Intolerância religiosa

Intolerância religiosa Sidnei Nogueira




Resenhas - Intolerância Religiosa


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Rosangela Max 22/09/2021

Esperava mais.
É uma boa introdução ao tema, com pinceladas acerca dos pontos que, segundo o autor, nos leva até a intolerância religiosa.
Mas não espere muitas informações, mesmo porque o livro é curtinho e esse assunto é amplo.
Fiquei com gostinho de quero mais.
Um ponto de atenção é que a escrita está em forma acadêmica/técnica, não é uma escrita de fácil entendimento para quem não está acostumado com leituras deste tipo.
Se o intuito destas publicações é popularizar o debate e a conscientização destes temas, deveriam repensar quanto a escrita.
Eliana 22/11/2021minha estante
Eu acho que a escrita dele tá bem acessível




Mari.Alves 26/08/2021

Muito bom.
Ele faz uma contextualização histórica falando sobre guerras e perseguições causados por intolerância religiosa e contextualiza com a situação atual!
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Roseane 15/05/2020

Intolerância Religiosa
O apagamento do valor civilizatório dos povos africanos no Brasil por certo é uma investida antiga. A religião é uma de suas tecnologias.

O medo por vezes impede que adeptos não assumam publicamente o seu culto a tradição de matriz africana.

As agressões são direcionada a seus corpos através de pedrada em via pública, de sua cidadania na descriminação no local de trabalho, no abalo de sua honra ao serem acusados de fazedores do mal, do espaço sagrado com destruição das instalações do terreiro.

Para o agressor, um pedido de desculpas lhe é legitimado.

O psiquiatra Nina Rodrigues com seu racismo científico alegava que o negro era de uma raça diferente, inferior, não propenso a civilização e com desvio de conduta tendendo a criminalidade. Abdias do Nascimento nos lembra que esse médico deu o ponto inicial do estudo psiquiátrico classificador do êxtase místico ao nível da histeria ou manifestação patológica.

As casas de culto de matriz africana necessitavam de registro policial para funcionar. Os terreiros se localizavam em áreas remotas e mesmo assim eram vítimas de operações policiais que aproveitavam para saquear o espaço sagrado retendo esculturas rituais, objetos do culto, vestimentas litúrgicas, assim como eram encarcerados sacerdotes, sacerdotisas e praticantes do culto.

A discriminação e a perseguição por motivos religiosos são marcas históricas de uma humanidade perversa e racista. O autor traz Fanon para nos lembrar, que o racismo e a racialização são expoentes das relações capitalistas.

Na inquisição católica o lema era combate a heresia, mas o confisco dos bens do pecador se tornou uma atividade altamente rentável.

A fé é uma escusa para por em pratica um projeto de poder. A tolerância assim como o mito da democracia racial são estratégias sufocadoras de debates que merecem mais destaques pois ninguém fica confortável na posição de suportado. Como bem disso o autor, quem tolera não respeita, não quer compreender, não quer conhecer.

O europeu em seu etnocentrismo e colonialismo não reconhece e condena tudo que é do outro. Hierarquiza, classifica, oculta, segrega, silencia e apaga o que oferece perigo à manutenção do seu local social de dominador ou algo que ameace seus privilégios.

Na perspectiva “desde dentro para desde fora” Babalorixás como Pai Nildo de Oxaguian, Daniel de Oxaguian, a iyalode Marisa de Oyá e Mãe Nadia de Ominodõ de Ologunedé que são intelectuais orgânicos, trazem no livro suas experiências e visão de mundo em torno do racismo e intolerância religiosa.

Seus relatos não são de observadores externos sem o conhecimento cultural do sistema simbólico da religião, mas de lideranças que mantém em curso o processo civilizatório herdado dos antepassados africanos.

O pavor da alteridade criou inimigo e/ou bode expiatório: “Além de preto é macumbeiro”.

Essa dupla opressão coincide em culpar os que decidem seguir os saberes cosmológicos africanos. Como alternativa para a “liberdade e a verdade” há os pseudo-heróis salvadores como a igreja universal do reino de Deus e antes deles no período colonial o escravizado tinha o batismo católico compulsório como uma conduta salvação já que “não tinham alma”.

A sacralização animal recebe destaque no livro. Respeitando o que pode ser compartilhado com quem não passou pelo processo iniciático. O rito é detalhado com seus signos bem explicados.

Em 28 de março de 2019 o STF decidiu por unanimidade, que é constitucional o sacrifício de animais em cultos religiosos. A batalha foi longa e árdua, mas não por falta de motivos sacro tão bem apresentados nesse livro e nem por medo dos opositores que tinham como prova fotos de animais mortos e jogados em estradas e viadutos que não tinham nenhuma relação com o Candomblé e demais religiões de matriz africana.

