No Celebration

No Celebration David E. Gehlke




Resenhas - No Celebration


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Marcelo 09/11/2021

Excelente biografia!
Como era de se esperar da edições da Estética Torta, este livro é ótimo. O acabamento dispensa comentários (com direito a marcador de páginas personalizado da banda e um card autografado).
Essa obra é especialmente feita para fãs, pois além de contar a história da banda desde sua criação, ainda nos anos 80, e de seus integrantes, tem um foco especial na arte produzida pelo Paradise Lost ao longo de mais de 30 anos de carreira.
Para aqueles que, como eu, os acompanha desde o início e possui a mídia física dos álbuns, a leitura é ainda mais prazerosa, por contar detalhes da criação produção e gravação das músicas.
Se já era fã da banda antes, agora admiro ainda mais e entendo muito melhor certos álbuns por conta deste livro.
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Fábio Morcego 13/10/2024

Ótima biografia.
Uma solida biografia passando por todos os discos e momentos importantes da banda, como diria o reverendo Fábio Massari:
"Com a distância do tempo, podemos ter uma visão mais serena das coisas", essa visão com o distanciamento do tempo me parece um pouco duvidosa as vezes mas enfim, foi o que as pessoas que viveram o momento nos contam, e são ótimas histórias.
Vale muito o tempo de leitura, especialmente se você for fã da banda e também se puder acompanhar as músicas citadas enquanto elas são comentadas. Recomendo a experiência dessa leitura lenta, e saboreando também auditivamente quando possível.
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Vinicius.Dias 27/09/2021

Uma vredadeira ode ao Paradise Lost
O ano era 2004 e eu estava começando a me aprofundar mais no underground do Metal mundial. Até então, tudo que eu conhecia era muito mainstream, bandas como Iron Maiden e Metallica eram o que eu estava acostumado a escutar. Foi somente quando comprei uma edição da Roadie Crew com o Sepultura na capa é que eu pude começar a ter uma ideia da complexidade e magnitude dos vários gêneros dentro da música pesada. Foi como se um oceano azul de oportunidades surgisse na minha frente e foi justamente nessa época que eu tive o prazer de conhecer os britânicos do Paradise Lost.

Para quem não os conhece, saiba que estão diante dos responsáveis por começar alguns dos subgêneros mais famosos do metal, Gothic e Doom Metal, e influenciar grandes bandas que atingiram o sucesso e o coração de vários fãs mundo afora anos depois. Se não fossem esses caras e o álbum Gothic, provavelmente bandas como Nightwish, Epica, Lacuna Coil, After Forever e até a pop Evanescence não seriam o que são/foram no auge de suas criatividades.

É uma banda que fez o que quis e que sempre seguiu tentando trazer novos elementos para o seu som. Começaram no Death Metal, porém com a dificuldade do baterista da época em tocar rápido, fizeram um som mais lento e arrastado resultando na base do Doom Metal. Trouxeram vocais femininos líricos contrastando com o gutural de Nick Holmes, o que acabou sendo a base de várias bandas de Gothic Metal no futuro. Além disso passaram por uma fase de negativa ao Metal onde se jogaram na música eletrônica e no Dark/Gothic Rock. Desceram ao inferno e passaram por maus bocados até que se redescobriram musicalmente e aos poucos, álbum a álbum se reaproximaram do tipo de música que faziam no passado. Reconquistaram a posição de grandes ídolos e seguem até hoje arrastando multidões e fãs por onde quer que passam.

Um detalhe importante sobre eles, é que a formação sofreu muito poucas mudanças. No caso, somente na bateria, onde passaram 5 grandes músicos. Fora essas trocas, a base da banda segue intacta por mais de 30 anos desde a época da escola quando começaram a tocar juntos. Os guitarristas Greg Mackintosh e Aaron Aedy, o baixista Steve Edmondson e o vocalista Nick Holmes são grandes amigos e nasceram e cresceram na mesma região norte do Reino Unido, o que acabou lhes dando um humor sarcástico e ácido e um sentido de unidade poucas vezes vistas em uma banda. Apesar de serem chamados de melancólicos, o humor e as gargalhadas são uma constante quando esses caras estão juntos, inclusive um fator determinante para saber se um membro postulante a posição de integrante oficial dará certo na banda é descobrir se eles tem o mesmo tipo de humor sórdido, caso contrário, poucas chances tem dessa pessoa conseguir a posição ou ficar muito tempo na banda.

O livro foi escrito por David E. Gehlke e me lembrou muito dos livros do Marin Popoff. A história foi contada lançamento a lançamento por eles mesmos e abordou o processo criativo, os problemas internos, as definições de capas, as turnês, as tretas com gravadoras, as coisas boas e conquistas de cada um deles e os projetos paralelos que surgiram entre eles. Ano a ano, álbum a álbum, a gente acompanha esses caras resgatando e nos dando um vislumbre de como foi estar presente nessa entidade conhecida como Pradise Lost. É quase como se a gente estivesse numa mesa redonda, tomando uma breja gelada e ouvindo música enquanto esses grandes amigos nos contassem as suas histórias e tudo que viveram e que os levaram ao ponto em que estão hoje. Um livro ótimo, com relatos bem sinceros e que não pouparam nenhum momento tenso, principalmente no final dos anos 90, época em que se afastaram do metal por uma antipatia com o gênero e uma crise de identidade musical generalizada dos integrantes.

Foi lançado pela Editora Estética Torta e é um dos livros mais lindos que tenho em minha estante. Capa Dura, pintura roxa na lateral das páginas e ainda veio com um booklplate autografado pelo Nick Holmes e pelo Greg Mackintosh. Além disso também veio acompanhado de um marcador de páginas próprio. Material sensacional e que me fez resgatar boas lembranças e redescobrir essa banda que por muito tempo me acompanhou durante a minha adolescência. Mais do que indicado para fãs de Metal e, principalmente ,para fãs da banda. Esse livro é uma ode ao Paradise Lost e ao ótimo trabalho que esses caras prestaram à comunidade metálica nesses tantos anos. Não perca tempo e adquira logo essa obra de arte.

"Abra seus olhos pela última vez. Encontre um caminho na escuridão" - A Side You'll Never Know


site: https://www.instagram.com/prosa.literal/
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