, ser um zé ninguém que sofre desses males pouco comove. Então eu era bem resistente a ideia desse livro existir, e se eu iria mesmo gastar dinheiro e tempo com ele.

Hoje dois anos após seu lançamento posso dizer que meu julgamento estava muito enviesado por esse lado da classe do autor, e isso foi um preconceito bobo. A jornada dele não só comove, mas traça um paralelo com dores profundas herdadas de sua família, e aí conseguimos ver claramente um desenho de sombras e ecos, ficando mais fácil empatizar com essa descida ao inferno, que no caso dele é o transtorno bipolar + depressão grave.

A escrita vai e volta nessa linha do tempo, mas não é confusa, é um jeito de se mover no espaço temporal que eu particularmente adoro encontrar em livros, essa não linearidade. Enquanto lia senti muita honestidade e clareza nesse relato, e diria que é bastante corajoso ao expor nesse nível sendo uma pessoa tão importante no meio literário brasileiro. Acho que essa franqueza despertou minha admiração mais do que qualquer coisa, e um compromisso com tratar desse assunto espinhoso de uma forma que não romantiza o sofrimento, que é puro e golpeia com uma força mortal.

Enfim, uma ótima leitura. Os únicos momentos que eu não gostei foram quando a masculinidade, e a heterossexualidade se fazem presente de um jeito meio clichê demais, o que é esperado talvez. No mais uma leitura agradável ainda que incomoda (muitas identificações com os episódios de depressão). Me pergunto se um dia vou conseguir chegar a superação e se essa condição não vai ser a causa da minha morte. Reflexões, é muito bom quando um livro traz isso. Falei demais. Bye.
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MãeLiteratura 22/04/2021

Muito bom!
O Ar que me falta é um relato corajoso, sensível, franco e importante sobre dois temas presentes na vida do autor. Suas relações familiares, principalmente com seu pai, André, que conseguiu escapar de um trem a caminho do extermínio de Bergen-Belsen, onde seu avô paterno encontrou a morte. E o diagnóstico tardio e a convivência com a bipolaridade.

Numa linguagem clara e direta, Luiz nos mostra suas lutas, dilemas, dificuldades e superações. Alternando lembranças, situa o leitor e mostra como toda esta bagagem emocional interferiu na sua vida.

A importância da família e do trabalho, dos tratamentos, da convivência com os avós maternos e com seus pais aparecem neste livro intenso.

Apesar de ter fundado em 1986 a Companhia das Letras e do grande sucesso da editora, ela não é o foco da sua narrativa e eu achei importante este seu cuidado.

Não foi uma leitura fácil nem leve, mas acredito que seja um livro necessário, que pode ajudar muitos leitores.

Eu estava ansiosa para ler este livro, pois tinha assistido a sua apresentação num dos Encontros de Livreiros da editora.

Composto de 15 capítulos curtos, o livro é ao mesmo tempo triste e reflexivo . Destaco dois detalhes que me chamaram a atenção e me enterneceram. Nos agradecimentos Luiz manda beijos para dois dos seus cachorros, que imagino que já tenham morrido. E conta que teve dois companheiros especiais durante a escrita do livro, Beethoven e Puccini, pois só escrevia ao som das suas músicas.

Achei a capa simples e bonita, edição caprichada, ótima diagramação e revisão impecável da Companhia das Letras.⁣

site: https://www.maeliteratura.com/2021/04/resenha-o-ar-que-me-falta-de-luiz.html
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babi 05/05/2021

forte
Um pouco de biografia aqui, o livro é feito pelos relatos de um filho que sente pelo seu pai e o avô ao mesmo tempo. Uma história difícil onde a culpa ocupa um grande espaço desde a infância na vida de Luiz. Questões históricas e psicológicas juntas numa história de vida que não se reverte mais.

Recomendo!
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Katia Góes 17/05/2022

A bagagem emocional de uma vida...
? ?Quem tem depressão vive apenas em função do momento. O julgamento é sempre absoluto e no presente. Estamos deprimidos ou não? Fora das sessões de psicanálise ou terapia, fugimos das lembranças ou interpretações. [...] Sem ter com quem me comparar, eu provavelmente achava que ter medo era parte intrínseca da existência.?

?O ar que me falta: história de uma curta infância e de uma longa depressão?, é a autobiografia corajosa de Luiz Schwarcz, editor e fundador da Companhia das Letras, que nos conta situações emblemáticas de sua vida, desde o passado da família durante a Segunda Guerra Mundial até suas crises depressivas e o momento em que descobriu o transtorno de bipolaridade.

