Luan 22/09/2022
Diferente do habitual, mas mantendo a essência
Billy Summers é um dos mais recentes lançamentos de Stephen King. Ele também foge um pouco daquele perfil mais conhecido do autor, entregando uma história mais de suspense do que com componentes do sobrenatural ou mistérios. E, apesar de alguns percalços, o autor consegue entregar mais um livro interessante.
Billy Summers é o protagonista desta história. Ele é um matador profissional, que está querendo se aposentar desta vida. No entanto, antes disso, ele recebe uma última e milionária proposta para um trabalho derradeiro. Será o mais difícil e estranho que ele já fez. Após muitos preparativos, a execução do assassinato trará diversas consequências.
A escrita de Billy Summers não tem grandes novidades. O livro entrega aquilo que já conhecemos do autor, com muita descrição, ótimo diálogos e um desenvolvimento sempre diferente do mais do mesmo. Nem sempre o que você imagina, acontece. O livro também consegue entregar um encerramento bastante coerente, entre os melhores do autor.
No entanto, apesar de ter sido um livro que me agradou, ele também deixou alguns pontos a desejar. King é conhecido por livros grandes, mas o desenvolvimento desta história não combina com um livro de muitas páginas. Ele deveria ser mais enxuto. Billy Summers começa muito interessante, mas pouco depois do seu início começa a ficar um tanto monótono, até que o plot principal se desenvolve e volta a ganhar ritmo.
Soma-se a isso o fato de que no meio da narrativa, ou autor intercala os capítulos atuais com a história do protagonista no passado, o que acaba atrapalhando a evolução da obra em função das inúmeras e longas interrupções para relatar o passado de Billy – que é bem interessante, diga-se de passagem.
Com bons personagens que surgem no decorrer da história e um encerramento com bom ritmo, Billy Summers trás, além do entretenimento em si, discussões importantes, como esta que lida o protagonista: como pessoas más merecem pagar pelos seus crimes? Com a vida?