Michele 02/05/2023
Trocam-se armas por bolsas
Um texto breve e com muitas reflexões, em especial, para quem escreve. A autora - que também é antropóloga - analisa a vida dos nossos ancestrais e entende que os registros deixados nas paredes das cavernas se referem, em grande parte, à exceção dos grandes feitos e que isso reforça a histeria masculina da força, da guerra, do sangue. Le Guin sugere, então, trocar o grandioso e heroico pelo óbvio deixado de lado e valorizar na escrita o dia a dia, o que acontece dentro de casa. Nessa teoria, a bolsa, que substitui a arma, representa o feminino e o necessário, o elemento que guarda aquilo que coletamos, nossos suprimentos e tudo o que queremos levar conosco em nossa jornada. Excelente reflexão!