Gu 19/09/2020
É melhor ser uma laranja podre do que uma Laranja mecânica.
O livro de Anthony Burgess, foi lançado em 1962, mas escrito entre sua corrida de escrita começada em 1960-1961 (época em que Burgess achara que morreria, ja que se tinha sido descoberto um tumor cerebral inoperável em si).
Laranja mecânica foi a obra marcante da vida de Burgess, uma história violenta, sangrenta e perturbadora, que se passa em um futuro onde a violência tomou conta do mundo, assaltos, assassinatos, estupr0s, todos tinham se tornado parte do dia a dia do futuro distópico de Burgess.
O livro gira em torno de um adolescente (Alex) dono de uma gangue adolescente, que após cometer várias atrocidades com sua trupe depois de ir longe demais Alex é preso e submetido a um tratamento psicológico experimental para realocação na sociedade, onde o mesmo era condicionado tortura psicológica de repulsão aquilo que era mal, com o objetivo de curá-lo de sua crueldade.
Toda essa situação trás a nos o pensamento de que não adianta tentar trazer um ser humano a bondade, tirando de si seu livre arbítrio e poder de escolha. Forçar um indivíduo mal a ser bom, através da força bruta, que retira toda individualidade do ser, transformando-o em um algo mecânico, sem direito a escolhas ou a redenção por si próprio, só cria um homem fraco, sem ideais, ou vontade de viver.
A trama consiste em refletir sobre pararmos de olhar o indivíduo como único culpado de suas ações e quereres, e sobre qual é o limite do Estado na intervenção e punição do mesmo.
A discussão aberta em Laranja mecânica de que:
" É preferível ter um mundo onde a violência é feita com total consciência, como um ato de vontade, do que um mundo condicionado para ser bom ou inofensivo."
Com um Dialeto criado pelo próprio Anthony Burgess, Laranja Mecânica consegue fazer com que o leitor entre na mente do personagem principal, também narrador, e da situação em que ele se encontra em cada etapa do livro.
Incrível, violento, reflexivo e angustiante, Laranja Mecânica é uma obra atemporal e necessária para a criação de um senso crítico em toda uma sociedade.
(Espero que tenha ficado bom)