Todos os nossos ontens

Todos os nossos ontens Natalia Ginzburg




Resenhas - Todos os Nossos Ontens


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Rosa Daré 28/09/2020

Durante os anos de fascismo na Itália, uma típica família da classe média precisa seguir a vida após a morte do pai.
O romance, dividido em duas partes, acompanha o quotidiano de duas famílias do norte da Itália desde o período que antecede a segunda guerra até o fim do conflito. A primeira parte é centrada em Anna, Ippolito, Concettina e Giustino, irmãos que vivem em uma casa decadente com uma governanta mal-humorada e um pai casmurro. A vida dos irmãos começa a se entrelaçar com a de Emanuele, Amalia e Giuma, filhos de um industrial que vive na casa da frente. As relações se estreitam com impactos na vida de todos.
(?) estavam pensando em todos aqueles que tinham morrido, e na longa guerra e na dor e nos clamores e na longa vida difícil que tinham agora pela frente e que estava repleta de coisas que não sabiam fazer?
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Renata Barreto 04/10/2020

Achei a narrativa meio lenta e isso criou todo um clima para perceber o passar dos dias de pessoas que viveram a Italia facista. Amei acompanhar com a playlist.
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Vivi 09/10/2020

O diferencial aqui é que  apesar do pano de fundo ser um antes e pós guerras (  1939- 1944)  o foco está em duas famílias de classes sociais diferentes a coincidência é que ambas perderam o pai bem logo no início. E os destinos por um momento se entrelaçam.
 ¨ Tijolinhos por tijolinhos¨, personagens e cotidiano são construídos, mas de uma maneira muito veloz e mais rápido ainda damos adeus a eles. Se não prestarmos bem atenção a essa leitura com certeza vamos nos perder em relação aos personagens. São muitos!!! Este foi o motivo da minha demora com esse livro e também não posso negar que houve uma parte arrastada do em um determinado momento. Mas não tirou a beleza do enredo. 
Vamos acompanhando toda a inocência, as lutas , as tragédias que foram transformando ou levando alguns .  As intrigas familiares, as traições , suicídio, os movimentos de alguns personagens conspirando quanto a  revolução,vários momentos bem tristes e tudo nos é contado de uma forma que pelo menos pra  mim não tive tempo de me preparar. E podemos observar como não é diferente até os dias atuais  que quando menos esperamos, mesmo sem intenção estamos ali em meio guerras políticas , alguns tirando partido outros nem tanto mas mesmo distante estamos envolvidos. E que governantes não se interessam pelo povo e entram em suas guerras sem pensar. Em contra partida quanto se trata do povo cada um vai defender ou lutar de forma diferente naquilo que acredita ( como em nossos tempos atuais ). Vão dar a cara a tapa, ou vão fazer as escondidas. Não se pode deixar também de dizer que também temos aqueles que olham para o próprio umbigo.  Mas cada um a seu modo vão enfrentar suas consequências. Acompanhamos aqui diferentes formas de se encarar uma guerra e suas consequências.
Uma bela história que deve ser lida sem sombra de dúvidas.
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Margallyne 18/10/2020

A história começa lenta e vai se desenrolando de forma acertiva e cativante. Quando você vê não quer mais parar de ler e ver onde vai chegar cada personagem.
E como é certeiro o final do posfácio, escrito pela Vilma Arêas: Todos os nossos ontens se fecha como um anel.
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Ana Clara 22/10/2020

Marcante
“Todos os nossos ontens iluminaram para os tolos
O caminho de uma morte poeirenta”
Macbeth, V, vv.22-23.

Não acho justo avaliar uma leitura assim que a termino, acho necessário amadurecer e saborear aquilo que foi lido, e isso aconteceu de forma muito bonita e espontânea com esse livro, não havia percebido o quanto ele havia me impactado até refletir sobre, revisitá-lo e me permitir senti-lo.

Sem que eu percebesse os personagens não deixaram minha cabeça após o fim, Cenzo Rena, Anna, Ippolito, Emanuele e Giustino insistiam em reaparecer em meus pensamentos, e no fim me apaixonei por eles.

Um livro que mostra a guerra e o fascismo italiano pelos olhos de duas famílias, uma maneira diferente e super interessante de acompanhar esses eventos históricos. Iniciamos com o fascismo já instaurado e com um pai antifascista que denuncia a seus filhos os horrores desse regime, essas famílias são vizinhas, e acabam aos poucos criando laços.
O livro avança até a eclosão da segunda guerra e prossegue até o fim desta.
É muito interessante acompanhar os dramas familiares tendo esse plano de fundo e como esse contexto influencia a vida de cada um. A maneira como a autora mostra que aos poucos esses acontecimentos vão deixando de ser apenas situações externas e passam a ter um papel central na vida dessas pessoas é muito interessante, uma transição que ocorre ao longo de toda a história e vai escancarando os impactos dela para essas pessoas.

A evolução dos personagens é muito interessante e fui sendo tomada por uma empatia e apego por eles a cada acontecimento, alguns mais que outros.

Terminei o livro sabendo que tinha gostado, mas foi alguns dias depois que percebi que esse era um livro da vida.

