Resenhas - Notas sobre o luto

analunahistoria 17/11/2024

Notas sobre o luto | @analunahistoria
Esta talvez seja a quinta ou sexta vez que leio ?notas sobre o luto?, e em todas, tenho reflexões e sentimentos diferentes.

Tive a oportunidade de produzir um artigo falando sobre esse livro e as memórias e narrativas sobre o luto na pandemia, mas ainda sim, minha forma favorita de analisá-lo, é sem as amarras acadêmicas.

A escrita poética e dolorosa de Chimamanda nos faz sentir, mesmo que 1%, a dor de alguém que perdeu seu pai (aqui no caso, durante a pandemia). Quais os sentimentos de não poder estar presente no enterro do seu pai por conta que as fronteiras do mundo inteiro estão fechadas? Como reagir sem ter qualquer alternativa para estar ali, presente, fisicamente com sua família? Qual a forma correta de lidar diante as práticas e ritos culturais e religiosos do pós morte?

Embora seja um livro breve, em formato de edição de bolso, é um relato delicado, extremamente sensível e importante!

Elis Andoli 14/11/2024

Como entusiasta da escrita de Chimamanda, na primeira vez que li Notas Sobre o Luto achei o modo de dizer do próprio processo de luto muito sincero e respeitoso.
Retomei essa semana em uma busca por entender o luto que vivo agora, também pela perda de um pai. Me pegou ter feito anotações na primeira leitura que fazem sentido ainda hoje, agora de outra maneira.
Ainda que as experiencias aconteçam a partir de cada realidade poder ver por outros olhos, ler os sentimentos de outra pessoa que assim como você perdeu um pai é de fato algo reconfortante, ainda mais quando escrito por alguém tão imensa.

zoreio 10/11/2024

Não sei se estava preparado?
Eu ainda tenho muita dificuldade para refletir na morte do meu pai (foi em março 2018) e pessoalmente comprei esse livro sem saber o cerne, apenas por gostar muito da autora.

Não conseguia parar de virar as páginas e sorver do sentimento em comum e da mesma sensação de incredulidade e impotência. Me fez bem relembrar o meu pai, mesmo não estando preparado pra reviver essa dor.

Évelin Noah 03/11/2024

Chimamanda é uma daquelas escritoras que nasceu com o dom de contar histórias!
Notas sobre o luto, é, especificamente, lindo e triste ao mesmo tempo.

Nele Chimamanda fala sobre o seu processo de luto diante do falecimento do seu pai, de forma tão repentina. A dor se tornou ainda mais profunda, devido distância imposta pela pandemia de covid-19 e as medidas de restrições sanitáris.

Livro arrebatador, que toca profundamente o coração de quem já perdeu ou imagina a possibilidade de perder alguém.

Tori Rios 03/11/2024

Conforto na literatura
Adoro este livros curtinhos da Chimamanda, acho que já li todos. Esse é bem especial, não que os outros sobre o feminismo não tenho tocado em uma ferida minha, mas esse foi mais do que certeiro. Perdi minha avó, Dona Neuza, no fim do agosto deste ano, e venho esses meses que se passaram buscando conforto na literatura.

joão pedro 01/11/2024

O livro me fez refletir muito, levei até para uma das minhas sessões de terapia.
Excelente naquilo que se propõe: pensar sobre o luto.

lidi 29/10/2024

O livro não é só sobre luto, mas sobre o luto de uma filha pelo pai, da Chimamanda pelo James. Obras como essa retratam o quanto o luto é individual e como cada pessoa encontra a sua maneira de narra-lo.

Thais 24/10/2024

Luto
A autora, impecável como sempre, consegue discorrer de forma fiel os sentimentos emergidos do luto a partir da perda do seu pai, uma figura significativa na sua vida.

May Zanin 24/10/2024

"Notas sobre o luto" , de Chimamanda Ngozi Adichie, é uma obra breve, mas profundamente tocante, que aborda a perda e o luto com uma honestidade crua. Escrito após a morte inesperada de seu pai, Adichie nos convida a uma experiência íntima de sua dor e fragilidade. O livro é, ao mesmo tempo, uma homenagem à figura paterna e uma reflexão sobre as complexidades do luto.

Com seu estilo lírico e direto, a autora explora como o luto é uma força avassaladora, capaz de mudar a maneira como vemos o mundo. Ela narra, com toques de angústia, a dificuldade em lidar com a ausência e as memórias que assombram. Ao mesmo tempo, discute as pressões culturais sobre o luto em sua Nigéria natal, onde se esperam projeções públicas de dor e rituais coletivos que, para ela, nem sempre fazem sentido.

