Casa de alvenaria

Casa de alvenaria Carolina Maria de Jesus




Resenhas - Casa de alvenaria


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tai.mobi 20/10/2024

Eu sou preocupantemente suspeita pra falar de Carolina porque sou muito fã da escrita e da potência que ela é.
Gosto de absolutamente tudo em relação a esse livro e gosto principalmente de como mesmo sendo obrigada a escrever mais um diário ela não só expôs o descontentamento mas também organizou o texto dela como um romance em vários momentos.
Eu amo essa mulher.
Ela ocupa todos os lugares da minha sala de visita ?
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driliotti 16/10/2024

Mais uma leitura essencial.
Carolina Maria de Jesus, novamente foi cirúrgica em retratar como a sociedade é, ela mostra em forma de diário como passou a ser tratada após o sucesso do primeiro livro.
Me doeu o coração quando ela precisava deixar os filhos, e ela sentia muito por isso.
Ela chegou na casa de alvenaria, naquele lugar que ela chamava de "sala de visita", e mesmo assim, ela não se sentia completa, ainda sentia tristeza.
É um livro impecável do ponto de vista sociológico, e eu nem sou socióloga.
Vale a pena demais ler, de verdade.
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arqueofarias 11/10/2024

Carolina sempre maravilhosa.
A verdade nua e crua.
Incrível perceber que ela via o mundo com os olhos de quem realmente sabe o que é o sofrimento, a dor? entendendo as agruras do povo.
Seus pensamentos eram à frente do seu tempo.
Uma aula de História e de Humanidade.
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Glória Alves 11/10/2024

Além de Quarto de Despejo
É muito bom ler Carolina com sua sinceridade e audácia. Um livro que conta a sua história depois de sair da favela. Quando terminei Quarto de Despejo e descobri que ela teve outros livros publicados, quis muito lê-los para saber ainda mais sobre a vida dela.

Um trecho que resume bem o sentimento que fica após a leitura:

"Eu pensava: elas são filantrópicas nas palavras, mas não agem. São falastronas, papagaios noturnos. Quando avistam-me, é que recordam que há favelas no Brasil. Quando eu morrer, o problema será olvidado como decreto de político que vão para as gavetas. Será que surge outras Carolinas? Vamos ver!"
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thathaisprado 19/09/2024

"Tem dia que dou risada pensando na confusão de minha existência. De lixeira a escritora. Tenho a impressão que eu era ferro, e virei ouro. A minha vida metamorfoseou-se".
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riamarialuiza 26/08/2024

Você nunca esmaecerá, Carolina
Lá pela página 180, no dia 6 de dezembro de 1960, ela diz:
"Tenho a impressão que sou ferro banhado a ouro. E um dia o banho de ouro esmaeçe e eu volto a origem natural - O ferro ha de ser sempre ferro! [...]".
Mas você, Carolina Maria, nunca esmaecerá.

No primeiro volume de "Casa de Alvenaria", lemos os anseios, medos, inseguranças, tristezas, empolgamentos, cansaço, felicidades e desejos de Carolina Maria de Jesus, no auge da publicidade em torno de sua figura. Carolina era escritora preta, mãe, sonhou com essa casa de alvenaria e os filhos "reinam" na correria da vida em Osasco.

A vida de Carolina em 1960 muda drasticamente, não mudam a exploração e os preconceitos, embora lá pelo final do ano possa sonhar com a compra de uma casa mais próxima ao centro da maior metrópole do país. Ela viaja para várias partes do Brasil e ora se encanta, ora se espanta com as agruras da vida dos pobres e dos racializados nesse país tão desigual.

Naquele tempo, Carolina queria mais tempo para ler, para escrever poesia, para escrever romances, mas Audálio Dantas queria repetir o sucesso do diário "quarto de despejo" e, assim, ela fala, incansavelmente, dos dias dessa publicidade em torno de seu nome, de sua vida, de sua escrita tão verdadeira. E é impossível não se incomodar com a maneira que Audálio a explora. Ela também conhece escritores e políticos dos estados que visita, fala dos burgueses (e do medo de criticá-los e ser perseguida por eles) e não deixa de escrever suas impressões sobre as damas que se sentavam na mesa com ela nos jantares finos, mas que eram tão diferentes dela:

"[...] quando estou entre os brancos, tenho a impressão que eles detestam minha presença, ou talvez seja, a não estar habituada com estas damas, que não sabem o que é ter fome" (p. 137).

A fome volta à mente quando come bem. Seu papel político é frisar o horror do alto custo de vida. Ela compra os "gêneros alimentícios", seus filhos enfim comem frutas que não saíram dos lixos, mas não deixa de se preocupar com o custo de vida extremamente caro.