O medo era do racismo institucional já que a decisão final estava em poder de mãos brancas.

Uma pseudo ativista pelos direitos dos animais ficou magoada com a decisão do STF divulgou foto de filhotinho de cachorro insinuando que e eram um animal de sacrifício. A mentira e a tentativa de desqualificação dos saberes negros é uma estratégia que parece que não tem fim.

cristã fracassou ao optar por manter um sistema que vive da punição, tortura e do encarceramento.

Nos saberes africanos as escolhas são que definem o caminho. Não existe pecado, não há condenação de orientação sexual ou identidade de gênero, a religião é em pro de um crescimento pessoal. Tudo é sagrado, exceto o mau-caratismo.

O autor encerra o livro nos dando uma rica visão de mundo pela perspectiva africana:

A episteme preta não é excludente, não quer dizimar o outro, não quer ou não precisa invalidar a alteridade para edificar a existência de sentidos novos, diversos e diferentes. Os deuses alheios não são falsos, demoníacos ou inexistentes.

O que não se agrega não precisa ser diminuído, nem suas potências espirituais precisam ser colocadas em dúvida ou até amaldiçoadas, assim como pastores e padres vêm fazendo em seus discursos, como único caminho para o convencimento dos mais vulneráveis à aceitação de uma fé única. A caminhada do outro é a caminhada do outro; ele e sua caminhada devem ser respeitados.

A liberdade de crença esta expressa no artigo 5º da constituição de 1988. O disque 100 é uma ferramenta de denúncia e deve ser divulgada.

Livro potente e necessário para pensarmos o dia de hoje. Não é sobre religião, mas sobre a existência. Professor Sidnei Nogueira foi muito feliz em abordar o tema de uma forma acadêmica e didática.
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Arthur 05/06/2021

Intolerância e racismo.
Mais um bom título da coleção Feminismos Plurais. A destacar, mais uma vez, a acessibilidade do texto. Você não precisa ser um estudioso do tema para compreender as ideias ali postas. Desta forma, não apenas esse livro como todos os que li da coleção até então não pretendem encerrar os debates, mas sim introduzir o tema para aprofundamento posterior.
A destacar dessa leitura a explicação por que o termo "racismo religioso" seja aplicado de forma coerente ao tratarmos da intolerância religiosa no Brasil, bem como todo um histórico de opressão cultural que remete ao período colonial, mas que atinge patamares absurdos de casos e níveis de violência com a ascensão de figuras com discurso de ódio e manutenção de uma hegemonia judaico-cristã. Isso, aliado a proeminência neopentecostal na política do país apontam para a laicidade como falácia da identidade nacional brasileira, tal qual a democracia racial.
Por fim, Sidnei Nogueira traz explicações de rituais específicos de religiões de matrizes africanas e que se contrapõem a lógica neoliberal em sua essência, o que explica os ataques a esses cultos para além da questão racial.
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Marília 05/08/2021

O que não se agrega não precisa ser diminuído.?
Caramba, que livro foi esse????? Eu terminei de ler com uma paz tão grande dentro de mim, mas eu poderia facilmente retirar dele umas 50 páginas que achei fora do contexto e desvirtuadas do ?compromisso com uma linguagem didática? pregado na apresentação.

Gostei muuuuito do significado de encruzilhada.

Gostei de ler sobre determinado ritual e fica aí a reflexão: por que temos medo daquilo que não conhecemos?

Esse livro traz muitas lições, muitos ensinamentos, mas eu acho que o autor poderia ter focado um pouco mais no tema em si, os temas transversais a este atrapalharam um pouco. O livro é ok, ele atende o objetivo de entendermos que as religiões de matriz africanas são as que mais sofrem com a perseguição/intolerância/discriminação religiosa.

Tô morrendo de curiosidade de ler mais sobre Ori, Orixás, Voduns, Inquices, Axé, Orun, Ayê, candomblé e o infinito sagrado dessas religiões em específico.

Ajayô
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Phenon 10/03/2021

Poderia ser maior...
O Livro em si possui abordagens significativas e ponderações bem articuladas no que concerne a intransigência religiosa ? crenças em Nunes, potestade e ritos ?, entretanto, é célere e poderia abordar mais celeumas.
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Rafa 04/10/2021

