R.U.R

R.U.R Karel Capek




Resenhas - RUR: Robôs Universais de Rossum


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Vitor Hugo 19/10/2024

UNIÃO DOS ROBÔS SOCIALISTAS SOVIÉTICOS (URSS)

Decididos a acabar com a opressão do homem sobre o robô, os robôs-operários de todo mundo ouviram a máxima "robôs do mundo, uni-vos", criaram uma associação, a "Internacional Robótica", e tomaram o poder dos burgueses, até então apenas preocupados com seus dividendos, indiferentes às vidas de seus operários, tratados como simples maquinário. Com a vitória, uma grande e nova organização surge, capitaneada pelo Comitê Central dos Robôs. Naquele novo e fascinante mundo faltava algo, todavia: o amor. Mas o amor poderia, paradoxalmente, colocar um fim a esta era.

Brincadeira. Não é exatamente assim, embora as entrelinhas e algumas referências sutis (e outras nem tanto) possam sugerir uma leitura, digamos, socialista, à obra publicada em 1920, apenas três anos depois da revolução bolchevique ocorrida na Rússia.

O fato é que a obra, uma peça teatral de autoria do tcheco Karel Capek, é um marco indiscutível da ficção científica, afinal pela primeira vez na história da literatura foi usada a palavra robô, derivada de "robota", que na língua tcheca tem o significado de trabalho exercido de forma compulsória. Os robôs, que mais se parecem com clones incompletos dos seres humanos (como os replicantes, de Blade Runner), rebelam-se, após uma modificação na fórmula original de criação, colocando a humanidade em risco de extinção.

Sem dúvida, uma fonte pioneira de criatividade que serviu de inspiração a um sem número de livros e filmes ao longo dos tempos. Aliás, o enredo do filme Eu, Robô, de 2004, tem mais semelhança com RUR do que com o livro homônimo de Isaac Asimov, publicado em forma de contos de 1940 a 1950.

Grande obra, mais atual do que nunca, tendo em vista a inteligência artificial presente em nossas vidas de forma cada vez mais marcante e constante.
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gabrieucastro 01/10/2024

A alma da humanidade é o amor
Um livro divertido e interessantíssimo e, para além do apelo marketeiro de ser a obra que cunhou o termo "robô", a peça de Karel Capek há pouco mais de um século atrás imaginou um cenário extremamente contemporâneo. Apesar de toda a distopia, nessa obra o amor vence ou, pelo menos, se revela como aquilo que nos humaniza em desfecho talvez piegas, mas que eu adoraria acompanhar com atores interpretando.
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Alexandre 28/09/2024

Peça R.U.R
Diálogo muito fluido e coerente. Profunda reflexão sobre a utilização da tecnologia. Já na década de 1920 esse autor profetizou a que nível de imbecilidade o ser humano poderia chegar ao entregar suas vidas às máquinas.
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Mariana113 16/09/2024

Atemporal ?
Um dos pioneiros da ficção científica. Fiquei surpresa que os acontecimentos do livro narram tão bem a atualidade, o medo da revolução das máquinas e a vontade de uma vida confortável.
O livro original é uma peça de 1920, escrita por um tcheco chamado Karel Capek, que conta a história de uma humanidade que possui robôs que se parecem realmente humanos, e com isso, há uma distinção de três grupos na sociedade que lida com essas máquinas mas possuem ideologias diferentes: O primeiro grupo sustenta a ideia de que, com os androides servindo os humanos, a humanidade iria finalmente evoluir e alcançar a aristocracia global, onde não seria mais preciso ter um trabalho suado para garantir seu pão no fim do dia, mas poderia usufruir do que a vida oferece de bom e melhorar a si mesmo com filosofias e conhecimentos gerais. O segundo grupo humaniza os robôs e possui organizações contra a industrialização braçal e o tratamento dado a eles. O terceiro grupo é representado por uma personagem do livro, Naná, cuja descrição fala por si só: "Naná fala por mil anos de história humana." Ela é uma conservadora e abomina a ideia de criar uma "criatura" como essa pelo homem.
Diante desses grupos sociais, a produção de robôs não para, até que Helena entra em cena. Ela confronta Domin, o diretor da R.U.R., e outros funcionários da empresa sobre o horrível tratamento direcionado aos robôs. Eles acabam ignorando, exceto um, que muda a fórmula de produção para agradá-la, fazendo com que os androides desenvolvam certa consciência e comecem a acreditar que são superiores à humanidade, com a solução de exterminar toda a civilização.
Gostei da estruturação da história, fiquei agoniada nas últimas partes e surpresa com o final, que foi bem inesperado e estranho. Algo que notei na trama foi que a culpa de todo o caos era direcionada a Helena, desde o modo como todos os personagens masculinos a tratam como uma pessoa rica, burra e apenas valorizada por sua aparência física, até ser culpada pela revolução das máquinas.
Foi um livro gostoso e rápido de ler. Ele te prende, pois deixa sua imaginação vagar pelas cenas.
Embora haja um machismo presente na narrativa, é preciso considerar a época de seu lançamento. No entanto, a obra é interessante e intrigante. Toda a trama me deixou reflexiva sobre como os humanos buscam humanizar e ver o lado bom de qualquer coisa que se assemelhe ou não à sua própria espécie.
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AlecNaruse 18/07/2024

Eu gostei
Vai parecer meio contraditório com a nota, mas devo admitir q eu n entendi tão bem assim.