Uma leitura que me tirou de observadora e me implicou por inteiro, me fazendo querer que os personagens reagissem, me afligia com eles, mas o livro é esse, uma visão real da vida e das relações, como elas nos frustram, e como nem sempre temos bagagem emocional ou não para lidar com certos problemas que nos atravessam, e é isso que o faz tão lindo e sensível.
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Valéria 24/10/2020

Todos os Nossos Ontens
Não gosto de livros fáceis. Nunca gostei. A minha ideia de literatura, de forma geral, tem que ter o poder transformador de arrancar-me da zona de conforto e preencher o meu ser de reflexões ou confrontos. Nesse sentido, as sensações, e impressões, que tive em "Todos os Nossos Ontens" alteravam-se na mesma velocidade em que prosseguia à leitura. Meu veredicto: é uma obra sensível, marcante e que vale a leitura.
"Todos os Nossos Ontens" é, aparentemente, de difícil assimilação. Tendo em vista o estilo narrativo com teor proposital de oralidade, a minha experiência de leitora foi em estar imersa em um eterno fluxo de consciência. A narração é, sim, confusa e ansiosa, mas poderia ser diferente? O contexto de guerra é obscuro, incerto e doloroso! Por diversas vezes, senti em mim a ansiedade de Anna, como se o ar que eu necessitasse tivesse sido sugado pelas inquietações dos personagens frente à guerra. Vazia de discursos diretos, ironicamente, o que a metaficção historiográfica de Ginzburg mais possui é diálogo. Diálogos entre os personagens, monólogos interiores, fluxos de consciências; diálogos entre autor e leitor, entre narrador e leitor, entre texto e leitor. A própria narração se desenrola em um diálogo, uma ânsia do narrador em fazer conhecidos, nos mínimos detalhes, os cotidianos e as angústias dos personagens. Esse adentrar na história por meio dos bosques ficcionais foi o que mais me fascinou na escrita. A escrita é limpa, pura e com rodeios essenciais para a construção do enredo. O título faz referência não só à tragédia shakesperiana como também às memórias reais de personagens. No que diz respeito à realidade da guerra fora dos livros, muitas vezes, pessoas reais, que foram vítimas das maiores atrocidades, tornam-se apenas números, pessoas sem face, sem nome, sem história. Na ficção de Ginzburg, a guerra tem rostos, famílias, sonhos e memórias. Que autorreflexão histórica esse discurso literário gerou em mim!
Agora, um questionamento válido. Como manter a sanidade mental em meio a um cenário mortal e assombroso? É lícito questionar as atitudes irracionais dos personagens? É certo esperar maturidade em situações tão adversas? Difícil argumentar.
Para ler a resenha completa e com spoilers acesse https://desassossegosliterarios.wordpress.com/2020/06/13/todos-os-nossos-ontens-desassossego-literario-de-junho/
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Rick 26/10/2020

Leitura tranquila apesar do contexto
Uma abordagem inédita pra mim é usada neste livro, consegue passar a história de famílias com o plano de fundo da Itália fascista de uma forma muito bem elaborada, desde pessoas que estavam envolvidas de alguma forma nos conflitos da época, como quem só estava vivendo sua vida nesta situação.
Há ótimas reviravoltas para alguns personagens que nos fazem ficar apegados ao livro.
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@mulheres.e.literatura 01/11/2020

Resenha por @mulheres.e.literatura
“Cenzo Rena disse a Anna que sentia compaixão por aquele triste médico, se acontecesse de chamarem outro para o seu lugar. Mas disse que todos os homens inspiram compaixão se vistos um pouco de perto e na verdade a gente deveria se defender daquela compaixão imediata que os homens inspiravam se vistos de perto.”
Um livro que não fala de nada especifico, mas que aborda muita coisa; uma obra que se passa durante uma guerra, mas que não é sobre a guerra. “Todos os nossos ontens” é o tipo de livro que eu não consigo definir muito bem a sinopse, e talvez esses sejam os melhores tipos de livros.
Passado no interior da Itália entre 1936 e 1945, a história dividida em 2 partes se alterna principalmente entre Piemonte e San Constanzo. Fazendo contrapontos entre personagens da burguesia classe média e alta e também camponeses agricultores, testemunhamos os impactos da Segunda Guerra Mundial na vida de quem foi pra guerra e também na de quem ficou.
Para além da guerra, temas ligados às relações humanas, como família, amor, sonhos e fracassos, são trazidos ao longo da obra.
É incrível como cada personagem, independente de quão “irrelevante” ele possa ser para a história, possui profundidade, peculiaridades. Ninguém é figurante, mencionado por acaso. Muito pelo contrário, todos ajudam a compor o mosaico do cenário onde somos testemunhas oculares, junto com um/a narrador/a que parece estar nos contando a história a partir de uma conversa informal.
Para algumas pessoas, o livro pareceu arrastado, ou monótono. No meu caso, eu devorei a leitura em poucos dias, e me vi mergulhada em uma realidade temporal e cultural muito diferentes da minha. Todos os personagens, assim como Cenzo Rena diz na obra, me inspiraram compaixão em algum momento, mesmo que em outros eu os achassem detestáveis.
Natalia Ginzburg, italiana nascida em 1916, era judia e de uma família de antifascistas. Seu pai e irmãos foram presos durante o regime de Mussolini, e o primeiro marido de Natalia foi preso e morto por tortura durante a II Guerra Mundial, período em que o casal viveu clandestinamente em Roma, onde editavam um jornal de resistência.
Natalia, além de escritora também foi deputada, período no qual defendeu diversas pautas comunistas e de direitos humanos, vindo a falecer em 1991. No Brasil, além da obra em questão, temos mais 3 livros publicados, todos pela Companhia das Letras.

