O perigo de estar lúcida

O perigo de estar lúcida Rosa Montero




Resenhas - El peligro de estar cuerda


131 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |


Mah60 23/09/2024

Entre a criatividade e a loucura?
"O Perigo de Estar Lúcida" é uma obra impactante e profunda, que explora a delicada e muitas vezes conflituosa relação entre a criatividade e a loucura. Este tema é tratado com uma sensibilidade que toca diretamente na complexidade dos transtornos mentais, uma experiência com a qual estou intimamente familiarizada. A "loucura" mencionada no livro é, na verdade, uma representação romântica de um conjunto de realidades duras e muitas vezes incompreendidas, tornando certos trechos, especialmente aqueles que narram as vidas trágicas de escritores, particularmente difíceis de digerir.

No entanto, mesmo com esse impacto emocional, o livro teve um efeito positivo em mim. Ele reacendeu minha paixão pela escrita, em especial pelo romance que sempre foi o meu forte. As citações presentes na obra são brilhantes, algumas tão cativantes que me vi absorvendo-as com avidez, devorando capítulos inteiros em questão de minutos.

À medida que concluí a leitura, fui tomada por uma sensação mista de realização e melancolia. Terminar um livro é, para mim, como me despedir de um amigo querido que me acompanhou em uma jornada significativa. É curioso como podemos criar laços tão íntimos com objetos inanimados, a ponto de senti-los como companheiros de vida. Talvez, como disse Fernando Pessoa, "a literatura, como toda a arte, é uma confissão de que a vida não basta". De fato, os livros têm o poder de transcender a materialidade, tocando nossa alma de maneiras que desafiam qualquer explicação racional, deixando marcas indeléveis em nosso ser.

Este livro, em particular, me fez refletir sobre a linha tênue entre a genialidade e a instabilidade mental, e como, muitas vezes, os maiores talentos literários pagam um preço alto por sua criatividade. A obra nos desafia a pensar sobre os limites do nosso próprio entendimento e a complexidade de viver com uma mente que, por vezes, é tanto uma bênção quanto uma maldição. A leitura foi uma experiência transformadora que reafirmou o poder da palavra escrita em moldar e refletir a nossa própria existência.
comentários(0)comente



manupst 20/07/2024

Melhor livro do ano até aqui 5 estrelas e favorito

O livro trata da relação da criatividade com a instabilidade mental. Ela mescla experiências pessoais, estudos e exemplos de pessoas principalmente na literatura. Gostei como ela colocou tudo como se fosse uma conversa casual mesmo com situações pesadas.

Aviso: é um esquema de pirâmide, fiquei com vontade de ler todos os livros que ela citou.
comentários(0)comente



mari 17/03/2024

Sensacional!
o que Rosa Monteiro fez aqui me deixa com muita vontade de ler todos seus outros livros. ler este me fez sentir como se ela estivesse me contando tudo isso em uma conversa de bar sobre loucura, escrita, solidão e criatividade. refleti muito sobre o lugar do ato de escrever na vida de uma pessoa, refleti sobre o lugar que escrever tem/pode ter para mim. e o poder de criar realidades, seja para fugir de uma realidade compartilhada, ou para ajudar a entendê-la. poderia falar desse livro de muitas formas diferentes, e nenhuma delas faria jus. convido a todes que leiam, recomendo d+
comentários(0)comente



vivyannb 28/07/2024

Um mergulho entre a criatividade e a loucura
Foi a primeira obra da autora que li, muito por ouvir falar desse livro nas redes sociais recentemente, e sem dúvida já considero uma das minhas melhores leituras do ano.

A escrita é leve de modo que a leitura flui rapidamente como se você estivesse ouvindo uma pessoa próxima numa conversa despretensiosa. Por vezes me identifiquei com várias passagens (acho que tenho um tanto de uma mente artista-criativa e só não sabia até então) e me vi assentindo com tantas outras que remetem a minha forma de pensar.

Considerando que a autora trata de temas sensíveis como a depressão e o suicídio, e por fim a "loucura", quase que de forma intrínseca ao ato-fato de criar, pode ser que soe como gatilho, principalmente nas passagens que retratam parte da vida - ou mais especificamente do fim dela - de figuras literárias como Sylvia Plath (confesso que embora já conhecesse a história, ainda assim me marcou muito relê-la nas palavras de Rosa Montero).

