francis31 06/07/2021
a melhor parte do livro é quando ele acaba
sério, esse livro é uma bagunça. personagens com uma química forçada, um desenvolvimento preguiçoso e um thiller feito com massinha de modelar. não sei o que os autores pensaram escrevendo, mas não acho que tenha sido muito.
o livro começa assim: um homem (que é um assassino de aluguel, mas só entre a gente isso aqui) encontra um garoto na rua e, por x motivos de um bom samaritano, ele acaba arrastando o moço menor de idade para a sua casa e o oferece uma estadia que acaba durando dois anos. depois, o mesmo garoto foge e eles se encontram alguns anos depois. sete minutos depois desse reencontro épico, o bom samaritano dá uns tapas no mocinho (que agora é mais velho, mais sábio, mais inteligente e mais maduro. por favor, não pense que há alguma relação de sentimentos reprimidos, afinal, ele era um menor de idade antes e são só tapas!) e rola toda uma ceninha bem bdsm barato, mal trabalhada e mal feita depois de ANOS sem os dois terem se visto. tudo bom, christian gray? por aqui tudo ótimo!
a relação, a partir daí, toma um rumo MEGA sem sentido. mas como?, você pergunta. bom. acontece que o mocinho é um hacker, ele fez merda e agora estão atrás dele e querem ele morto. o bom samaritano decide ajudar, afinal, aquele é o amor da vida dele!
a partir daí, a história corre com pouco nexo e muita cena de sexo "pesado" e, oh meu deus, e se a gente escrevesse um monte de kinky aqui, também? melhor, melhor, e se a gente usasse óleo de cozinha pra você-sabe-o-que bem aqui na vibe enquanto tem gente QUERENDO ME MATAR POR 150 MIL EUROS. apelativo? nah!
o livro segue nessa vibe até perto do fim, onde surge uma solução mágica para o problema principal mas não sem antes apresentarem um desenvolvimento bem mixucura em um caso de pedofilia e tráfico humano e os mocinhos se tornarem grandes heróis salvadores da pátria. porque... porque não, né?
ah, e menção honrosa para finalizar: esse parágrafo.
contexto: onde um dos protagonistas está se referindo a um possível sexo a três com um homem e uma mulher.
"Cas sempre preferiu garotos à garotas. [...] APESAR DISSO, o que Briar tinha faltado em masculinidade, ela compensava com um p4u bastante substancial, o único lembrete físico deixado por quando ela ainda usava deu deadname."
enfim.