Frank 06/06/2020Ler este livro é como se você estivesse ouvindo uma história vindo de uma criança hiperativa, eufórica e ofegante, que acabara de vir correndo até você pra contar.
A narrativa é do ponto de vista de um narrador observador, bem fluida (tão fluida que às vezes escorre pelas suas mãos).
Tem repetição de frases e mudanças bruscas que te fazem reler o parágrafo, só pra ter certeza de que você não perdeu alguma coisa nessa correria.
Pressa, essa é a palavra. E os personagens são jogados do nada na história, o que faz com que vc demore de distinguir quem é quem.
Não há um personagen principal, ne. Uma família principal, nem uma cidade principal.
O personagem é a segunda guerra, é o facismo.
O livro retrata a visão de uma guerra, por que está de fora de guerra, vendo-a chegar cada vez mais próxima. De crianças inocentes recepcionando o facismo, até elas adultas e com cicatrizes da guerra.
Personagens morrem do nada, sem causar comoção no leitor. Estava vivo, e... morreu. Só isso.
Bom livro, bom sentir os efeitos da guerra longe do front.