Fernando Lafaiete 21/10/2024A SOCIEDADE DE PRESERVAÇÃO DOS KAIJU - JOHN SCALZI: UM DOS LIVROS MAIS BOBOS QUE JÁ LI!******************************NÃO contém spoiler******************************
De um lado, um mundo prestes a encarar um dos piores momentos da humanidade: o surgimento da Covid-19. Do outro, um mundo repleto de criaturas colossais, conhecidas como Kaiju, que podem ser tanto uma ameaça quanto as vítimas de um mundo dominado por ambição e egoísmo, provenientes dos tidos animais racionais. O que esperar do mais novo romance do autor da elogiada série Guerra do Velho?
Se você gosta de narrativas bem-humoradas, com personagens carismáticas e um desenvolvimento que te possibilita desligar o cérebro e ler sem grandes pretensões, provavelmente irá amar A Sociedade de Preservação dos Kaiju. Trata-se de uma obra leve, confortável e bastante previsível. A previsão não se torna um ponto negativo, já que o livro não se propõe a ser nada do que realmente é... uma história bem sessão da tarde, pra se ler em uma tarde ensolarada com sorriso no rosto.
Para ser sincero, após ler os 50% iniciais, achei tudo muito infantil e tinha certeza que este seria minha primeira grande decepção com John Scalzi. As descrições quase nulas, também me impediram de conseguir materializar e visualizar o universo e as criaturas. Tive que me apegar ao background dos filmes do Monsterverse e seus famosos monstros cinematográficos, para que conseguisse dar vida à minha imaginação.
Contudo, me vi rindo em diversos momentos, adorei os personagens, e o vilão com suas características estereotipadas me fizeram virar os olhos e dar altas gargalhadas. Os diálogos são tão bobos, mas tão bobos, que parece um monte de crianças conversando. Mas tanta bobagem deixa o livro acalentador. É a típica narrativa que considero como uma leitura de conforto.
Pra quem está com ressaca literária e / ou lendo livros mais complexos, A Sociedade de Preservação dos Kaiju é a opção perfeita para quem deseja um equilíbrio literário. Um livro que foi escrito em um período obscura, e que em sua simplicidade se prova com maestria exatamente o que o autor precisava naquele momento e o que muitos leitores podem vir a precisar. É a verdadeira luz no fim do túnel e uma história que mostra que pode haver alegria até mesmo na tristeza.