Nath Correia @bibliotecadanath 19/04/2021Sim, não, quem sabe l @beckyalbertalli e @aishacs l @intrinsecaJaime Goldberg é um dos voluntários na campanha democrata para as eleições locais, mas ele trabalha só nos bastidores pois seu pânico de falar em público é muito grande, sendo ele um especialista em passar vergonha na frente de outras pessoas. Maya Rehman está passando pelo pior Ramadã da sua vida pois, mesmo detestando qualquer tipo de mudanças, seus pais decidiram se separar e sua melhor amiga está muito ocupada e indo morar em outra cidade. Para completar, sua mãe a obriga a participar da campanha política local em troca de algo que a garota deseja.
Agora, Jamie e Maya precisão se unir para bater de porta em porta divulgando seu candidato e tentando angariar votos. Conforme os dias passam, eles começam a perceber que a tarefa não é tão ruim como eles achavam no começo e que, mesmo enfrentando leis racistas e poodles malignos, passar um tempo junto pode ser algo bem legal.
Já fazia um tempinho que uma história não me cativava tanto como esta de "Sim, não, quem sabe". Muito mais que um contemporâneo YA clichê em que dois adolescentes se apaixonam após serem obrigados a passarem um tempo juntos, esta narrativa traz em suas páginas a discussão de temas importantes e extremamente atuais como a importância de exercer o seu direito ao voto de forma consciente, de poder se informar sobre as propostas de cada candidato e da força do ativismo local; além disso, as autoras falam sobre intolerância religiosa e xenofobia, aqui representada pela islamofobia e pelo antissemitismo, mostrando como isto afetas as vidas das pessoas que passam por estas situações.
Não posso negar que Jamie e Maya são dois personagens apaixonantes que crescem muito durante a história. Mesmo sendo diferentes em diversos aspectos, eles estão dispostos a lutar contra as injustiças e preconceitos, tentar fazer do mundo um local melhor e, também, fazer seu candidato vencer em meio a uma eleição bem acirrada. Ah, e em meio a tudo isso, eles ainda precisam lidar com sentimentos inesperados e com um possível romance que pode ser bem complicado de acontecer.
"Sim, não, quem sabe" é uma leitura que recomendo tudo para quem gosta de histórias que falam da importância de encontrar sua voz em um mundo que tenta sempre calar você e que mostram que é preciso mais empatia, respeito e tolerância com todas as culturas, raças, religiões e opiniões políticas. Por um mundo por mais pessoas dispostas a lutar pelo que é certo como Jamie e Maya.
Nota: 5/5
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