Incidentes na vida de uma escrava

Incidentes na vida de uma escrava Harriet Jacobs




Resenhas - Incidentes na vida de uma escrava


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AleBertulino 18/11/2024

Incidentes na vida de uma Escrava
Harriet Ann Jacobs é uma escritora excepcional, cuja obra nos confronta com a dura realidade de um mundo marcado por preconceitos e injustiças. Em seu livro, ela vai além de relatar a dor física ? ela nos revela a profundidade da dor emocional, da alma. Sua narrativa nos transporta para um passado que, infelizmente, ainda ecoa no presente, revelando como essas injustiças impactam gerações.

Mais do que uma autobiografia, a obra de Harriet nos conecta a sonhos, desejos e medos compartilhados pela comunidade preta, ressoando como um grito de resistência e persistência. É um testemunho poderoso, um marco histórico e literário para todos nós na diáspora. Harriet Ann Jacobs não apenas escreveu sobre sua vida; ela iluminou os caminhos de quem luta pela liberdade e dignidade.
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Josi 13/05/2024

Essa é uma história real sobre a jornada de uma escrava em busca da liberdade.

Sob o pseudônimo de Linda Brent, a autora faz um dos relatos mais contundentes e corajosos que já li sobre a escravidão, a partir do ponto de vista de quem a viveu.

É após a morte dos pais e de sua benevolente senhora que se iniciam suas provações como escrava. Nem mesmo a proteção da avó, que consegue a liberdade e se mantém por perto, cuidando de filhos e netos, é capaz de proteger das injustiças e perseguições a que a garota está sujeita com os novos donos, incluindo o constante assédio do patrão, ao qual resiste corajosamente.

Em meio à insistência cada vez mais invasiva, ela toma uma importante decisão para afastar de vez as investidas de seu senhor: ter um filho com um homem branco. Ao mesmo tempo que essa ação a faz cair em seu próprio conceito, ao perder as virtudes que tanto a orgulhavam, também falha no propósito de inibir seu assediador, que permanece firme em suas intenções, mesmo após uma segunda gravidez da garota.

Sem conseguir se desvencilhar da perseguição do patrão e do ciúme da mulher deste, a jovem resolve simular uma fuga. Mas ela não contava com o orgulho e teimosia do homem, e acaba por 7 anos escondida em um cubículo na casa da avó, até surgir a oportunidade de finalmente fugir para o Norte, onde também se depara com ameaças e preconceitos por sua condição de negra e fugitiva.

É impressionante a resistência, determinação e resiliência da autora em busca da própria liberdade e dos filhos, ilustrando a força dos escravizados e os sacrifícios a que eram capazes de se submeter em nome da possibilidade de uma vida mais digna, contando com uma rede de apoio e laços forjados e fortalecidos em meio ao sofrimento.

O que mais me marcou na leitura foi o relato sobre o abuso a que as mulheres escravizadas eram expostas. A injusta lei que determinava que os filhos deveriam seguir a condição da mãe possibilitava o crescimento da população escravizada, incluindo os filhos desses abusos.

Em diversos momentos, a autora também manifesta seu inconformismo em ter que comprar sua liberdade, algo que defendia ser seu por direito, ou viver se escondendo sem ter cometido crime algum, enquanto seus algozes eram protegidos pelas leis.

Ainda que faça referência à religião, senti que nessa obra é dada uma ênfase menor que em outros relatos de ex-escravizados que já li. O que ganha maior evidência no livro é o espírito contestador da autora.

Gostei muito da leitura e recomendo a todos que se interessam por histórias reais desse que é um dos período mais sombrios e terríveis da história da humanidade.
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Eduarda 13/02/2024

Dolorido, necessário.
O livro retrata a vida de Linda Brent, uma mulher escrava dos estados do sul dos Estados Unidos. Escrito pela própria Linda, a história é dilacerante, bruta, como o demônio que é a escravidão.

Diante da terrível vida levada por uma mulher escrava, retrata-se a realidade que os escravos sofriam todos os dias por seus senhores. Açoites, punições públicas e humilhações sendo só alguns dos horrores.

Linda é, definitivamente, uma guerreira, que sacrificou anos de sua vida para conseguir sua, enfim, liberdade. Que sacrificou cada centavo para a educação de seus filhos.

