Resenhas - João Maria Matilde

Beatriz 21/10/2024

"A loucura atropela quando é verdade."

A partir da perspectiva de Matilde, conhecemos um pouco da sua história e a viagem para Portugal em busca da leitura de um testamento e conhecer algo sobre seu pai.

"Tem uma coisa que a gente tem e finge que não, que é o alívio na dor do outro."

"Eu nunca mais vou ser a mesma, embora já não tenha certeza de quem sou."

Jose497 27/08/2024

Fluidez
É uma leitura gostosa, dá pra se identificar bastante. Mas confesso que no despertar do fim me decepcionei

amordecapitu 20/08/2024

Bom, mas com falhas
"João Maria Matilde" é uma obra contemporânea brasileira, e trata de assuntos bastante pertinentes dentro do nosso contexto atual. O foco do livro está especialmente em questões de saúde mental, e considero que as partes que abordam tal temática são as mais interessantes. A autora chega a ensaiar uma espécie de fluxo de consciência para representar os conflitos psicológicos, apesar de não se aprofundar nisso. E eu diria que isto é exatamente o problema da obra: a falta de aprofundamento.

O contexto da protagonista, Matilde, é complexo; ela é uma mulher na casa dos quarenta anos, que trabalha com tradução, enfrenta problemas de saúde mental e possui uma família complicada ? um pai desconhecido e uma mãe com mal de Alzheimer. Muitos assuntos relevantes, certo? Mas nenhum deles é bem abordados, todos são apresentados e retomados com pressa. Isso me incomodou pois são os pontos que orientam o final do livro, mas que pouco foram apresentados para os leitores. Talvez isso fosse resolvido adicionando algumas páginas a mais no livro, destinadas para aprofundar nos pensamentos e nas emoções da personagem. Além disso, achei o tratamento dado ao choque de cultura Brasil-Portugal meio preguiçoso, quase restrito à língua.

O sentimento que ficou após a leitura é de decepção. A ideia base da obra é muito interessante e eu tinha altas expectativas, as quais não chegaram nem perto de serem atingidas. Apesar disso, não considero um livro ruim, apenas raso demais; as temáticas são importantes e mereciam maior desenvolvimento.

fabibas 30/07/2024

É um livro lindo.
Fala sobre a busca de uma filha sobre a identidade velada de seu pai.
Um contato feito por um amigo íntimo dele faz da vida de Matilde uma viagem (literal) ao autoconhecimento, raizes, vulnerabilidades.

Natalya15 21/07/2024

Intenso
Fui positivamente surpreendida por esse livro, não sabia muito bem o que esperar quando comecei a ler e terminei ele chorando

Dé 17/06/2024

Fui atravessada por essa história de maneira natural, sem esforço, com uma calmaria q contrasta com a urgência da narrativa.
Me transportei para a cidade portuguesa da ambientação, sempre pensando nela como ?aldeia?, pois era assim q meu avô contava suas historias.
Gostei de conhecer Matilde e Bitoque. Senti saudades de João Maria. Me sensibilizei com as vulnerabilidades de uma doença mental. Vale a leitura ?

Mih 16/06/2024

Perdoar é ir pra frente
Depois de bater muito a cabeça na parede sobre sua vida, Matilde entende que perdoar é o único caminho que vai libertá-la de si mesma. Perdoar o pai morto, a mãe esquecida e a si mesma. É uma história de busca. De aceite.

Gabriela3420 27/04/2024

João Maria Matilde
Além do título, esse livro me chamou a atenção por abordar uma jornada de autodescoberta com uma protagonista que lida com questões de saúde mental.

No início é uma leitura que prende bastante e tem uma linguagem super poética, o meio da leitura foi um pouco arrastado pra mim, especialmente por furos no enredo e por um excesso de suspense que a meu ver foi desnecessário. Na reta final o livro ganhou novo fôlego e os 3 últimos capítulos fizeram a leitura valer a pena!