Intolerância religiosa x racismo religioso
Como quarto livro escolhido da série "feminismos plurais" coordenado pela Djamila Ribeiro, tem-se "intolerância religiosa", escrito pelo professor e Babalorixá Sidnei Nogueira.
Gostei da linguagem do livro, é muito explicativa e quebra alguns esteriótipos que se tem sobre as religiões de matriz africana. Muito interessante é como a umbanda, conforme aponta o professor, foi tomada por parte da elite/classe média branca, como num processo de apropriação e esvaziamento, em alguns momentos, para ser melhor aceita na sociedade brasileira de tamanho racismo religioso- termo que Sidnei coloca para meio que substituir "intolerância religiosa", que seria melhor traduzido por racismo. E ponto.
Assim, o livro apresenta também o que se tem como demonização da cultura e religiosidade de matriz africana, explicando cirurgicamente o tão demonizado sacrifício de animais em terreiros de candomblé. Tal explicação não deixa brecha para desconhecimento, sendo outra forma de racismo demonizar essas religiões, sem saber do que se trata o ritual/cerimônia de sacrifício de animais no candomblé e seu significado real.
O livro todo eu recomendaria para qualquer ser humano com idade pra entender sobre o assunto, não sei de fato qual capítulo que mais me prendeu, mas o último achei muito incrível, propondo a resolução da necropolítica e seus derivados e da colonialidade do poder: a epistemologia negra.
O livro também fala sobre o cristianismo, o catolicismo, o pentecostalismo e as demais religiões de herança europeia e as violências que foram cometidas e continuam presentes no século XXI, essas partes, quando se lê e olha-se em volta, é nítido e muito bem arquitetado.
"Na sociedade do esquecimento, do apagamento, do esvaziamento semântico das origens, é praticamente impensável a existência de uma epistemologia que valorize tudo o que a necropolítica quer negar e, em seguida, matar."
Pretendo voltar a ler mais pra frente, muito bom.
Emyllaynny.Freitas 04/10/2021minha estante
??????


Emyllaynny.Freitas 04/10/2021minha estante
Rafa e suas resenhas instigantes


Rafa 04/10/2021minha estante
Ai amigaaa??????




gostosaleitura 08/07/2024

Ótima experiência.
Esse livro traz explicações simples, porém ricas em dados e orientações acadêmicas. É um livro pequeno, repleto de novas indicações de obras relacionadas ao tema. O autor deste breve livro é um líder religioso do Candomblé, que aborda discussões cruciais sobre a Intolerância Religiosa. Conforme destacado pelo autor, no contexto brasileiro, a intolerância é mais acentuada em relação às religiões de matriz africana, e isso não é mera coincidência; podemos, portanto, falar em Racismo Religioso, devido aos diferentes níveis de confrontos e desrespeitos pelas diferenças. A análise foca em diferentes pontos que nos fazem refletir sobre nossa realidade e nossas crenças, se complementando. Oferece uma visão abrangente do Candomblé, ressaltando a importância de adotar uma perspectiva afrocentrista. Além disso, conclui destacando o potencial das epistemologias presentes em religiões como a Umbanda e o Candomblé. A figura de Exu e a encruzilhada desafiam os paradigmas ocidentais.


Considerada um crime de ódio, as manifestações de intolerância religiosa são comuns no país e ferem tanto a Constituição quanto a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Segundo o Disque 100 do Ministério dos Direitos Humanos, há em média uma denúncia de intolerância religiosa a cada 15 horas no Brasil. Quanto ao conteúdo, senti uma divisão em três partes:
1 - Demonstração da ideia de como o cristianismo é fruto de uma sociedade colonizadora eurocêntrica hegemônica. 2 - Aprofundando, demonstra que as raízes dessa dominação colonialista cristã são fruto de um racismo. 3 - Breve introdução sobre o que é o Candomblé, sua liturgia e sua epistemologia.
Eu tive a intenção de ler esse livro não de forma orgânica, o que é uma pena. Foi mais ou menos assim: eu estava falando sobre racismo e, em meio à conversa com meu marido, surgiram falas sobre intolerância religiosa. Na tentativa de me justificar, eu só piorava as falas quanto à minha intolerância religiosa. Me coloquei no lugar de depender de mim, tolerar ele ser ou não ateu.
A leitura deste livro clareou minha mente para meus erros em falas e pensamentos. Foi muito esclarecedor e libertador, de certa forma, conseguindo mudar minha forma egoísta de pensar. Já durante o início da leitura, me senti muito envergonhada pelas coisas que havia falado e pensado. Sem dúvida todos deveriam ler.
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João Burti 19/11/2021

Bom!
Trata-se de uma obra que trata da intolerância religiosa na perspectiva das religiões de matriz africana, notadamente do candomblé.

Pra ser sincero, eu estava esperando uma proposta diferente. Acreditei ser um livro de linguagem simples para introdução do leigo ao tema, mas em realidade é uma obra de linguagem acadêmica. Para um pleno entendimento, é necessário um entendimento básico de filosofia e política.

Quanto ao conteúdo, senti uma divisão em três partes:

1-Demonstração da ideia de como o cristianismo é fruto de uma sociedade colonizadora-eurocentrica-hegemonica

2-Aprofundando, demonstra que as raízes dessa dominação colonialista cristã é fruto de um racismo.