Sendo, na minha opinião, uma leitura obrigatória, o livro mostra a triste realidade dos Estados Unidos na época da escravidão, onde, mesmo nos Estados Livres, as perseguições eram constantes. Muito necessárias são leituras como esta. Pois como disse Haile Selassie: ?Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra.?.
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Owari 22/12/2023

Relatos
Um livro fortíssimo, onde uma pessoa mostra os resultados da coragem para se ter a liberdade, que, infelizmente, em sua época eram considerados indignas para pessoas de sua raça.
E um ótimo livro pra conteúdo didático sobre escravidão americana, e conta com termos da época.Admiro que a tradução da língua portuguesa não tenha "corrigido" algumas falas mais coloquiais, mas sim, adaptado elas corretamente.
Enfim, não foi uma leitura fácil, por ser muito forte a dor que ela sofre.Mas, para se informar, é crucial
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NessiSang 06/12/2023

Recomendo
Um livro impactante, forte, verdadeiro e que nos mostra a força do ser humano. Vemos como o ser humano pode ser cruel e irracional, mas também como podemos arranjar forças e coragem para conquistar aquilo que almejamos. Sem contar, que nos relata como nossos antepassados sofreram e nos permite refletir se o mundo de hoje realmente mudou desde então. Recomendo demais.
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Letizinha 28/10/2023

Nada mais a desejar
Esse livro, escrito por Harriet Ann Jacobs, cumpre totalmente seu propósito: falar sobre a escravidão estadunidense.

O correr da história não é nada devagar, muito pelo contrário!! Se passa de modo excepcional, mas ricamente informado. Gostei bastante da forma como a autora descreveu sua própria história, que, por si só, e sem o uso de termos pouco usuais, ou algo semelhante, emocionou essa leitora aqui.

Muitos mitos ainda são discutidos sobre a escravidão, mas o fator comum que ato nenhum pode negar: tal era a desumanização que a população negra sofria. Nesse livro, discute-se a fé e a força de um povo unido e fervoroso, ansioso por justiça e bondade para com sua humanidade, negada por uma sociedade que julgava, não o caráter, mas a cor de indivíduos.

Esse livro é necessário, tanto para aqueles que precisam de algum repertório sociocultural, como vc, leitor amigo, que gostaria de tirar dúvidas e saber um pouco mais sobre o tópico. Entretanto, precisamos dele porque nos torna mais humanos; para entendermos a dor do outro.

Então, pessoal, essa foi a minha resenha sobre esse livro tão inspirador. Eu nunca tinha ouvido falar dele antes, mas gostei demais, e recomendo para todos aqueles que buscam um pouco mais de alma e coração.

Muitos beijos, leitores! Boa leitura ???? ?? ?
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Andrea Janaina 13/10/2023

Emocionante e angustiante
Quando se lê esse tipo de história, não tem como não se indignar com a escravidão!

Levam a questionamentos de como pode um ser humano fazer isso com o outro?

Leva a indignação: Uns humanos psicopatas, selvagens, ignorantes!

Harriet foi extremamente corajosa, mas um preço extremamente alto, custando a vida de sua família e seus filhos sempre em apreensão e ansiedade.

Espero que nunca mais a escravidão volte a atormentar as pessoas.
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Víctor Morais 18/02/2023

Minha história termina com liberdade.
Cru, cruel e com crueldade, esse é o resumo do livro inteiro. Harriet Ann Jacobs, foi uma escrava americana da Carolina do Norte, que escreveu esse livro sob o pseudônimo de Linda Brett, por isso o livro inteiro, quando a Harriet se refere a si mesma, usa o nome Linda. Tirando isso, Incidências de Uma Escrava, é um livro que deixa a gente pensando no quanto o ser humano é um animal podre e carniceiro.

Harriet não deixa nenhum detalhe de sua vida na era escravocrata passar. Harriet coloca na balança desde sua infância desde sua fase adulta, até sua libertação. Eu fiquei com pena. com medo, com nojo, e com uma enorme repulsa dos humanos que entraram na vida de Harriet. Só posso dizer que é uma das melhores leituras desse ano até agora, e que se ler o que a Harriet passou já foi dose, imagine viver.
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Thayfx 14/01/2023

Harriet Ann Jacobs
Uma mulher forte que fez o possível pra ver a liberdade dos seus filhos. Ficou 7 anos em um espaço minúsculo, fugiu, e trabalhou muito pra livrar seus filhos da escravidão.
E que pessoas boas ela encontrou no seu caminho.
Sua história tinha com o objetivo de mostrar os horrores da escravidão, e ainda cumpre com esse objetivo hoje.
Como ela mesmo diz que o que importa é o caráter e não cor.
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Raquel 20/08/2022

A história vista por baixo
Em um país em que o maior ícone "abolicionista" é a princesa da própria família real que lucrou séculos com a escravidão no país, histórias como a da Harriet tornam-se leitura obrigatória, mesmo que relate a escravidão de outro país.

