Tuca 26/02/2021A crueldade de um homem e o sofrimento da guerra e da perseguição em seu país levou Roslyn às terras do Laird Alec McAlister. Tudo o que Alec não queria eram estrangeiros em sua propriedade, mas ao se deparar com uma debilitada e machucada Roslyn não pode deixar de estender sua mão e sua proteção. A jovem misteriosa o encantou completamente e nas circunstâncias em que ambos se encontravam, nada poderia ser mais conveniente que um casamento entre os dois.
Quando eu peguei esse livro não imaginava me envolver tanto. Ele tem alguns aspectos que me lembraram de Outlander (o qual eu sou uma grande fã), dentre eles Escócia, personagens com nacionalidades diferentes, mocinha com passado misterioso, casamento como forma de proteção... acho que não preciso dizer mais.
Uma das coisas que eu mais amo em romances da era dos “clãs” escoceses, por assim dizer, é o senso de lealdade e família que eles têm, mas nesse, vê-se muito isso de ambos os lados. Bastante da história de Roslyn está relacionada com sua família e o amor que existe entre eles, e todo esse carinho e união infelizmente é ameaçado pelo jogo de poder que a riqueza e religião representam em uma região dominada pelas cruzadas. Não é de se espantar que ela seja usada como um peão em um tabuleiro de xadrez, pronta para ser descartada e utilizada em prol dos interesses de homens poderosos. Mas sua fuga mostra sua força, e mesmo depois de muito abuso e muita dor, ela não se resigna, e na Escócia com Alec, começamos a enxergar seu espírito livre que fora anteriormente aprisionado.
Porém, acima de intrigas políticas e de brigas entre clãs, esse é um romance viciante, com um enredo compostos por vários clímax, alguns deles bem inesperados, e com um casal que emana paixão em cada interação. É o encontro de dois corações feridos que se permitem superar o medo para serem felizes novamente. Só me faltou um epílogo.
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