Lar em chamas

Lar em chamas Kamila Shamsie




Resenhas - Lar em chamas


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OssosDePapel - Instagram 13/05/2023

No começo fiquei super frustrado, quase desisti. Parecia um romancinho clichê e superficial. Mas a narrativa foi se adensando, ganhando contornos, com abordagens políticas, religiosas e sociais contemporâneas. Na segunda metade do livro, eu já estava completamente envolvido e só parei de ler quando acabou.
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LeonardoGS89 30/06/2023

Lar em Chamas, escrito por Kamila Shamsie, é um romance que desperta sentimentos conflitantes, ao longo da leitura, encontrei algumas partes arrastadas e entediantes, o que inicialmente dificultou minha conexão com a história, no entanto, à medida que avançava pela narrativa, o ritmo melhorou e fui surpreendido por reviravoltas impactantes que me mantiveram envolvido até o fim.
Uma das forças do livro é a habilidade da autora em desenvolver personagens complexos e realistas, embora tenha demorado um pouco para me conectar com eles, conforme a trama se desenrolava, pude compreender e me envolver com suas lutas pessoais, essa evolução foi fundamental para minha apreciação do livro.
Um aspecto notável da leitura é o seu desfecho, que me deixou impactado, as reviravoltas finais foram surpreendentes e provocaram uma reflexão profunda sobre as escolhas dos personagens e suas consequências, na minha opinião, foi nesse momento que a narrativa alcançou seu potencial máximo, cativando minha atenção e deixando uma impressão duradoura.
Embora tenha havido partes do livro que considerei arrastadas, a melhoria gradual do ritmo e a reviravolta emocionante no final compensaram as partes mais lentas. Acredito que essa obra aborda questões importantes, como identidade, pertencimento e radicalização, e consegue explorá-las de maneira significativa.
No geral, Lar em Chamas é um livro que pode demandar um pouco de paciência em seu início, mas recompensa aqueles que persistem na leitura, com personagens complexos e um desfecho impactante, essa história de Kamila Shamsie provoca uma reflexão profunda sobre temas relevantes.
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Rick Shandler 31/05/2023

Lar em Chamas - Kamila Shamsie
Clássicos são atemporais. A qualidade de um clássico faz com que sua história perdure, siga sendo lida, relida e, por vezes, rescrita. É isso que Kamila Shamsie faz em ?Lar em fogo?, uma importante releitura do clássico Antígona, de Sófocles. Releitura necessária no período conturbado que vivemos.

Shamsie divide seu livro em cinco partes (ou seriam cinco atos?). Cada parte é dedicada a um dos personagens que compõem o drama. Cada um destes personagens nos expõe uma perspectiva diferente para as mesmas problemáticas, as quais acentuam-se a cada página, levando-nos a um clímax arrebatador ao final do livro. A complexidade da narrativa, composta por tão diferentes perspectivas, reflete a complexidade dos problemas tratados, como a xenofobia, o racismo, o terrorismo e principalmente a migração em si.

Lar em Fogo traz a história de uma família britânica de ascendência paquistanesa. Isma, Aneeka e Parvaiz são islâmicos praticantes e já na primeira página do livro começamos a ver como isso impacta em suas vidas. Seja num aeroporto, seja em seus próprios bairros, seja nos debates políticos travados em sua própria nação, eles são relegados, questionados, marginalizados. Não só suas cidadanias são questionadas, mas suas próprias identidades. Um hábito, um costume, uma língua diferente, um hijab, um diferente tom de pele. Nada é perdoado. O colonialismo não perdoa nem mesmo aqueles que adentram o centro do próprio império.

Obviamente, a questão da migração é muito mais complexa e quando falamos em imigrantes islâmicos ganha um tom totalmente diferente em tempos de Estado Islâmico. Desde a queda das torres gêmeas, a bandeira do terrorismo tremula forte no ideário ocidental. Mas, até que ponto o anti-terrorismo serve de pretexto para a perpetuação de todo nosso racismo e toda nossa xenofobia? Até que ponto, mergulhados em nossos ideais liberais, estamos realmente preocupados com a opressão das mulheres na cultura islâmica e não apenas praticando a boa e velha aculturação? Essas são perguntas difíceis cujo livro de Shamsie se não ajuda a responder, ao menos ajudar a entender a questão melhor.

