Priscila.Coruzzi 28/06/2024Um livro pra mexer com seus sentimentos.Lenni e Margot são duas pacientes que “moram” no mesmo hospital, mas em alas diferentes.
Lenni tem apenas 17 anos e um diagnóstico de poucos dias de vida.
Lenni começa a frequentar as aulas de arte terapia por incentivo do padre Arthur e acaba conhecendo Margot, uma senhora de 83 anos, e a conexão das duas é imediata, um verdadeiro encontro de almas, e juntas elas percebem que, suas idades somadas resultam em um século de vida.
E para comemorarem elas decidem montar uma exposição de quadros contando a história de suas vidas, serão no total 100 quadros, um para cada ano de suas vidas.
E é então que iniciamos uma viagem aos momentos que viveram e marcaram suas vidas, histórias de alegrias e tristezas, de perdas e conquistas, de amores e desamores, de amadurecimento, crescimento, histórias que merecem ser compartilhadas e jamais esquecidas.
Que livro lindo, sensível, emocionante e bastante reflexivo.
Poder acompanhar a história de Lenni e Margot é um verdadeiro presente para nossa vida que a autora nos dá.
Com uma escrita fluida, nós viajamos nas histórias de vida dessas duas, Lenni com apenas 17 anos e poucas histórias a serem contadas pois bem cedo foi para o hospital de onde não saiu mais, e Margot com seus 83 anos e muita história pra ser dividida, histórias cheias de erros e acertos, momentos de tristezas e de felicidade, de certezas e incertezas, e que de algum modo ao serem compartilhadas com Lenni a fez vivenciá-las também.
A conexão entre as duas é imediata e esta amizade intergeracional ofereceu muito a Lenni, mas também a Margot que acabou aprendendo muito com sua jovem amiga. A amizade que nasce também entre Lenni e o padre Arthur também acrescenta muito a história e nos mostra que mesmo sendo tão diferentes, com visões tão diferentes sobre a vida e questões religiosas acrescentam muito na vida um do outro, e a amizade, que também tem uma grande diferença de idade nasce e se desenvolve de maneira tão natural.
No começo do livro conhecemos uma Lenni solitária, presa naquele hospital com um diagnóstico terrível e assustador para uma garota de apenas 17 anos, mas no decorrer da história podemos ver essa jornada para enfim acabar com aquela solidão, e juntamente com Margot, Arthur e a enfermeira nova (seu nome não foi citado) eles acabaram se “adotando” e formando uma família cercada de muito amor.
Margot encontra em Lenni uma grande amiga, uma filha, uma pessoa que ela pode ser quem ela realmente é, sem filtros e que pode confidenciar todos os seus grandes segredos.
Em suma, esta é uma história que aquece nosso coraçãozinho, que nos faz refletir sobre nossa própria vida e nossas escolhas, que em momentos nos torna incapazes de conter as lágrimas e em outros momentos de conter os risos, e onde podemos ver que uma amizade verdadeira nasce em qualquer lugar independentemente de idade, sexo, cor, religião ou qualquer outra coisa e que o amor é vivido de diversas forma diferentes.