aninha 17/02/2022
uma mulher que quer é uma coisa feia.
quando eu comecei esse livro, tinha uma ideia muito clara de como eu achava que ele se desenvolveria, especialmente porque nos primeiros capítulos, todos os integrantes do east house seven parecem ser bem centrados nos estereótipos que eles representam. como eu estava errada.
acompanhar a jessica durante duas linhas do tempo foi uma jogada de mestre por parte da autora, porque enquando no tempo presente nós estamos acompanhando o resultados de um acontecimento catastrófico e o que o grupo contribui para que esse acontecesse (de acordo com jess, claro), no passado somos confrontados com a perspectiva de vários personagens, seus motivos e as ações catalisadoras da tragédia que acontece.
por meio dessa divisão de papéis, tanto como personagens como quando narradores, é dada a oportunidade ao leitor de tirar suas próprias conclusões, enquanto mantendo do mesmo informações cruciais à solução do crime.
o elenco diversificado também faz muito ao apresentar pessoas com que os leitores podem se identificar, e, consequentemente, impede que esse pensem claramente ao tentar entender os acontecidos, pois não querem que aqueles que se parecem consigo sejam culpados de um crime tão hediondo, mesmo que a ações falhas desses tenham contribuído para o mesmo.
os aspectos que dizem respeito aos personagens eric e jack foram o que mais me incomodaram, pois parecem um pouco forçados demais e quebram um pouco do ritmo da leitura quando são expostos. fora isso, o livro é maravilhoso