"O perigo de estar lúcida" é uma viagem por algumas obras e escritores/pintores/artistas e suas particularidades, que acaba por despertar o desejo de conhecer suas criações, ao mesmo tempo sendo impossível não se deixar tocar pela angústia que os tomaram e que por vezes nos acerta enquanto humanos, cada qual vivendo o seu próprio caos interior.
comentários(0)comente



Mariele.Pattini 03/06/2024

Leitura descontraída
Esse livro tem uma escrita descontraída e gostosa que flui de forma natural.
Rosa aborda sobre fatos e curiosidades que nos faz refletir e ficar com uma pulguinha atrás da orelha.
Adorei como abordou sobre a vida e o obra de Sylvia Plath e outros autores(as), desmistificando todo um estereótipo de loucura e evidenciando, que, na verdade, há um turbilhão de emoções que só a arte pode se tornar um refúgio adequado aqueles todos aqueles sentimentos e sofrimentos.
Tem algumas partes do livro que achei cansativa e meio "encheção de linguiça", mas com as pitadas de curiosidades e reflexões que a autora traz, há uma fluidez até para essas partes.
comentários(0)comente



Beatriz3345 03/11/2024

Um livro sobre loucura e arte, cheio de referências interessantes e auto ficção no meio. Me manteve bem engajada.
comentários(0)comente



claraknvs 23/07/2024

Acredito fielmente que existem livros que dão sentido à nossa existência, e esse foi um deles.

?Estar louco é, sobretudo, estar só.?

Obrigada pelo abraço confortável em forma de escrita e por apaziguar minha solidão, Rosa Montero.
comentários(0)comente



Pamela 14/11/2024

Poderia não ter sido publicado
Foi o primeiro livro que li da Rosa Monteiro e talvez livros de não ficção não sejam a praia dela.
Ela coloca ideias totalmente descabidas, romantiza traumas em nome da criatividade, sempre ressaltando como tal característica biológica ou social levou a tal genialidade.
Eu amo escrever, e sei que deve haver motivos pra eu gostar de escrever, mas quero acreditar que não vai porque precisei ser uma criança adulta ou porque meu cérebro se aproxima de um cérebro com transtorno psíquico, até porque, como a própria autora diz, isso é um sofrimento.
Ela traz ideias ridículas e traz "dados", mas que me parecem meio confusos.

Enfim, espero que a ficção dela seja melhor, se bem que ela não precisa se preocupar porque dinheiro ela já tem.
comentários(0)comente



paula_ti_na_mente 11/06/2024

Envolvente
Um livro que, dado o tema - loucura, teria tudo para ser pesado, se torna o melhor livro que li até o momento em 2024.
A escrita é envolvente, pois te aproxima da narradora, e teve momentos em que eu me senti sentada em uma mesa de café com ela, me re-conhecendo em delírios e tristezas e também em momentos de luz, os nirvana que alcançamos quando estamos criando, ou nos sentimos um com a natureza.
Vou começar a reler para fazer anotações. Se você é escritor, artista, trabalha com arte, com certeza verá um pouco de você nesse livro. E verá muitas saídas para os tempos ruins.
De brinde vem uma história que percorre o livro do começo ao fim. Gosto também de como Rosa nos alerta que tem coisa que ela inventou ali no meio e que não vai dizer o que foi. E eu não liguei, sinceramente. Só leiam.
comentários(0)comente



Tamires 03/01/2024

Quanto mais lúcida, menos criativa
Primeira leitura de 2024 ????

"Nós humanos somos pura narração, somos palavras em busca de sentido." Rosa Montero

É muito bom ler em outras pessoas algumas disfunções que nós mesmos temos. Eu também, desde muito cedo, lá pelos meus 11 anos de idade, sabia de alguma forma que a minha cabeça não funcionava exatamente como as das outras pessoas. Eu só não sabia o que fazer e o que viria depois (algumas sofridas crises de depressão e ansiedade). Mas eu sempre tive a minha imaginação.

Seja pela leitura ou pela escrita, de algum jeito eu encontro um jeito de voltar. De baixar o volume do ruído, de colocar meu barquinho de volta na rota. Hoje eu vejo que isso faz parte de mim, de quem eu sou, não gostaria de mudar (ou pelo menos não muito).

O livro de Rosa Montero passeia por vidas marcadas por períodos (alguns muito severos) de loucura, de cérebros que funcionam diferente, mas que conseguiam encontrar um caminho que os conduzia aos mais belos processos criativos, sobretudo de escrita.

Não que eu seja como os grandes escritores mencionados no livro (incluindo a própria Montero), mas há algo na escrita, no criar coisas com meus pensamentos e minhas mãos que sempre me fascinou. Que sempre me trouxe de volta, com uma preciosa bagagem nas mãos. Seria uma pena trocar tudo isso por uma vida de simples lucidez.
Débora 04/01/2024minha estante
Que resenha tocante, Tamires!???