Na peça Antígona, de Sófocles, vemos uma irmã defendendo o irmão perante o próprio Estado. Antígona defende princípios que antecedem nossa própria organização social. Princípios não só religiosos, princípios humanos. É evidente que Sófocles não falava apenas de Antígona e seu irmão Polinices em sua peça. Da mesma forma, Lar em chamas não se limita a história de Isma, Aneeka e Parvaiz. Agora, pra entender o que Shamsie tem a nos dizer tem que ler.
Alê | @alexandrejjr 16/06/2023minha estante
Bom te ver escrevendo por aqui de novo, meu caro! Parabéns pela bela resenha.




Wanessa_Gabriela 10/08/2023

Chamas do início ao fim
Esse livro me tirou do chão. Que escrita maravilhosa que a autora tem! Capaz de transportar qualquer um para o local de sua narrativa, alem de fazer com que o leitor não desgrude do livro até saber todas as nuances daquela parte (dividido em 5 partes).
Isma me tocou profundamente com todas as suas questões e controle emocional para expô-las. Os gêmeos são interessantes mas não consigo ver a conexão que dizem que gêmeos tem, de sentir dor quando o outro se fere, ou intuição aguçada quando algo está ocorrendo com o outro.
A xenofobia é algo que vemos sempre em todo continente europeu, e claro que diante de estrangeiros que ainda por cima professam uma fé e estilo de vida diferentes do ocidente, aí sim que toda essa raiva e incompreensão vão aflorar.
Que tristeza toda a guerra contra o afastamento dessas pessoas para a tentativa de uma vida melhor. Impressionante ver como a paixão cega mexe fortemente com a mente e o destino das pessoas. Paixão por algo desconhecido, por algo tão intimamente ligado, ou simplesmente por algo que não é nem nunca pertenceu a você.
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Biblioteca Álvaro Guerra 19/05/2023

Nos Estados Unidos, Isma trava amizade com Eamonn, filho do deputado do parlamento britânico Karamat Lone, que se torna Ministro do Interior. Karamat vive o conflito interno entre sua origem e sua ocidentalização e britanismo autoimposto, que considera seu legado. De volta à Londres, Eamonn leva uma encomenda para a família de Isma e conhece Aneeka, por quem fica completamente encantado.
Nacionalismo e cidadania são um privilégio, não um direito de nascença, nesta história em que se acompanha não apenas a devastação de duas famílias, mas também tocantes histórias de amor incondicional e sacrifícios. Entre irmãos, entre pai e filho, entre amantes.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9786588410080
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Eliza.Beth 03/08/2023

Excelente leitura
Esse livro me surpreendeu pela sua temática dura e intensa, tratando sobre nacionalidade, pertencimento, esteriótipos, preconceitos.
Gostei bastante dos 3 irmãos, principalmente o irmão homem entre duas mulheres. O papel dele na família e o desenrolar de sua vida por causa dessa responsabilidade foi algo que realmente me tocou.
Gostei da escrita da autora, apesar de achar o texto muito ?picotado?.
Achei o final assustador, real, frenético, triste e verdadeiro.
Recomendo a leitura.
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Lusia.Nicolino 01/09/2023

Nem tudo o que lemos...
Difícil comentar uma experiência literária quando ela tem dois marcos importantes e contraditórios: gostei da escrita de Kamila, mas me entediei com a história, apesar de ter considerado a temática diferente e importante. O livro é uma adaptação da tragédia Antígona de Sófocles, e eu adoro as tragédias gregas, mas não me empolgou. Por isso é bom comparar experiências, podem trazer uma perspectiva diferente! Ela nos conta a história de três irmãos de família paquistanesa vivendo na Inglaterra. Isma, a mais velha, e os gêmeos Aneeka e Parvaiz. Conflitos de identidade e cultura, política, direitos, estudos, sonhos e tragédias, tudo vai se desenrolando e nos entregando pedaços do passado, do pai ausente, dos conflitos. O final surpreende, mas me pareceu um pouco exagerado. De qualquer forma, vida longa às descobertas de autores e histórias distantes do meu mundo ervilha.

"'Não parecia que eu precisava sobreviver até ela morrer. A tudo o mais você pode sobreviver, mas não à morte. A morte você tem que viver.´ Ela sorriu e encolheu os ombros. ‘Mas, enfim, ninguém me disse que eu estava perdendo férias com uma chuva de cerejas e sorvetes. Se eu soubesse disso, ficaria bem mais decepcionada.'"

site: https://www.facebook.com/lunicolinole https://www.instagram.com/lu_nicolino_le
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Monique | @moniqueeoslivros 08/06/2023

Home fire
{Leitura 11/2023 - ?? Paquistão}
Lar em chamas - Kamila Shamsie

Relacionamentos são uma das grandes molas propulsoras do mundo, e são também uma grande fonte de inspiração para a literatura, desde sempre. Uma prova disso é o livro Lar em chamas, da escritora paquistanesa Kamila Shamsie. A obra é uma releitura contemporânea da peça Antígona, de Sófocles, e trata de relações entre pais e filhos, entre irmãos, entre mulher e homem.

O romance nos conta sobre três irmãos muçulmanos britânicos: Isma, a mais velha, e Aneeka e Parvaiz, gêmeos de dezenove anos. O pai foi um jihadista que abandonou a família ainda durante a gravidez dos gêmeos; a mãe morre um tempo depois, deixando a irmã mais velha como sendo a única figura materna da casa.

Sob a lacuna da figura paterna ? nunca conhecida e pouco comentada ?, Parvaiz é seduzido a entrar para o Estado Islâmico (do que ele logo se arrepende). Isso faz com que a própria irmã, Isma, o denuncie para o governo britânico. Em contrapartida, faz também com que Aneeka tente desesperadamente trazê-lo de volta pra casa. Somam-se, a esses três personagens, Karamat Lone, Ministro do Interior do Reino Unido, e Eamonn Lone, seu filho.

É com a narrativa girando em torno deles que Kamila Shamsie consegue, de uma forma muito precisa, discutir assuntos pertinentes no mundo de hoje. Xenofobia, islamofobia, radicalismo e pertencimento são questões apresentadas nas relações que esses cinco personagens estabelecem entre si. São estes amores, vividos até as últimas consequências, que motivam suas ações. São também esses amores que nos fazem pensar sobre o mais complexo de todos os relacionamentos: o que existe entre ser humano e sociedade.
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Simone MK 23/12/2021

Lar em Chamas é uma adaptação contemporânea da tragédia grega Antígona, de Sófocles. O desconhecimento da mesma não prejudica em nada a experiência de leitura.

O livro é dividido em 5 partes e explora as diferentes experiências que um inglês muçulmano de ascendência paquistanesa pode enfrentar ao longo de sua vida, com foco nos personagens chave: Isma, a irmã mais velha, que praticamente criou seus irmãos; Os gêmeos Parvaiz, recrutado pelo Estado Islâmico, e Aneeka que tenta usar as armas de que dispõe para ajudar seu irmão gêmeo a voltar para casa; Eamonn, que acaba conhecendo Isma, mas se apaixona por Aneeka e seu pai Karamat, parlamentar britânico, nomeado Ministro do Interior.

A trama é muito envolvente, com personagens críveis, muito bem desenvolvidos, moralmente complexos, com os quais criamos empatia e passamos a nos importar com o desfecho. A autora, muito habilidosa, nos revela o passado, o histórico dos personagens de uma forma que nos faz entender suas motivações. Embora seja de temática difícil, a abordagem é sensível, por vezes até poética. Um livro atual e importante. Sem dúvida um dos meus favoritos desse ano.
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Ed_1 12/05/2023

Extremismos em chamas
Mais uma grata surpresa que só um clube de livro poderia proporcionar. Nunca tinha ouvido falar sobre a autora e o livro. Seu título me fez pensar que seria uma história de drama familiar, relacionamento abusivo, algo assim. E passou longe desta expectativa.

Kamila Shamsie, a autora, imigrante paquistanesa no Reino Unido, observou que a história de Antígona, de Sófocles, pode ser replicada na realidade atual. Quem não conhece a história clássica na qual esta obra se baseia vai ter algumas surpresas durante a leitura. Para quem conhece Antígona, ainda assim vai se surpreender como a autora costurou uma história com a outra.