? ?Foi meu primeiro grande susto, ao intuir que não daria conta dos meus deveres de filho único. Naquela ocasião percebi, mesmo sendo bem pequeno, que não conseguiria garantir a felicidade do meu pai, já ciente de que esta seria, para sempre, a mais importante missão da minha vida. Missão em que fracassei por completo.?

O autor descreve sobre a depressão e a bipolaridade de forma real, contando vários dos seus momentos em crise, mostrando seus primeiros sinais de depressão, e como ele e a família lidaram com isso. As dificuldades de se relacionar com outras pessoas, de manter uma carreira, de achar um diagnóstico e um tratamento adequado para sua condição e os importantes e marcantes momentos vividos com seus avós, pais, colegas, filhos e esposa. Um livro cheio de histórias e significados, que traz a família como base, mostrando que, as relações familiares são muito importantes no desenvolvimento de transtornos mentais, assim como, no suporte ao lidar com eles.

?? Talvez não seja uma boa opção para aqueles que enfrentam uma crise de ansiedade ou estão num estado crítico de depressão, mas é uma ótima escolha para aqueles que conhecem alguém que está passando por este momento complicado ou que tem curiosidade.

? ?Não era só a montanha que cobrava de mim humildade. A depressão exigia muito mais...?

Uma leitura fluída, porém, forte e muito cheia de reflexões. É isso...

Um abraço e até a próxima! ?
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Cristina 03/03/2023

Uma autobiografia razoável, achei meio vago sobre os sintomas e tratamento, mas falou bastante de suas obssessões.
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Guynaciria 05/04/2021

O ar que me falta- Luiz Schwarcz
@companhiadasletras
Nota

"A depressão apaga a lembrança remota, tem memória curta, acentua a dor recente, quase desprezando qualquer traço de história". Pág. 14

Assim começa esse livro incrível, escrito pelo fundador da editora companhia das letras. Ele sendo descendente de judeus sobreviventes da segunda grande guerra, teve que lutar durante toda a vida com a pressão de tentar fazer com que seu pai esquece-se pelo menos brevemente os horrores que passou durante o período do nazismo.

A pressão sobre os ombros dessa criança foi tão grande, que ele desenvolveu um quadro depressivo, agravado por um transtorno bipolar, posteriormente diagnosticado.

Com sua mãe Mirta, aprendeu a gostar dos livros e das artes, e através dela acabou conhecendo o escritor Jorge Amado, ainda quando criança.

Ele também nos conta de sua paixão pelo futebol, e como atuou na função de goleiro, se saindo muito bem nela.

No tocante a depressão, ele deixa claro que diversos membros de sua família a tiveram, sua vó chegou a tentar se matar em um episódio, e ele mesmo durante as crises se automutilação.

No final esse livro e um desabafo, uma espécie de conversa entre amigos, acredito que até mesmo uma forma de se fazer entender, exorcizando velhos fantasmas.

Você conhecia a história do fundador da @companhiadasletras ?

#companhiadasletras #judeus #futebol #literatura #luizschwarcz
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Beatriz 01/08/2021

Recortes de uma vida depressiva.
O fio condutor do livro são os problemas psicológicos que acompanham Luis Schuwarcz desde de cedo,para mim foi interessante conhecer mais sobre a história do autor e de sua família,algumas curiosidades acerca do judaísmo,da imigração judaica após a Segunda Guerra e é claro sobre como a depressão pode afetar uma vida. Gostei muito do capítulo "Efeitos colaterais" porque mostra a importância do tratamento,os efeitos dos remédios,as consequências da doença para a família e que o diagnóstico mais correto nem sempre ocorre de primeira,obviamente esses pontos também são abordados em muitos outros momentos do livro. A narrativa não é 100% linear,no começo alguns vai e volta podem confundir. Uma passagem curiosa é que a avó paterna de Schuwarcz manteve carpas vivas na banheira porque se recusava a comer a comida da nora alegando falta de cuidado religioso e depois teve que lidar com uma filha na Austrália que nem tinha contado para o filho que ele era judeu.Minha nota é 3,8.
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Thainá - @osonharliterario 16/04/2021

História de uma curta infância e de uma longa depressão
Luiz Schwarcz é o fundador da Companhia das Letras, mas em sua autobiografia este assunto fica longe de ser o foco.