Em suma, demorei pra conseguir ler esse. Sabia que seria difícil digerir, mas Carolina encanta com a profundeza de seus escritos e, por vezes, me vi também sorrindo com sua magnitude. Mulher, humana, complexa, bonita, que deseja, que cria, que escreve e que é mais do que um rótulo. Me arrepiei quando escreveu sobre o amor pelos livros, mais uma vez, e quando falou da questão agrária do Brasil que via pelos ares e pelas rodovias em suas viagens.

Em 3 de dezembro, disse sobre "os vultos federaes que ganham salarios elevados do Tesouro Nacional":

"[...] Eles são os causadores da existencia das favelas. Eles não combatem os prêços elevados podem comprar são os médiadores da desgraça no pais. [...] O que me horrorisa, é saber que existe entes humanos, que passam privações num país onde as terras cultivaveis estão abandonadas impedindo aos pobres que plante para comer.
Com o custo de vida elêvado a massa proletária vae se elevando e um dia a massa pobre duplica-se na força e na sapiência porque, so o sábio é forte. Ha de lutar com a massa rica e domina-los. E as terras ha de ser dos pobres para eles plantar." (p. 169)

Quanta sabedoria, Carolina. Quanta emoção nas palavras.
Repito: você nunca esmaecerá!

E, por fim, há que se falar: o prefácio de Conceição Evaristo e Vera Eunice de Jesus é incrível.
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Jessica.Jerusa 22/07/2024

Monótono
Eu esperava conhecer mais sobre Carolina neste livre, saber mais sobre o lado poético dela, mas por pressão da editora ela continuou escrevendo diários, deixando a leitura bem monótona.
Demorei 2 meses para ler esse livro :/
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Laris 22/07/2024

Sempre quis ler Carolina e invés de começar por quarto de despejo, preferi começar por esse e acho que foi uma boa escolha, pois mesmo conseguindo um pouco de prestígio ela mostra como o preconceito e a econômica social são impactantes na sua vida.
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Cleber.Laia 08/07/2024

Os escritos pretos
Carolina Maria Conceição, escritora preta e ex-favelada como ela se define, uma história de superação da década de 60. Ao ler a crueza dos fatos relatados parecem dar um soco no estômago.
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Samu31 25/06/2024

Leitura que te prende do início ao fim
As análises da conjuntura econômica e política feitas pela Carolina na escrita de seus diários, se aplicam muito bem aos tempos atuais. Infelizmente quase nada mudou, muito pouco foi feito.
Neste livro é possível conhecer mais da Autora, seus preconceitos, suas contradições (como qualquer ser humano tem) ficaram mais em evidência nos textos.
Nem tudo são flores no mundo da fama, há bônus mas também ônus.
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Manuela.Azisaka 22/06/2024

Finalmente tive tempo de terminar esse
Demorou mas consegui.
É um livro bom, acredito que a vontade de Carolina de fazer livros diferentes de um diário foram exepcionais.
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Bela 17/06/2024

Inverti a ordem, comecei por "Casa de Alvenaria" e em seguida pretendo ler "Quarto de Despejo". Independentemente da ordem, Carolina Maria de Jesus é extremamente atual e relevante para a realidade brasileira de 2024, que pouco mudou desde 1960. Para quem costuma ler rápido como eu, vale fazer o esforço e ler pausadamente, saborear cada palavra, cada frase, destacar em lápis/marcador as partes mais marcantes.

Essa edição é ainda mais especial por tentar ser o mais fiel possível ao texto original, mantendo até mesmo os erros ortográficos, que servem a um propósito, como brilhantemente explicado no prefacio escrito por Conceição Evaristo e Vera Eunice de Jesus. E por sinal, que prefácio espetacular, é uma aula a parte.
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Mar duh 17/05/2024

Patrimônio imaterial brasileiro
Carolina com certeza é uma das maiores escritoras brasileiras.A escrita dela é bem marcante e traz muita verdade, os devaneios que ela são muito interessante de se analisar.
Além disso é uma boa obra para ver uma outra época do país, o pensamento e o comportamento das pessoas me parece que não mudou muito infelizmente.
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icilha 10/04/2024

Carolina sempre incrível
Carolina sempre me deixa impressionada, a forma como ela mostra ser alguém a frente do seu tempo mas também uma mulher da sua época, seus pensamentos ativistas e seus preconceitos enraizados mostra que além de uma grande escritora ela também é apenas uma mulher.

Incrível que ela também consegue mostrar que na verdade a educação sozinha ela não salva, mesmo com seu primeiro livro estourado e ela se tornando muito famosa ela mostra que ainda sim existe desigualdade no meio da literatura onde ela está inserida.


Leitura muito rica, estou ansiosa pra ler o volume 2
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