3-Breve introdução do que é o candomblé, sua liturgia e sua epistemologia.

Em geral, eu gostei. Recomendo aos cristãos (assim como eu) para que conheçam um pouco de um ponto de vista diferente.

Única crítica que eu deixo, é que a ideia de laicidade do autor é um tanto problemática e desconexa com nosso texto constitucional. Não, a laicidade não significa que a religião deve estar somente na esfera privada da vida, aliás, muito pelo contrário, laicidade é todas as religiões poderem igualmente se manifestar privada e publicamente.
Susu 19/11/2021minha estante
Fiquei curiosa agora pra ler kk




Tatiane 05/09/2020

Excelente leitura.
Texto claro e até bastante didático para entendermos e pensarmos um dos principais problemas que vivemos hoje em nossa sociedade: o racismo religioso. Respeitar a fé de cada um; conviver com a diversidade; encarar que não há uma só verdade... são pontos iniciais para uma sobrevivência digna da humanidade. O oposto disso só é gerador de mais mortes.
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Larissa1313 01/12/2020

Recomendo!!
Nessa belíssima obra, Sidnei abriu os meus olhos acerca de toda a intolerância religiosa que é praticada corriqueiramente na nossa sociedade.
Ao mostrar as perseguições e violências sofridas pelas populações de Comunidades Tradicionais de Terreiro (CTTro), torna-se evidente que aquilo que chamamos de “intolerância religiosa” vai bem além de ser um problema voltado para a religião dos indivíduos, pois se observarmos com cautela, perceberemos que as raízes dessa intolerância está impregnada de racismo e preconceito.
Sidnei deixa evidente que a discriminação por motivos religiosos são marcas históricas de uma humanidade racista e perversa, tendo isso em vista, faço questão de ressaltar este fato com o seguinte trecho do livro: “Afinal, por que racismo em vez de intolerância religiosa? Porque, nesse caso, o objeto do racismo já não é o homem particular, mas certa forma de existir. Trata-se da negação de uma forma simbólica e semântica de existir, de ser e estar no mundo. Nesse caso, o racismo atinge explícita ou implicitamente a dimensão mais importante de uma pessoa e/ou de uma coletividade: sua própria humanidade.”
Para compreendermos melhor o ponto de vista do autor, ele divide o livro em capítulos que estão interligados entre si, onde um complementa o outro, algo que me fascinou bastante foi o fato dele iniciar os capítulos com citações de outros autores e desenvolver diversas discussões acerca da citação. No primeiro capítulo é introduzido o antagonismo da utópica “liberdade” de crença e consciência, assegurados pela Constituição Federal de 1988, nos outros capítulos ele nos mostra um percurso histórico da intolerância religiosa no mundo todo.
“A caminhada do outro é a caminhada do outro; ele e sua caminhada devem ser respeitados.” Sidnei fez um magnífico trabalho ao nos mostrar que por mais que existam diversas religiões e culturas ao redor do Brasil e do mundo, o fato de serem diferentes não significa que uma tenha que diminuir a outra, é necessário que haja, acima de tudo, o respeito pela diversidade.
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Levi_Motta 12/10/2022

Bom pra começar
Como eu ainda não estudei tanto a questão da intolerância religiosa, eu achei um excelente livro introdutório. Vou usar ele como base para estudar outros, vai ser muito útil.
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Gabriela Costa | @leia_preta 29/08/2021

Diga não ao racismo religioso!
O livro de Sidney Nogueira é uma ótima introdução para quem pensa em estudar sobre o assunto e entender mais sobre a história das religiões de matrizes africanas no Brasil. Fui para leitura sem pretensões e acredito que é uma das melhores obras da coleção Feminismos Plurais, organizada pela filósofa Djamila Ribeiro.

O livro retoma uma discussão urgente e faz uma análise histórica sobre as perseguições contra religiões de matrizes africanas, a cultura negra e toda sua representação. Muito massa o diálogo com mães e pais de santo, a análise sobre como o cristianismo foi fundamental para instaurar uma lógica de demonização das religiões de matrizes africanas e como segue perpetuando isso até hoje.

O livro é muito didático e urgente!
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Sel 12/07/2023

Letramento racial
A conclusão do livro foi surpreendente para mim. Trouxe um ponto de vista que ando procurando há muito tempo. Uma nova possibilidade de viver no mundo.
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Beatriz3345 21/06/2020

Sidnei Nogueira consegue ser preciso e muito didático.
O livro é uma aula.
Tanto para o povo de Axé, com a episteme preta, das encruzilhadas, quanto para pessoas de fora, e que precisam também manter e entender a prática anticolonial e afrocentrada.

Mo dupé!
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