Menino mamba-negra

Menino mamba-negra Nadifa Mohamed




Resenhas - Menino mamba-negra


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Marta 22/11/2021

"A única coisa que vem a você se ficar sentado é a morte.?
Neste livro vamos conhecer a história de um menino chamado Jama da África que nasceu numa cidade chamada Áden no Iêmen em 1935. Ele se vê sozinho no mundo com a morte da mãe. Após a morte da mãe, ele parte para a Somália numa viagem onde se depara com a guerra e as forças fascistas italianas que controlam parte da África Oriental, mas ele não pode parar  até descobrir se o pai, ausente de sua vida desde que ele bem pequeno, está vivo em algum lugar. Com isso começa sua jornada que o levará a países devastados pela guerra até chegar ao Egito. De lá, a bordo de um navio transportando refugiados judeus recém-libertos dos campos de concentração, o garoto segue através dos mares para a Grã-Bretanha. Esse livro é a história de um garoto em busca de liberdade e também é a história de como a Segunda Guerra Mundial afetou a África e seu povo. É um livro denso, de leitura demorada, pois em vários momentos somos pegos pela tristeza de ver tanto sofrimento, porém também de coragem torcendo por nosso personagem. Recomendo a leitura.
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Amanda Ciarlo 22/11/2021

Sou muita fã de livros ambientados na África e/ou que trazem temáticas raciais. Logo no início da leitura fiquei extremamente empolgada, pois me lembrou o tipo de escrita da Chimamanda (que amo de paixao). Infelizmente no transcorrer dos capítulos a narrativa não se mantém, ficando mais arrastada e cansativa, e a historia perde em dinamicidade. Mas de qualquer forma curti a leitura, principalmente por possibilitar conhecer mais de outras culturas e por trazer a questão das consequências da segunda guerra no cotidiano dos africanos.
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Ariana 21/11/2021

Resenha: Menino mamba negra
O livro de novembro da TAG foi um livro muito interessante. Gostei muito da história ser contada pelo ponto de vista de Jama, do que ele passou, de como as coisas aconteciam para ele e sua realidade.
A história de Jama é muito linda, toda força, coragem e ousadia, deram a história várias nuances. O livro tem passagens pesadas e tristes, então a leitura pode ser um pouco passada para algumas pessoas. O livro é muito rico em costumes, traduções e história.
Gostei bastante do livro e recomendo a leitura.
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Félix 20/11/2021

Jama, o menino mamba-negra, tornara-se um homem do mundo
Foi uma viagem longa mesmo tendo apenas 284 páginas Ao longo dos anos de luta do menino mamba-negra vemos o quanto ele amadureceu não de um jeito saudável mas de um jeito que só o racismo e a vida de rua ensina. Jama é um menino forte mas nem por um momento não mostrou suas fraquezas, desejando muitas vezes morrer, isso diminuiu com o tempo em que se desenvolvia e criava uma sede por resistir e sobreviver, tocando cada canto da terra e nos mostrando sua viagem dolorosa e ao mesmo tempo quase impossível.
O livro para mim foi algo diferente, um outro lado da história que geralmente passa despercebido, ninguém conta o que aconteceu e como afetou os povos africanos durante o fascismo italiano e a segunda guerra mas neste livro esse é o cenário no qual passa a juventude de Jama. Aprendemos sobre a cultura e os conflitos presente entre clãs, entre religiões e cor. Algo interessante retratado na religião é as crenças diferentes, algo que me fez lembrar dos livros de história onde falava sobre as novas crenças adotadas e deixando de mão suas religiões originárias algo que ocorreu principalmente na época em que a colonização e a troca de mercadorias acontecia um tempo pouco atrás da história de Jama.
Jama nos ensina o quão forte a esperança é, nos faz refletir quanto vale as dores de uma vida, Jama aprende a viver e está disposto a viver mesmo tendo passado por tudo aquilo, ele já não é a criança solitária com medo de seu coração congelar. Jama compreende a força de seu povo e deseja viver para carregar a memória daqueles que já se foram e passar adiante.
Em muitos momentos sentimos o impacto da crueldade e o sofrimento dos oprimidos, pensamos em quão difícil era aqueles tempos e esquecemos que as coisas continuam difíceis, o mundo não melhorou completamente mas agora a dor é disfarçada, os conflitos são despercebidos, as pessoas continuam sendo cruéis mas a gente esquece. Em diversos lugares do mundo exitem pessoas como Jama que ainda tentam sobreviver e o mundo tão globalizado não nos faz mais unidos, talvez indiferentes.
Gosto do jeito em que a autora escreve, com um pouco de poesia mas algumas partes a escrita corre deixando um pedaço da história que poderia ser mais interessante. O final me desagrada pois é onde sinto que o livro acaba num corte rápido, ao mesmo tempo não sei o que poderia acontecer então aceito que o final não está tão ruim.
Costuma dizer que um livro só é bom quando tem diversas críticas sociais, focos diferentes. Esse é um livro bom.
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Aninha 20/11/2021