erasisabel 19/10/2024

É...
Peguei o livro no escuro, não sabia nem sobre o que se tratava. Pela capa imaginei que era um romance.
Mas aí veio um combo de informações jogadas pra cima de mim, que achei boas de serem sabidas; em algumas muitas me encontrei, e frisei pra lembrar pra sempre nas minhas auto descrições.
Contudo, me incomoda muito esse lugar que a autora tem de ser "especial" com um conjunto específico de pessoas. Me lembrou o filme Amelie Poulain, onde todo mundo que vê, se sente especial como ela. Não seríamos todos então especiais?
Além disso, me incomoda MUITO o ponto de vista eurocentrado achando que porque eles funcionam de x maneira, o resto do mundo também funcionará!
Talvez latinos, africanos, e afins tenham outras formas de pensar e lidar com a escrita, menos autodestrutivas que a depressão europeia.
comentários(0)comente



Bela 13/10/2024

O perigo de estar lúcida
Esse livro parece uma conversa longa na qual você só ouve e começa a ficar cansado e confuso, entendendo tudo, mas sem lembrar onde começou nem onde o interlocutor quer chegar.

Ao mesmo tempo em que achei interessante o tema, as informações e os ?causos? que a autora traz no livro, fiquei bem cansada da repetição ao longo dos capítulos. Não senti que algo novo estava sendo apresentado conforme avançava na leitura.

O que mais me intrigou foi a história da mulher que estava se passando pela Rosa, a autora. Valeu a pena ler até o final para saber o desfecho da história. Também salvei algumas partes interessantes sobre artistas famosos e renomados, mas não é um livro que eu recomendaria para qualquer pessoa? Também não me vejo buscando na estante para ler novamente.
comentários(0)comente



João Herberth 16/08/2024

O perigo de estar lúcida ou "A coisa mais importante a fazer todos os dias que você vive é decidir não se matar".
Sendo um criador eu mesmo (porém, tendo minhas dúvidas quanto a ser um artista) sempre me fascinou a relação que a criatividade tem com a loucura. Como no título do incrível conto de Borges, acredito que ambos, o artista e o louco, são como um "Jardim de caminhos que se bifurcam", visto que as similaridades entre eles sejam abundates, muitas das vezes apenas diferindo nos seus fins. Mas vamos ao livro.
Esse é meu primeiro contato com a autora, e definitivamente não será o último. Durante as 272 páginas, Rosa Montero nos apresenta um número infíndável de artistas, em sua grande maioria escritores, que conviveram de maneira intensa com o desvario, passaram suas vidas constantemente à beira do precipício e, não raramente, terminaram por sucumbir ao mergulho fatal da morte por escolha. No livro há uma citação de Eric Kandel que considero uma das mais simples, eficazes e elegantes definições sobre transtornos mentais "ao que parece, todas alterações psiquiátricas surgem quando certas partes da rede neural - alguns neurônios e os circuitos em que se encontram - são hiperativas, estão inativas ou são incapazes de se comunicar de modo eficaz." Por falar em citações, o livro é repleto delas, algumas engraçadas, outras sagazes, muitas delas realmente comoventes, poderia escrever minhas impressões apenas com elas - aliás, a frase do título dessa resenha é de Camus. Um dos maiores trunfos da escritora é sua enorme empatia, o que fica evidente durante toda obra, ao fim da leitura é como se nos fosse dada a oportunidade de compartilhar uma longa conversa com inúmeras criaturas notáveis, que vem e vão, e Rosa Montero fosse nossa host. Mas O perigo de estar lúcida não se trata apenas de uma colagem de fragmentos da vida de personagens célebres e citações, a própria autora compartilha casos de sua própria vida, alguns inclusive tão absurdos que me peguei duvidando, achando que a qualquer momento ela pararia a narrativa e diria "ah, rá, te peguei!" e descreveria que tudo não passava de ficção. Não era. Bom, termino essa resenha, ou quase isso, para falar que tive que me esforçar para não revelar demais aqui, pois espero que, caso você não tenha lido ainda, não perca o prazer da descoberta. Vai por mim, é um livro que vai valer muito a pena.

PS. Ted Hughes era um filho da p*ta.
Vania.Cristina 18/08/2024minha estante
Acabei de ver uma resenha um tanto negativa. To achando que essa autora é do tipo ame ou odeie. O que acha?


João Herberth 18/08/2024minha estante
Tinha visto algumas antes de ler, agora depois de terminar, acredito que as críticas são bem superficiais, o livro vale bastante a leitura.




Silva79 28/06/2024

O perigo de estar lúcida
Vi uma pessoa falando sobre no tiktok e recomendei para uma amiga minha, ela comprou e amou o livro ai pedi emprestado kkkkk muito bom pra quem tem interesse em se aprofundar em pesquisa sobre artistas, escritores, e coisas relacionadas ao meio da criação e loucura.
comentários(0)comente



giuraposinha 28/01/2024

Eu penso q a Rosa Montero é minha melhor amiga da escola, e da vida.
esse livro falou mt comigo. quero ler todas as referências desse livro, especialmente da Tove e da Janet. o capítulo da Sylvia Plath?. fenomenal.
comentários(0)comente



131 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR