@fabio_entre.livros 05/08/2024
Ressurreições
Este volume leva o caos, iniciado dois números antes, a um clímax explosivo. Felizmente, aqui esse clímax serve para encerrar várias situações que estavam insustentáveis e pediam um desfecho. O "eclipse espelhado" está em ação e, como eu suspeitava, o "homem-behelit" tem uma participação fundamental nas consequências e desdobramentos dele. E é interessante notar que, como no eclipse original, Miura faz a história se afunilar neste volume, a fim de determinar um rumo mais ou menos definido para os personagens. Pelo menos temporariamente. Não chega a ser um caso de amarrar todas as pontas soltas, mas faz a trama ganhar uma direção mais organizada daqui em diante.
Nesta edição, termina o arco da "Torre da Convicção" e a "Saga da Punição", e com ela Mozgus e seus asseclas saem de cena, bem como o cenário da Terra Maldita, digo, Sagrada. É claro que essa "saída de cena" não é simples nem pacífica: sob a influência do "homem-behelit", Mozgus evolui para uma espécie de pseudoapóstolo que lembra um cruzamento do Crocodilo (vilão do Batman) com o Coisa (do Quarteto Fantástico): e dá uma canseira no Guts.
Porém, a consequência principal profetizada sobre o eclipse, e que dá origem ao novo arco, no volume seguinte, também se concretiza aqui: o retorno de Griffith. No ritual de sacrifício, ele tinha renascido na dimensão demoníaca, mas ainda não em forma carnal no "mundo real". Isso ocorreu agora. Guts conseguiu resgatar Caska, mas o futuro deles se mostra cada vez mais incerto. Por outro lado, dá para ver aqui que ele está involuntariamente prestes a formar um novo e improvável time de aliados.