Guarani

Guarani Diego Agrimbau...




Resenhas - Guarani


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Maria Bia 13/01/2024

Juntou duas coisas que gosto: história e HQ
É difícil resenhar esse tipo de história. Em linhas gerais eu achei bem agradável e acessível a leitura. A arte tá excepcional. É o tipo de HQ que deveria fazer parte do calendário escolar.
O único detalhe que me incomodou um pouco (mas talvez seja justamente pela acessibilidade da linguagem) foi os palavrões utilizados. Eu duvido muito que falassem ?por ra? na época da guerra ?
Mas enfim, recomendo fortemente.
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Fael 16/12/2023

Uma obra bonita e necessária
A história é muito mal contada, às vezes.
A Guerra do Paraguai é mais um capítulo dentre os acontecimentos sul-americanos que foram tomados por narrativas falaciosas dos fatos.

A aventura do fotógrafo Pierre Duprat em busca de ?modelos? indígenas Guarani para saciar a tara europeia ao exótico, nos mostra através de belos quadros, a história negada, muitas vezes, sobre a Aliança entre Brasil, Uruguai e Argentina contra o Paraguai.

Com seu exército totalmente em frangalhos, o Paraguai se vê contra às cordas, buscando em crianças e mulheres, a formatação do que seria o último suspiro da honra paraguaia. Duprat, envolto de uma guerra que não era dele, como o fotógrafo nos diz durante o livro repetidas vezes, se mostra cada vez mais inserido nesse contexto, fazendo com que sua aventura sofra algumas nuances.

O livro é muito bem ilustrado, conta uma história rica e necessária de ser revisitada e me fez devorá-lo em menos de 2 horas, o que era pra ser uma breve leitura de meia hora e algumas páginas.
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Vitoria 02/12/2023

As pessoas apagada pela tríplice aliança
A história em quadrinhos retrata a guerra entre o Paraguai e a Tríplice Aliança (Argentina, Brasil e Paraguai), em que pilha de soldados paraguaios foram feitos pelas tropas aliadas, o derramamento de sangue foi tanto que o Paraguai teve cerca de 90% dos homens adultos mortos na guerra. Quando não restavam mais homens para lutar nessa guerra, o Marechal Lopez inseriu as crianças e adolescentes que lhe restavam no conflito, diversos meninos do povo guarani foram tirados de suas mães, o que é bem retratado nos desenhos. O fotógrafo francês que tinha o simples trabalho de fotografar mulheres guarani se envolveu na guerra a favor do Paraguai quando as crianças ficaram encurraladas no último conflito. Cerca de 3.500 crianças perderam a vida e esse livro tem mais do que o intuito de contar isso para seus leitores, consegue também mexer com o emocional e comover.
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Rafael Ramos da Rocha 05/10/2023

Um trabalho belíssimo
Mais um trabalho com muito zelo trago pela comix zone, a arte é muito, muito bela, valeu a pena demais. E é mais um caminho para se ter contato com uma história muito mal contada no brasil.
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Diogo Crema 31/07/2023

Um crime, dos Voluntários da Pátria
Dentre as datas oficiais celebradas no país, está o 16 de agosto ? Dia das Crianças ?, quando 3.500 meninos, recrutados para lutar na Guerra do Paraguai, morreram na batalha de Acosta Ñu. De dezembro de 1864 a março de 1870, os exércitos da Tríplice Aliança ? Brasil, Argentina e Uruguai ? combateram as forças paraguaias.

Posteriormente à tomada de Assunção, em janeiro de 1869, Caxias retornou ao Brasil, como também o fizeram os contingentes uruguaios e argentinos.

Assumia a liderança das tropas brasileiras, Gastão de Orléans, o Conde D?Eu, consorte da Princesa Isabel e um dos personagens mais contraditórios da Guerra do Paraguai.

Solano López já não dispunha de número suficiente de homens treinados para manter os combates, que se intensificavam em todas as linhas. Nesse período, idosos, mulheres e crianças estavam sendo recrutadas, porque a artilharia de coalizão já havia dizimado os contingentes formados por soldados adultos.

Na Batalha de Acosta Ñu, López colocou adolescentes e também crianças de 6 a 8 anos, disfarçadas com barbas postiças, atrás das trincheiras. De longe, os soldados brasileiros viam soldados paraguaios adultos e atacaram brutalmente. O combate durou mais de seis horas. Mães auxiliavam no enfrentamento levando paus e pedras às crianças.

No clímax da luta, durante a tomada das trincheiras, assustadas, as crianças menores se agarravam às pernas dos soldados brasileiros e imploravam chorando para que não as matassem. Não houve piedade. Cerca de 3.500 infantes foram chacinados por 20 mil soldados profissionais.



Entre muitos sucessos no front, o Conde D?Eu foi o responsável por escrever alguns dos mais vergonhosos capítulos da guerra.



Finda a batalha, quase anoitecendo, as mães saíam das matas em derredor para resgatar os cadáveres de seus filhos e socorrer as crianças feridas. O Conde D?Eu ordenou, então, que fossem incendiadas todas as casas. A determinação era matar ?até mesmo o feto no ventre da mãe?.
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Michel.Stefanini 22/06/2023

A transformação de duprat..
Acredito que essa HQ ela não é rica pela história criada pelo autor... mas pela história da guerra e de toda cultura envolvida nela...

Super indico guarani.
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Mari 15/06/2023

Ilustração belíssima, história triste...
Esse quadrinho trouxe muita informação histórica que não conhecia e que nunca tinha ouvido falar. Acho importante saber sobre a história da América Latina, ainda mais sobre esta guerra tão polêmica. Este capítulo da história foi extremamente triste, mas o quadrinho soube trazer de forma sensível. Achei incrível a ilustração, uma arte extremamente linda, muito bem trabalhada.
Excelente obra!
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Marcelo Leite 01/05/2023

Não há beleza na guerra.
A obra Guarani, A terra sem mal, retrata a história do fotógrafo francês, Duprat e sua saga na América do Sul, na busca por fotografias de mulheres da etnia Guarani para atender um mercado erótico europeu.

Ao chegar no Uruguai, descobre que a guerra em terras paraguaias, local de objetivo da sua viagem, ainda vivia suas batalhas finais.

Logo, se viu testemunhas dos horrores que os conflitos armados, a condenação aos desertores e prisioneiros, e a violência aos nativos.

Duprat presenciou uma das batalhas mais terríveis da Guerra do Paraguai. Em Acosta N?, o último fronte de resistência paraguaias foi formado por crianças, que culminou com um verdadeiro extermínio praticado pelas tropas brasileiras lideradas por conde D'eu.

Os desenhos de Gabriel Ippóliti, além de lindos, dão todo o clima de ambientação de época. As vestimentas, as embarcações, cenários, são muito bem representadas.

E a trama criada pelo roteirista Diego Agrimbau, apesar de simples, também nos coloca na posição de testemunhas, assim como o do seu personagem principal. Além de mostrar muito bem que não há vitória louvável na guerra.

Primeira vez que leio quadrinho argentino. Foi uma excelente experiência de abertura. O que me deixa ansioso a procurar por mais.
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Páginas e Músicas 30/04/2023

Lindo, triste e essencial
A HQ retrata uma parte da Guerra do Paraguai, e conta como mulheres e crianças indígenas foram massacradas por motivos políticos? As ilustrações são maravilhosas, e a história é essencial para conhecermos essa parte da história, que é pouco contada a nós, brasileiros, ainda que nosso povo participou de tudo isso tmb.
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Murillo Bertolini 07/04/2023

Ótimo material, que merecia mais páginas para aproveitar ainda mais do que tinha a oferecer
O quadrinho "Guarani, a Terra sem Mal", deveria ser lido por todos os brasileiros e latinos que minimamente se interessam por história, cultura latina, raízes ou tradições. A obra retrata de maneira muito bem embasada diversos aspectos culturais e históricos do período retratado, tal como vestimentas, imigrações vindas da Europa, povos nativos, disputas entre tribos, e o principal deles, a Guerra do Paraguai.

Por ter como principal pano de fundo histórico a Batalha de Acosta Ñu, onde milhares de crianças indígenas foram postas para guerrear contra soldados em números quase 10 vezes maiores, espera-se que a obra seja pesada, impactante e triste por mostrar os horrores da guerra, correndo o risco de cair na armadilha e entrar em terrenos perigosos, onde a sutileza se perderia. No entanto, Guarani toma outro rumo.

A história contada a partir do ponto de visto de um fotógrafo francês em busca de "registros antropológicos" traz uma identificação muito grande ao leitor com o personagem que desconhece totalmente a guerra e tampouco está interessado nela, o que faz com que seu interesse crescente pelo conflito, bem como as surpresas e choques com o horror, sejam um ótimo espelho para quem está lendo. O quadrinho consegue passar por diversos assuntos interessantes, como cultura nativa, disputas políticas da Guerra (apresentando pontos plausíveis de ambos os lados) e a morte de milhares de inocentes de uma maneira suave, sem apelas para o visual, mas ainda sim com o peso e a tristeza que os momentos carregam. No final, Guarani é uma ótima retratação de um período histórico importante da história do continente, mostrando momentos de horror de maneira suave, mas não menos impactante, de modo que pode - e deveria - ser usado como material didático.