Goode
O livro conta a história de Jama, o pai da autora Nadifa Mohamed. Nele a autora o transforma em herói, (aspas)não o tipo lutador ou romântico, mas o real, a criança faminta que sobrevive a cada pedra ou flechada que a sorte desavergonhada joga contra ela e que agora pode sentar-se e contar as histórias de todos os que não conseguiram (aspas).
Jama é um menino Somali de dez anos de idade cujo pai foi para o Sudão em busca de um trabalho e nunca mais voltou. Ele é criado pela mãe Ambaro, uma mulher lutadora que aprendeu a ser independente e obter respeito. Jama possui estas mesmas virtudes.
Após a morte da mãe, Jama atravessa o Mar Vermelho em direção a terra natal e lá fica aos cuidados de Jinnow, a matriarca responsável pelo seu nascimento. Neste local ele não se sente acolhido e decide sair sozinho atrás do pai indo para o Sudão.
Como pano de fundo chocante vemos somalis, abissínios, eritreus e árabes cruelmente persuadidos, maltratados e humilhados pelas forças fascistas na África Oriental. Jama é um menino procurando trabalho, comida, moradia e vivenciando toda essa violência, contudo é notável ver que ele não perde a esperança e a missão de cumprir a promessa.
O enredo é tão ricamente descrito que parece poesia. Fiquei encantada como em meio a uma guerra e tanta crueldade ainda foi possível, com os olhos de Jama, visualizar uma beleza envolvente com um toque de delicadeza. É um romance histórico recheado de crenças, aventuras, dor, superação e esperança.
Terminei o livro me questionando: Quanta crueldade um ser humano é capaz de suportar e manter-se sonhador sem congelar o coração? Os personagens Ambaro, Jama, Shidani, Abdi, Guure, Jibreel e tantos outros são reflexos de muitas mulheres, homens e crianças que eu conheço. O livro é denso e por se tratar de uma realidade, eu li muito emocionada e com o coração na mão. Em alguns momentos os acontecimentos são fortes e eu precisei de uma pausa para respirar e recuperar minha alma. Recomendo fortemente a leitura.
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Marques60 17/11/2021

Passei o livro todo esperando que algo acontecesse, mas fiquei na vontade. Entendo que a tudo está focado na vida de Jama e suas experiências, porém a escrita ficou um pouco monótona.
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Drica Feitosa 15/11/2021

Livro bem pesado
Narra a história de Jama o Menino Mamba.Negra. O livro trata de assuntos fortes: racismo, guerra, fome, humilhação, etc.
Mas vale a pena ser lido. Só não dei maior nota porque em certos pontos era extremamente descritivo e com isso as vezes a leitura ficava densa demais.
E também o glossário na revista que nem continha todas as palavras...
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Marina.Anicet 11/11/2021

Muito bom
Livro muito pesado, choque de realidade total. Racismo, fome, guerra e tudo mais. Mas é admirável que mesmo diante de tudo ele continuou. Livro muito bom mesmo!
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Rafaela Tressino 06/11/2021

A ressaca me pegou
A história é linda, dor esperança e superação são o lema.
Lamento muito não ter me conectado 100%, vim de uma leitura muito intensa que ainda não superei...
A perspectiva africana desse livro é fantástica e a questão da liberdade foi dolorosamente linda.
Quero muito ler em outro momento
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Mar 06/11/2021

Nada nos move mais do que o amor
E não o romântico, apenas. Ao longo de sua narrativa, Mohamed mostra amor à terra, família, deus(es), pessoas, nós mesmes. Não importa o ódio e o infortúnio que ocorram, Jama, o protagonista, encontra lugar em seu âmago para amar algo mais, e continua. Por sobretudo, amar a vida, e saber que merece vivê-la.