O livro traz também uma crítica sutil às convenções sociais, questionando as expectativas que cercam o processo de enlutamento. Adichie revela como as condolências vazias e as tentativas de consolar podem parecer distantes, ressaltando que o luto é algo muito pessoal e intransferível.

"Notas sobre o luto" é mais do que uma obra sobre perda; é uma meditação sobre o amor, a família e a mortalidade. Chimamanda consegue transformar seu dor em uma leitura universal, tocando qualquer um que já tenha enfrentado a perda de um ente querido.

LeticiaPirolo 17/10/2024

Todos que perderam alguém próximo deveriam ler
Que livro sensível, forte, emocionante. Li por indicação da minha psicanalista e me apaixonei. Não foi uma leitura fácil, porque me identifiquei muito com a autora, mas foi uma leitura importante justamente por isso: aceitar meu luto e compreender que cada um tem sua jornada. A autora escreveu o livro como forma de lidar com sua ferida, então obviamente não é um livro que desperta ?curiosidade? ao longo da leitura, não é o tipo de livro que se devora? Mas é o tipo de livro que se lê um capítulo e se sente. Você fica encantada com a magnitude que a autora tem em descrever certos sentimentos. Recomendo muito.

badlandds 05/10/2024

O luto não é etéreo: ele é denso, opressivo, uma coisa opaca
?Notas sobre Luto? é um relato íntimo e doloroso sobre a perda de alguém muito amado. A leitura é curta, mas cada página carrega uma intensidade emocional que é difícil de descrever. O livro expõe o luto como ele realmente é: desordenado, avassalador e impossível de racionalizar. A escrita é direta, sincera e, acima de tudo, profundamente humana.

O que mais me tocou foi a sensação de deslocamento e de ausência constante que é compartilhada no livro. É um sentimento que me identifiquei completamente, porque também perdi minha avó, alguém que me criou, foi a minha melhor amiga e o porto seguro de toda a família. Desde então, nunca mais fui a mesma. A autora descreve tão bem essa mudança interna e como a dor, de uma forma ou de outra, transforma quem somos.

Acredito que seja somente para quem quem já passou por um luto avassalador e se identifica, a leitura pode ser intensa demais, porque há muito de verdade no que é dito, mesmo nos trechos mais simples. Não é um livro que oferece consolo ou respostas, mas sim uma companhia honesta para quem está tentando sobreviver ao luto.

Brokengirl 04/10/2024

Muito triste
Eu tenho problemas para lidar com a morte e ler esse livro foi um soco no estômago. Foi muito difícil ler sobre como Chimamanda encarou a morte do pai dela. Chorei muito lendo. "O luto não é etéreo, ele é denso, opressivo, uma coisa opaca."

juliarfs 19/09/2024

Notas sobre o luto
Nesse livro teve tanta coisa que eu penso e nunca consegui externalizar. Obrigada, Chimamanda, por me entender quando nem eu mesma consigo.

Sinto saudades todo dia, e esse livro me deu um abraço de consolo, dizendo que me entende e sabe o que sinto.

"A dor era a celebração do amor, aqueles que sentiam dor verdadeira tinham sorte de ter amado."

MarcosOMartins 15/09/2024

Notas sobre o luto
Triste, íntimo e necessário. Um relato muito lindo e emocionante de uma filha que sempre vai amar seu pai. Indicaria para todos.

Camis 13/09/2024

Não estamos sozinhos na dor
Confesso que foi uma surpresa egoísta e agradável saber que uma das minhas escritoras favoritas concebeu um livro sobre a dor da perda. Quando vi o título ?Notas sobre o luto? de Chimamanda Ngozi Adichie sabia que encontraria alívio em suas palavras, e não errei.

Entender como a autora vivenciou essa dor tão terrível de perder o pai gerou uma identificação muito grande. Também estou em um momento de luto pela minha mãe, essa identificação fez eu entender mais meus sentimentos através de duas palavras, de suas experiências.

Existe um grande conforto na identificação, um sentimento de não estarmos sozinhos nessa dor, e se mais alguém experienciou e sobreviveu a dor mais profunda que senti, talvez eu sobreviva também.

Chimamanda, que sempre foi recurso para entendimento da minha própria situação como mulher em uma sociedade extremamente machista, agora me ajuda a traduzir meus sentimentos sobre a perda e trazer um grande acalento, extremamente necessário nesse momento de luto.