O ponto negativo fica para a introdução, que apesar de muito bem escrita e situar o leitor no contexto histórico no qual a obra está inserida, traz uma confusão de datas de quando se passa o confronto retratado, podendo levar à leitores mais atentos a se confundir e poder acreditar que a história se passa no futuro dos acontecimentos narrados (foi o meu caso). Além disso, por trazer temas tão ricos com detalhes interessantes de maneira tão bem embasada, fica-se com a sensação de que a história poderia se aprofundar mais nos conflitos, personagens e disputas. O autor opta por ficar um pouco mais na superficialidade, pincelando de maneira interessante vários temas que retratam de uma ótima maneira o cenário de guerra da América Latina no final do século XIX.
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Carol749 29/01/2023

Quadrinho que retrata a batalha de Acosta Ñu, onde através do olhar do fotografo Duprat é mostrado os horrores da guerra do Paraguai, onde neste episódio, mesmo sem homens em idade de lutar a guerra, o Paraguai vai a luta com crianças no front.
Desde então o dia 16 de agosto é celebrado o dias das crianças no Paraguay, em memória das criancinhas soldados massacrados nessa batalha.
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Ricardo.Barroso 22/10/2022

Um retrato lindo de um passado feio
Sem palavras para elogiar o tanto que essa HQ merece. Roteiro e arte incríveis, relatando um episódio horrível da história da América Latina, a Guerra do Paraguai. Uma guerra que, além de não ter motivos coerentes, foi totalmente desonesta e envolveu crianças e mulheres indígenas indefesas. A HQ mostra episódios históricos por meio do olhar do fotógrafo francês Duprat, o que ressalta a emoção frente ao horror da guerra. Recomendadíssimo, deveria ser usado nas escolas.
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Marcos 16/09/2022

A guerra não é um panteão esperando por heróis
Tenho alunos que buscam glória nas forças armadas, querem ser heróis lutando pela sua pátria. Querem dar um sentido a sua vida, ou ao menos, acreditar que sua morte foi por um ideal valoroso. Mas a guerra é um oceano profundo e frio em que seu nome, seu rosto, sua individualidade e liberdade são esquecidos.
Guarani mostra não só essa faceta da guerra, mas também a crueldade e loucura que perpassa na cabeça dos homens quando o desespero chega. O massacre de crianças, os crimes contra a humanidade, a destruição de um país inteiro. Lembrar do passado é conhecer os erros que não devem ser repetidos.
QUEIJO460 08/08/2023minha estante
Quando eu era mais novo tinha o
mesmo pensamento. Mas devido
a minha constante pesquisa sobre
guerras e leitura de certos livros, vi
que essa "glória" era uma ilusão. Livros como esse que foi lido por você são muito importantes.




MAGO.SUPREMO 08/02/2022

Uma leitura esclarecedora e informacional
Esse livro em quadrinhos, trata da Batalha da Acosta Ñu, lugar onde foi palco da ''última grande batalha da Guerra do Paraguai com vitória da Tríplice Aliança''. O livro segue uma visão particular dos fatos, nele Pierre Duprat, um fotografo francês, explicita os acontecimentos do conflito que levou á morte 3 mil crianças paraguaias.
A arte do livro é muito bela, a leitura é simples mas de forma alguma tediosa. Os personagens da obra são verdadeiros, isto é, se comportam de maneira homologa a seres humanos reais em situações análogas, oque nos traz uma imersão maior e nos faz refletir.
Por fim, recomendo esse livro a todas as pessoas que tem interesse em saber mais sobre a tão ''polêmica'' guerra do Paraguai, e, claro, de acontecimentos que foram ''abafados'' por autoridades dos países conflitantes. Lembrando, o livro é também um ótimo ponto de partida para saber mais sobre as tribos indígenas da América do Sul, pois, a momentos em que são mencionados conflitos ancestrais que as mesmas tem entre si, evidenciando um motivo para entrarem em ''choque'', se diferindo das tropas nacionais que se fundamentam no patriotismo, obrigação e/ou no saque e despojo de guerra.
MAGO.SUPREMO 08/02/2022minha estante
Troca ''Lembrando'' por ''Ademais'', eu havia esquecido do conectivo de adição...Ademais, Boa leitura!!!




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