A mensagem óbvia eu peguei e posso falar que adorei. Um homem querendo brincar de deus cria uma fórmula para criar "robôs" e outro homem, ganancioso dessa vez, cria uma fábrica para capitalizar esses robôs.

Os robôs criam uma certa consciência e começam a odiar os humanos e exterminam-os. É uma história de 1920, mas é desconfortavelmente palpável esse futuro.

Quero ver de ler essa história escrita de forma narrativa, visto que esse livro que eu comprei está escrito em formato de peça.
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vicniro 31/05/2024

Muito interessante
Eu sempre me surpreendo quando eu vejo obras de décadas atrás abordando temas que até hoje são discutidos, e nesse livro não foi diferente. O fato deles terem sido pensados para substituir a mão de obra levantou no livro várias implicações, tanto do ponto de vista do dono daquela MO, cujo custo e problemas diminuem bastante, quanto para a própria MO que está sendo substituída, visto que ficarão desempregadas mesmo com o argumento dos donos da R.U.R de que eles poderão aproveitar o tempo livre de outras formas e que no futuro, por conta do uso dos robôs, o preço das coisas cairão significativamente, como já estava acontecendo naquele momento. O problema começou quando começaram a humanizar os robôs, fazendo com que tivessem mais consciência de si mesmos e que decidissem que queriam dominar os seres humanos assim como era feito com eles. Essa “vontade” dos robôs me deixou pensando onde está o problema. Será que se eles fossem treinados por outro tipo de inteligência, não uma que viesse de nós, eles teriam objetivos diferentes?

Outro ponto que eu achei bem curioso é que os robôs aqui não são aqueles robôs que estamos acostumados a ver, todo de metal. É um androide muito mais parecido com os seres humanos, com órgão, tecidos e nervos. Isso, na minha cabeça, faz com que torne ainda mais difícil que os seres humanos não vejam esses humanóides apenas como máquinas, principalmente considerando que eles têm até receptores para a percepção de dor.

O livro acabou me prendendo mais pelas críticas do que pela história em si, que vai direto ao ponto. Sinceramente, os diretores da empresa me pareceram todos iguais e não entendi porque a Helena aceitou o que Damin estava propondo. Pareceu muito do nada. Achei os robôs mais interessantes que os próprios personagens hahahah

Enfim, de qualquer forma vale muito a pena a leitura. Um livro com mais de 100 anos que apresenta temas tão atuais é interessante de qualquer jeito, principalmente considerando que hoje em dia é muito discutido o uso das IAs.
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Devoradora de livros 30/04/2024

Livro curtinho, é uma peça de teatro. Desde os tempos mais remotos, o homem tem medo da inteligência artificial sair do controle e dominar o mundo e a humanidade. O livro leva esse medo a outro nível, tomara não ter pesadelos de noite hehehe
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Victor225 29/04/2024

Que honra é ver o início de tudo!
Eu estava muito empolgado pra ler esse livro, só por saber que ele foi o ponto de ignição para o grande Azimov fazer a série dos Robôs. Eu tinha expectativas altas e elas foram supridas com sucesso, como foi INCRÍVEL ver a visão de mais de 100 anos atrás da tecnologia que estamos criando hoje! Claro, uma visão mais pessimista e em tom de alerta, mas não deixa de ser ótima. O livro é extremamente atual, muito divertido de ler, trás dilemas quanto ao trabalho, vida e morte, oq é a vida e tudo isso em um enredo muito fruído (escrito como uma peça) que atiça muito a imaginação de cada detalhe que é dado.

Os personagens são incríveis, gostei muito da personalidade deles, Domin, Helena, Fabrys, Alquimist? Muito interessante e bem feito.

Leitura mais que obrigatória para os fans de Sci-Fi? Basicamente um what if: Como seriam os robôs sem as 3 leis da robótica?
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Camila.Furlani 22/04/2024

A revolução das maquinas
O livro é bem gostoso de ler, rápido e bem reflexivo em vários pontos. Por ser baseado em uma peça, a forma que esse livro se apresenta é bem diferente do que estamos habituados e ler, (experiencia interessante).

Super interessante os assuntos abordados, como: se comparar com Deus, aristocracia só para quem é aristocrata, mito da caverna de platão, sentimento de ambição, ditaduras e genocídio... bem interessante essas assimilações.
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Louis 19/04/2024

1920 - 2024
Nunca imaginei que poderia existir uma obra tão velha e ao mesmo tempo tão atual como esse livro. 104 anos de idade e ela traz uma grande preocupação dos dias atuais. O livro que criou o termo robô é o mesmo que 104 anos depois mostra a preocupação que temos hoje: a inteligência artificial.
Uma das leituras mais necessárias da história da ficção científica.
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