duda!!! 03/09/2024
Quem disse que era bom, mentiu... é perfeito!
Eu tive uma experiência bem mediana com a emily henry quando li pela primeira vez um livro dela (leitura de verão). fui influenciada por amigos e conhecidos no bluesky, que votaram para que essa fosse minha próxima leitura. sinceramente, não dava nada por esse aqui e comecei com zero expectativas, contando que seria só mais um romance adulto qualquer que viraria um número na minha lista e me renderia um ou outro suspiro como leitora apaixonada.
nunca estive tão errada.
pude experimentar aquela sensação gostosa de estar 100% dentro do livro, virar madrugada para não largar a história e procrastinar algumas tarefas da faculdade porque estava totalmente envolvida com os personagens e suas próprias narrativas. vou dizer que, apesar de um slow burn muito bem construído, que te deixa com aquele gostinho de ?quero mais? a cada cena, um ponto importante para que criasse empatia pela protagonista foi a situação familiar dela.
quem é irmã mais velha (ou irmão, tanto faz) vai entender toda a culpa que ela carrega ao, sem querer, assumir os papéis de mãe e pai na vida da caçula, mesmo depois de adultas. a dor de querer fazer mais e não conseguir, o desespero em querer proteger, o orgulho de ver as pequenas conquistas... nora stephens, nossa personagem principal, passa por tantas coisas e sempre carregando fardos que não são dela, mas que pegou para si, não querendo sobrecarregar ou atrapalhar as pessoas ao seu redor. ela lida sozinha com o abandono, o luto e as responsabilidades de uma família inteira. não de um jeito dramático e engessado, em um contexto criado para te convencer de que ela é uma coitada, mas com sentimentos e situações reais.
também conhecemos um lado fundamental para a construção da narrativa: a personalidade profissional de nora. ficamos entre nos frustrar com o quão viciada em trabalho ela é, admirar sua inteligência, elegância, competência e sucesso; e pensar "será que posso ser ela quando crescer?". é possível reconhecer taylor swift em muito do que há nela (e essa é uma relação totalmente feita por mim), principalmente, ao querer ser definida pelo que ama e não pelo que odeia ou por suas fraquezas. e é nesse cenário, sendo uma agente literária, que ela conhece charlie lastra, seu maior obstáculo e o editor sarcástico, fechado e engraçadinho que faz a gente querer jogar a calcinha pro alto e pedir "vem".
não consigo descrever muito sobre a relação deles e a construção do romance em si sem dar spoiler, mas uau... que casal viciante, que mulher incrível e que homem gostoso!!!! mais um favoritado para o ano. minha dica é: se querem algo bom, leiam esse livro!