Lar em Chamas é sobre irmãos imigrantes de segunda geração, ou seja, nasceram no Reino Unido, mas seus pais não. Os orfãos Isma e os gêmeos Aneeka e Parvaiz enfrentam a tirania da opinião popular, da xenofobia, racismo religioso e do governo inglês quando o irmão da família é cooptado por um grupo extremista e viaja ao Paquistão.
Isma, a irmã mais velha, prontamente avisa as autoridades sobre isso, porque ela sabe que pessoas como eles não podem dar um passo em falso naquela terra. Em um momento ela cita que uma pessoa de religião islâmica deve tomar cuidado ao pesquisar no Google sobre qualquer assunto. Sua irmã mais nova, Aneeka, se volta contra ela, a acusando de traição. Aneeka tem um forte elo com seu irmão gêmeo e acredita que ele pode mudar de ideia e voltar para o Reino Unido. O enredo toma proporções nacionais e internacionais, principalmente pelo envolvimento do filho do Ministro do Interior.

Shamsie escreve cada capítulo com o olhar de um personagem e assim vamos vendo como cada pessoa nesta história tem uma visão sobre o que é ser britânico, o que é ser estrangeiro, o que é ser terrorista, o que é ser cidadão, o que um julga como traição e o outro como proteção. É uma escrita muito fluida, que levanta suspenses e nos deixa engajados. A autora passa de eventos presentes para passados com espontaneidade e fácil entendimento. Levanta questões políticas importantes. Gosto muito quando ela traz gêneros textuais diferentes mais para o final do livro, como partes escritas em formatos de tabloides sensacionalistas e comentários de internet. Depois de já vermos diversos pontos de vista da história e sua escalada, ler palavras simplórias de internet traz a reflexão de como essa prática é estúpida, e são só julgamentos. A realidade é muito mais complexa.
Achei muito boa a maneira como a autora conduz a questão política também, principalmente por colocar o Ministro do Interior como um homem de descendência islâmica também, mas que precisa se afastar desta origem, tomando decisões radicais para agradar a opinião pública.

Lar em Chamas não precisa necessariamente remeter ao lar dos irmãos, mas ao próprio país em que vivem. O que eles chamam de sua nação, sua nacionalidade, de repente pode ruir em chamas violentas do extremismo político, que tenta erroneamente atacar outro extremismo, o religioso, com decisões preconceituosas e erradas.
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Erica.Barone 15/05/2023

Um livro desafiador e provocativo sobre identidade e pertencimento. A história tem como pano de fundo os dilemas dos imigrantes e seus descentes de tradições islâmicas milenares e a cultura europeia, que até então eu ignorava. Uma tragédia muito bem construída inspirada em Antígona. Gostei muito e recomendo para abrir a mente e ter uma noção mais ampla do que acontece ao nosso redor.
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Adriana Scarpin 21/07/2023

Olha, estou em processo de luto pelo falecimento do meu gato Dick Face e sem o mínimo ânimo de escrever o quanto gostei desse livro, só quero dizer que essa versão de Antígona transposta para o islã pós 11 de setembro é politicamente interessantíssima, trata de temas espinhosos sobre moral e ética, além de ser muito bem manejado narrativamente.
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Marilia 17/04/2022

Intenso
Minha primeira experiência com a autora e não poderia ter sido melhor.

O livro traz a história de duas famílias muçulmanas de ascendência paquistanesa, ambas residindo no Reino Unido, sendo uma delas, a do Ministro do Interior.

As histórias se cruzam e a mágica da autora acontece.

Costurado em capítulos apresentados, cada um, sob a ótica de um dos personagens, o livro fala de política, de racismo, de família e de amor.

Foi uma leitura que demandou bastante de mim, por trazer poucas pausas e muitas referências que eu desconhecia.

Aprendi e me sinto mais rica depois desse livro. Recomendo a leitura!
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Matheus Lopes 22/07/2023

Recomendado
Extremamente forte, impactante, consciente, preocupado. Ler sobre a comunidade islâmica em meu contexto social é algo raro, e essa é uma ótima oportunidade de ter um maior contato.
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