Biografia escrita em um período anterior à Guerra de Secessão, você consegue perceber como a autora ainda se auto-censura em certos momentos: seja por moralidade cristã, seja por medo de do backlash que receberia ao publicá-lo. Ainda assim, se você tem um coração, é impossível não agonizar em diversas passagens com as atrocidades que Harriet sofreu. O pior é lembrar que ainda assim ela foi uma escrava doméstica, e ela mesma sempre faz questão de pontuar como a situação dos escravos de plantation consegue ser bem mais atroz.

Leitura obrigatória, especialmente considerando que um dos autores mais proeminentes em história no Brasil atualmente (Narloch) é um jornalista que tem costume em relativizar os horrores da escravidão. Relatos como da Harriet nos lembram como a liberdade é o maior bem do ser humano, e mesmo os escravos mais "privilegiados" ainda viviam numa situação de horror muito pior e mais precária do que o do operário mais pobre de Londres.

Para não nos esquecermos. Jamais.
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Dayane 31/03/2022

Uma das melhores leituras do ano!
Forte, sincero, potente, dolorido. Identificar a dor dos nossos ancestrais através do olhar da Jacobs é tirar uma venda dos olhos, com relação ao tempo e a vida que os escravos levavam na época.

Principalmente as mulheres, elas que eram exploradas de todas as formas! E ainda eram vendidas como nada quando os senhores resolviam que elas não os serviam mais.

Uma vida inteira de crueldade, e relatos de famílias que sofreram a perda de entes queridos para os castigos infligidos pelos seus senhores.
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Thaís Furlan 20/11/2021

Uma leitura OK
Um livro bem mediano que conta a trajetória de Linda, uma escrava que consegue fugir para buscar sua liberdade.

Uma leitura lenta. Não é difícil, mas não tem fluidez, não empolga.
Apenas uma leitura OK.
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toricarvl 15/11/2021

Apenas leia.

"Os ministros de Deus são cegos ou hipócritas? Suponho que alguns sejam cegos, outros, hipócritas, mas acho que, se tivessem pelos pobres e humildes o interesse que deveriam sentir, não seria tão fácil cegar os olhos para essa realidade. Um pastor que chega ao Sul pela primeira vez em geral carrega algum sentimento, mesmo que vago, de que a escravidão é errada. O proprietário de escravos suspeita disso e joga o jogo de acordo. Torna-se o mais agradável possível, fala de teologia e de outros tópicos semelhantes. O reverendo é convidado a fazer uma prece diante de uma mesa carregada de luxos. Depois do jantar, caminha pela propriedade e vê os belos bosques e vinhas em flor, as cabanas confortáveis dos escravos domésticos preferidos. O sulista o convida para conversar com aqueles escravos. O pastor pergunta se eles querem ser livres, e os escravos respondem que ?Ah, não, senhô??, e basta para satisfazê-lo. O homem beatífico volta para casa para publicar uma ?Visão do Lado Sul da Escravidão? e reclamar dos exageros dos abolicionistas. Assegura a todos que esteve no Sul e que viu a escravidão com seus próprios olhos. Chama de ?bela instituição patriarcal?, diz que os escravos não querem a liberdade, que têm reuniões de louvor e outros privilégios religiosos. E o que ele sabe dos desgraçados famintos que trabalham duro nas plantations, do amanhecer ao anoitecer? Das mães gritando pelos filhos arrancados de seus braços por mercadores de escravos? Das meninas arrastadas para a sujeira moral? Das poças de sangue nos pelourinhos? Dos cães treinados para dilacerar carne humana? Dos homens presos dentro de descaroçadores de algodão, deixados para morrer? O senhor de escravos não mostra nenhuma dessas coisas, e os escravos não ousariam falar a respeito, nem que ele tivesse perguntado. "


"A morte é melhor que a escravidão."
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