spoiler visualizarBlair Fraser 25/09/2024
O mundo como ele é as vezes assusta, mesmo os olhos gentis..
Sempre costumo dizer que os contos "infantis" não são para crianças efetivamente. Pois só compreendemos o que eles realmente querem dizer, quando deixamos a inocência de lado, para só então enxergar através dos olhos adultos.
E com Alice no país das maravilhas não foi diferente, não importa quantas vezes eu leia, ou em que tempo o faça, as ligações psicológicas vão sempre me fazer pensar.
Alice indo para a toca do coelho branco a procura de respostas, as confusões e conflitos que se seguem nos eventos próximos, fazendo a personagem se questionar se ela era de fato o que diziam. O que nos faz ver também a pressão em se encaixar nos padrões para não ser mais "A estranha".
Enquanto a própria consciência briga e nos puxa para nossa verdadeira excessia, e nos fazer refletir, se vale a pena se moldar de acordo com o pensamento alheio, ou simplesmente permanecer aquilo que fora programado até o fim da vi.
O "atraso" a que o coelho branco se refere é a justificativa perfeita para se usar nos dias de hoje: "Quanto mais deixarmos as coisas para o último segundo, cada vez mais as prioridades vão ser deixadas de lado, fazendo com que nosso verdadeiro eu também se perca no caminho de volta ao qual ele estava seguindo. A fúria desenfreada da rainha de copas, é a personificação das desavenças sociais que acontecem em nosso entorno diário, um mínimo erro, e o caos acontece, fazendo até a menor das criaturas sofrer as consequências de um único ato.
O chapeleiro maluco, a lebre e o rato na mesa de chá, são literalmente a representação do vício social e a facilidade como as pessoas se deixam dominar por ele, por menor que seja.
O autor constrói isso sendo contado através dos olhos de uma criança, talvez para que, ao ler...
Paracemos para refletir sobre nossas próprias ações e atitudes, com relação aos outros, mas principalmente sobre nós mesmos.
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Simplesmente perfeito, a leitura prende até mesmo com meras frases, que simplesmente tomam conta da nossa cabeça até a última página.