Menino Mamba-Negra é a história de Jama, em sua peregrinação movida pela promessa de uma vida melhor desde Áden, no Yemen, até Londres. Solidificada entre os laços de Jama com seu clã e seu país, a violência branca e a segunda guerra, a narrativa progride tratando com nuance dos mais diversos temas. Além de nos contar a história de um homem real, o pai da escritora que de fato fez a jornada, e muitas outras; Mohamed nos conta de um Jama fictício, um porta-voz para a história de seu país e seus ancestrais. Jama é a infância roubada, a violência, o ódio, a esperança e o amor em uma única pessoa, e sua viagem é um relato sem rodeios sobre suas experiências com o mundo.

Mohamed não esconde a crueldade da qual somos capazes umes com outres, mas tampouco os viezes dessa crueldade - há o ódio mais óbvio, tal o des branques contra negres, nazistas contra judies. Mas há outros, como dos clãs somalis, pessoas da mesma cor e mesma terra que ainda assim possuem hierarquias para aproveitar-se de outras. Há o sexismo tão cruel para com as mulheres quanto limitante aos homems, a homofobia, a xenofobia, o relativismo religioso, e muito mais. O privilégio vem e vai na história, alguns muito piores que outros, mas nenhum oculto. Todos são parte das lições que Jama compreende e que todes nós deveríamos também compreender. Há sutilezas, áreas cinzas em tudo, e o jeito mais próspero de navegá-las é com gentileza e esperança.

Nem por isso, porém, Mohamed perdoa ou permite os horrores do racismo e da colonização. À seus perpetradories são reservados os adjetivos mais degradantes e a verdade nua sobre sua falta de humanidade. A sujeira na história de Jama é branca.

Mohamed nos conta uma história além de violências e contexto histórico, porém. A África de Jama também é uma personagem, um plano de fundo vivo e constante para suas andanças. Jama tira força e conexão da terra, compreendendo muito ao seu redor pela natureza e guiado pelas estrelas que sua mãe disse que lhe trariam boa fortuna, pelos mitos e superstições que povoam seus passos e não lhe deixam sozinho. Além disso, há seu totem, a mamba-negra, serpente que o abençoou quando ainda não nascido e o encontra novamente em forma de tatuagem no braço de um marinheiro galês. Jama faz sua própria tatuagem, marcando seu totem em sua pele em uma descrição visceral, quase santificada, da troca de seu sangue traumatizado por um renovado, esperançoso - amadurecido e fortalecido pela vida que levou até ali.
As suas dificuldades não são romantizadas ou dadas como necessárias; são absurdos impostos sobre si por poderes injustos. O único fator importante é sua presença de espírito para vencê-los.

Na realidade, a capacidade de nuance e possíveis abordagens de Mohamed são tantas que seria possível citar muito mais. Há passagens em que uma simples frase carrega pensamentos muito maiores, como uma espécie de poesia, onde um jogo curto de palavras traz uma história. Escreve com maestria também a imaginação de Jama no início, suas interpretações do mundo infantis, mas não inocentes.

Dada sua capacidade nesse âmbito, é um pouco decepcionante o ritmo da prosa, que de lenta e focada em momentos íntimos e formativos, fornecendo diálogos inteiros e parágrafos de sentimentos, à partir da metade do livro começa a acelerar progressivamente até seu final, quase apressada a se encerrar. Em algumas passagens, o ritmo frenético funciona, como a guerra, mas outras, tal a exploração de Londres, é alienante e desorienta. Mohamed faz grandes saltos temporais, comendo semanas, meses e até anos da vida de Jama, como se de repente alguns não valessem tanto descrições quanto outros. E em menor escala, muitas vezes quebra cenas de supetão, saltando para a próxima passagem de forma que também desorienta, parecendo começar mais cenas do que termina, muitas vezes perdendo el leitore em suas longas descrições sensoriais.

Apesar desse fator, Menino Mamba-Negra nos prende com a sinceridade letal de suas páginas, sua esperança desavergonhada, amor pela vida e educação histórico-geográfica, tornando-se uma leitura tão educativa quanto emocional, um relato que temos sorte que seja compartilhado.

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Queria até falar mais, mas seria uma coisa com mais spoilers e análises mais diretas de passagens do livro etc então ficam os comentários no meu perfil e na minha cabeça ??
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