Em "O ar que me falta" teremos contato com a depressão e a bipolaridade de Luiz, com a possível (e sem comprovação) ligação das doenças com o seu pai e seu avô paterno, e com a pressão como filho único para ser o centro da felicidade dos pais e o elo para o casamento deles, o que ocasionou um peso enorme nas costas de Luiz.

Tendo um pai húngaro e uma mãe croata, o autor também disserta sobre a vida por trás de seus genitores e em como eles tiveram que fugir de seus países natais para escapar do governo nazista. Com isso o tema da religião judaica acaba tornando-se frequente ao mesmo tempo em que também é citado naturalmente sobre as relações familiares (entre eles, seus avôs paternos e maternos, e seus pais), a pressão, a culpa e as expectativas caídas sobre si.

Dessa forma, "O ar que me falta" resulta em relatos fortes, intensos e até mesmo cruéis, que trazem uma forma de compressão sobre o assunto e as doenças citadas, como também causa empatia nos leitores sobre o que Luiz viveu. Ele resgata a preciosidade das histórias de seus pais e avôs, mas também resgata as nuances da sua própria história ao se entender como uma pessoa depressiva e bipolar.

"O ar que me falta" é um livro que me fez sentir tudo intensamente. Eu posso dizer que muitas vezes me vi engasgada com os relatos perante a Segunda Guerra Mundial e me vi desolada quando era hora de falar sobre a sua depressão e a sua bipolaridade; também me vi preocupada com ele e com sua família, desejando a cada página que tudo ficasse no mínimo bem.

É um livro indicado para todos, independente se são leitores de biografias ou não, assim como é aquele tipo de leitura que, mesmo curta, deve ser sentida aos poucos. Esse é um relato importantíssimo que deve – e precisa – ser ouvido e conhecido, o qual me fez sentir demais.

Resenha completa no blog Sonhando Através de Palavras.

site: https://sonhandoatravesdepalavras.com.br/2021/04/16/resenha-o-ar-que-me-falta-luiz-schwarcz/
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Erica 18/11/2022

Uma história de vida e um relato sensível sobre a depressão
Luiz Schwarcz (o dono da Companhia das Letras) apresenta aqui um relato muito sensível sobre sua forma de enfrentar os obstáculos em sua luta contra a depressão.
Foi muito bom ler esse livro e poder ver que existe luz no fim do túnel opressivo que é essa doença que atinge tantas pessoas nos dias de hoje.
A forma sincera como o autor vai nos contando sua história e a de seu pai (um judeu que passa por situações dolorosas de perdas durante a guerra), suas descobertas sobre a bipolaridade e a depressão e o quanto isso tudo começou a impactar sua vida e seu relacionamento com as pessoas, nos ajuda a refletir sobre como deve ser difícil lidar com os sintomas dessa doença.
Não é fraqueza!
Não é falta de Deus!
Não é só sacudir a poeira e seguir em frente.
É muito mais complexo e precisa sobretudo de empatia. Nesse ponto acredito que o autor foi muito generoso ao compartilhar de forma tão profunda sua depressão e nos informar e sensibilizar um pouquinho mais sobre o assunto .
Recomendo a leitura.
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Lara 25/02/2022

Impressionante
Ler sobre a história do fundador da companhia de letras, sobre seus problemas, sua infância, que foi curta, pois teve de crescer mais rápido devido ao peso das responsabilidades que eram colocadas em seus pequenos ombros, sua adolescência e vida adulta, repletas de pesos. Uma história tão crua e real sobre um portador de depressão e bipolaridade, em uma família com traumas de guerra. Uma leitura de tirar o fôlego.
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José Cláudio 14/06/2021

Um relato singelo sobre um dos maiores editores brasileiros, e seus problemas com a depressão e a bipolaridade, além de alguns insights sobre a criação de sua editora. Gostei!
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Dumb Meditation 22/05/2022

Uma obra de incrível sensibilidade.
O subtítulo do livro me intimidou desde que me foi presenteado no natal de 2021, mas a partir das primeiras páginas percebi que a leitura, apesar de trazer momentos penosos (tanto para o autor quanto para a história da humanidade) seria interessante e necessária.
Trata-se da história do fundador da Companhia das Letras, Luiz Schwarcz, e sua relação com o pai, os traumas familiares e a depressão. Mostra a convivência com a doença, e as alegrias que nem sempre são apreciadas por causa da mesma. É uma leitura linda, que traz referências culturais e literárias.
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