"João Maria Matilde? é mais um livro da minha meta de leitura de 2024, escrito por uma autora brasileira contemporânea

Recomendo a leitura pra quem gosta de dramas familiares e de refletir sobre hereditariedade e a fragilidade da vida.

tavim 30/03/2024

João Maria Matilde, de Marcela Dantés
Pois há escassez que se descende, o corpo morto vem a comprovar; dose de descaso à intromissão de existência --- sem intenções de ficar. contudo, o pouco irrompe para o próprio desalinho ser sua parte passional e então esperançar nas migalhinhas de memórias do predecessor pra preencher lacunas de si, dispersas antes de sua gênese. assim soa bem sobreviver, angariar de outros passados a presença que te tiraram do presente.

de parcas pretensões são feitos os abismos e, o ser humano, no seu total desentendimento, trava como confronto o choque para superação. há ressalvas, vide as vezes onde o lapso após surto toma forma de proteção à mente a fim de refúgio. é por esse caminho que segue joão maria matilde, de marcela dantés. são muitas as rupturas que percorrem a protagonista, principalmente a presença, seja pela escolha ou por doença. o não estar, paterno e materno, atravessa em variados níveis e reflete se ser alheio de si mesmo é algo hereditário ou construído por pesares.
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Maria 25/02/2024

Uma boa história
A história é bem interessante, mas a leitura não foi tão fluida pra mim. Matilde tem um distúrbio psicológico e conturbações dela, me fizeram ficar perdida em alguns momentos.

Sol Belchior 13/01/2024

Quando um livro tem alma... é parecido com esse aqui. ??
"Vamos adquirindo hábitos tão impensáveis na vida, ainda me espanto com nossa capacidade de adaptação - somos o que o mundo exige da gente."

Julia5048 18/12/2023

Me surpreendeu de todas as formas
Obrigada ao livreiro que me indicou esse livro, em uma livraria pequena perto da faculdade. que livro intenso, real e cheio de significado. A dor que a Matilde sente na família, pelas suas perdas é notável em cada palavra da autora. incrível o livro, recomendo para qualquer pessoa.

liz 14/12/2023

Remexer a ferida que quer cicatrizar tem um quê de masoquismo que combina comigo.
Ao atravessar o oceano em busca de sua origem, é bonito de ler o desenvolvimento, os pesares e desencontros e como o passado coexiste conflituosamente com o futuro. É extremamente curto, mas imensamente poético.

Mari 13/12/2023

?João Maria Matilde?, esse foi mais um dos que entraram para a lista na época em que andei escolhendo livros pelo título. A história é sobre uma mulher que a vida toda foi filha de pai desconhecido, até que recebe a notícia de que precisa viajar até Portugal, para a leitura de um testamento. Aparentemente seu suposto pai
morreu, e pediu que a leitura fosse feita para todos os ao mesmo tempo, no mesmo quarto. Matilde então (encontramos a culpada pelo título) marca esse compromisso com o passado e atravessa o mundo para, descobrindo versões de si mesma, descobrir suas origens (não aguento mais fazer resenha clichê). A ementa parece mais interessante do que o texto propriamente é. Infelizmente, porque me pareceu uma ideia ótima, mas que deixou pra ser acontecida na última página. Não desgostei, nunca conseguiria. Mas vou dizer só que não sou fã dos livros que vendem narrativas lineares e entregam uma chuva de lamentações, autodescobertas etc etc etc
Tem poesia, então vale sempre a pena. Mas as histórias com pontas soltas apenas não são meu estilo.
Procurando, aleatoriamente, algo que marquei, encontrei: ?Tem uma coisa que a gente tem e finge que não, que é um alívio na dor do outro.?

ingridrad 05/12/2023

Esse livro demora a engrenar, mas é um lovro pequeno, e quando engata ele vai muito bem. O jeito que a Marcela descreve cenas e crises e surtos e caos, é muito legal de ler.