Carous 26/06/2022A nota revela o quanto amei o livro. Desde o conto me encantei por Cedrico, Kaio, a habilidade de ver mortos do garoto que remete à adorada série
A mediadora. Livros que fizeram parte da minha adolescência e tenho muito apreço.
Fiquei muito feliz quando soube do livro. Não queria admitir, mas queria saber onde daria o crush do Kaio no melhor amigo.
Então minha opinião é parcial, mas não menos verdadeira. Para mim, esta história é linda, magnífica, uma obra de arte e uma revolução na literatura. Se o livro tem defeitos - e ele tem -, eu relevo.
Por exemplo, ele carece de outra revisão. Encontrei letras faltando, palavras duplicadas, verbos conjugados errados. Por exemplo, a repetição dos nomes de Cedrico e Kaio no mesmo parágrafo, na mesma frase, o tempo todo. Cheguei a substituir mentalmente por pronomes ou refazer as frases para aplacar minha aflição.
Às vezes ao invés de usar os nomes, apareciam marcações tipo "o garoto mais velho" e "o garoto mais novo" que até hoje só encontrei em livros nacionais contemporâneos independentes. Confesso que estranho e gostaria que os autores não fizessem mais isso. Não combina.
São problemas comuns em publicações independentes, eu sei.
Tenho muito carinho por essa história. Os erros de revisão não interferem na compreensão, mas atrapalharam um pouco minha concentração.
Torço para que este livro chegue em muitos leitores, venda muito e faça sucesso. Mas todos irão detectar os mesmos problemas que eu e alguns vão reclamar.
O livro tem apenas 280 páginas. Manteve o mesmo nível do conto e me manteve tão interessada igualmente. Foi um alívio. Apesar de animada por mais dessa história, estava com receio de que fosse uma boa ideia que não fosse funcionar numa quantidade de páginas maior.
A autora soube equilibrar todos os elementos da história. Mas confesso que meu interesse mesmo estava no romance entre Cedrico e Kaio. Mesmo que ame de coração a obra de Meg Cabot e estivesse contente com as referências e semelhanças. O romance demorou para acontecer, os dois claramente se amavam e não admitiram um pro outro. E eu entendo. Não foi uma enrolação para encher linguiça, mas porque tinha toda uma complexidade de background, medo, orientação sexual para resolver. Achei bem bacana e certeiro como a autora tratou a demora para os dois se acertarem.
Revi personagens, conheci outros. Conheci também mais sobre o passado e a família de Kaio e Cedrico.
Não sei se Adrielli pretende escrever mais sobre os personagens e o universo. Se
Eu, meu melhor amigo e o segredo dos mortos foi um presente de despedida para os leitores do conto, fico grata. Se houver mais aventuras em mente, conte comigo para desfrutá-la.