Leila 13/04/2024Relendo um livro da infânciaAntes de falar sobre o livro, preciso explicar porque ele é tão importante para mim: Cresci na roça e, desde pequena, tive contato com os animais (sempre adorei, principalmente galos!). Li esse livro quando tinha cerca de dez anos. A filha de uma patroa da minha mãe me emprestou. Lembro que adorei a leitura, principalmente por causa dos galos; mesmo sem entender todas as nuances da história, na época. E hoje tenho dois galos e três galinhas de estimação! Vou apresentar eles para vocês nas próximas postagens.
Hoje, com 42 anos, tenho uma amiga, uma senhora idosa, que gosta muito de ler. Comecei a retirar livros na biblioteca durante a pandemia, para que ela ficasse em casa. Continuo emprestando livros para ela até hoje. Da última vez em que a visitei, ela me mostrou sua coleção de livros (toda feliz). Fiquei encantada quando vi "A bolsa amarela" e comentei que foi um livro que marcou a minha infância. Ela então me presenteou com o livro. Assim, finalmente, reli “A bolsa amarela” (mais de 30 anos depois da primeira vez), agora com outros olhos.
O livro conta a história de uma menina, Raquel, que tem três grandes vontades: a vontade de ser gente grande, de ter nascido menino e de se tornar escritora. Seus pais e seus irmãos não dão muita atenção a ela e também estão sempre criticando-a. Raquel começa a escrever uma história, que lê para a família. Todos riem dela. Então, ela ganha uma bolsa amarela e resolve guardar todas as suas vontades dentro, para que os adultos não vejam.
Certo dia, o galo da história de Raquel sai de dentro da bolsa amarela e fala com ela. Assim, começam a surgir vários personagens da sua imaginação, que moram dentro da bolsa amarela. A menina passa a conviver com personagens e acontecimentos reais, misturados com os imaginários.
O livro aborda de forma lúdica questões importantes que precisam ser trabalhadas na infância. Acredito que todos que leram “A bolsa amarela” lembraram da sua própria infância. Muitas vezes, não éramos ouvidos pelos adultos, que não nos levavam a sério.
Não tenho o costume de reler livros, mas confesso que foi uma experiência maravilhosa! Acho que vou repetir mais vezes. Que nostalgia ver a capa e reler esse livro! Recomendo a leitura para todas as idades!
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