site: https://www.instagram.com/mulheres.e.literatura/
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Julia.Ferreira 08/11/2020

Nhe
Não consegui me conectar com os personagens, achei todos chatos. Praticamente toda primeira parte do livro as mulheres só se preocupam com a própria aparência enquanto os homens discutem sobre a guerra. Isso me irritou bastante.
Não gostei desse tipo de narrativa, achei cansativa e repetitiva.
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Dênis 24/11/2020

Cotidiano complexo
Confesso que demorei mais de 100 páginas para engatar na história das personagens. O início é de um cotidiano cansativo, mas narração vai seguindo um compasso envolvente que nos leva da compaixão a raiva pelas ações dos diferentes personagens. Todos muito complexos, contraditórios e imprevisíveis. Um romance marcante para uma leitura num ano como o de 2020.
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Andre.S 09/12/2020

Como um álbum de fotos de família
Que livro delicioso de se ler! Descobri nesta edição da Tag esta autora italiana , Natalia Ginzburg e já me apaixonei por ela. Quero ler tudo o que ela escreveu. O livro tem como enredo uma família italiana no período da segunda guerra mundial e sua luta pela
sobrevivência em um país dominado pelo fascismo. Escrito inteiramente em terceira pessoa num tom intimista e apaixonante. Maravilhoso.
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Daniel263 17/12/2020

De camarote em uma família na Itália fascista
Publicado em: @curadorliterario

46ª leitura de 2020.

Natália Ginzurg faz um retrato incrível de duas famílias italianas no período da 2ª guerra mundial, mostrando algumas das várias discrepâncias entre o norte e o sul.

Porém, isso é só o pano de fundo para a autora tratar de relações familiares, amores, lutas sociais e mil outros assuntos... Com o tema central justamente na memória, não pelas lembranças, mas sim pela sua construção, o livro desenvolve seus personagens de maneira muito envolve e cativante! Tanto que até quando agem errado, é difícil julga-los... E Natalia é uma autora muito impressionante, não só pela reconstrução minuciosa do cotidiano das personagens, mas também pela apresentação de seus trejeitos, relacionamentos e manias.

Uma leitura que vale a pena é que tem uma final forte é bem bonito! (Vale ressaltar que a edição da tag, além de bem editada, está linda!)

site: https://www.instagram.com/p/CCBd0Ehj5-E/
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Pandora 17/12/2020

Quando criança imagina os dias nos quais tragédias aconteciam um tom mais escuro, com o céu coberto por núvens escuras e uma chuva fria além do suportavel por alguém habituada ao calor do trópicos.

A vida adulta tem sido implacável na desconstrução desse delírio de criança. Os dias nos quais o mal acontece são cheios de céu azul, núvens branquinhas, vento, os pássaros são bem indiferentes aos nossos dramas e seguem afinados e voando com suas asas de penas espetaculares.

A vida segue corriqueira mesmo em meio as maiores desgraças. Vi filmes filmes americanos sobre a guerra na adolescência e pensei naquilo tudo com aquela atmosfera marcada por fotografia e trilha sonora grandiloquente, mas a vida não acontece dessa forma.

Estamos vivendo uma tragédia digna de filmes de guerra e no entanto seguimos vivendo nosso cotidiano implacavelmente. 2020 vai embora cheio de vários ontens, vivemos essa tragédia com mortes, violência, caos e um monstro no poder do mesmo jeito que os italianos viveram os anos da II Guerra Mundial e quem sobrevive ao dia de hoje segue implacavelmente para o dia de amanhã colecionando ontens inacreditáveis. Inacreditavelmente tanto se morre quanto se sobrevive às tragédias.

Amei a experiência de ler "Todos os Nossos Ontens" amo escrita conscienciosamente constante, límpida, real e sem trilha sonora grandiloquente da Natalia Ginzburg. Ela nos dá a saber o trágico, o lírico, o fugaz, o mágico, o belo, o feio, o heróico do seu tempo de um jeito maravilhoso, íntimo, leal e tocante. Um livro sobre o cotidiano, o amor, o medo, o trivial, o íntimo, o que sobrevive mesmo as piores tragédias humanas.

Pela forma como escreve e pelas escolhas sobre o que escrever, a Natalia é uma das autoras da minha vida.
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Isaac Eullen 19/12/2020

Decepcionante
Todos os nossos ontens foi a minha primeira experiência com a TAG, chegou em junho, confesso que demorei 5 meses para finalizar a leitura por ter uma história bem arrastada e sem emoção, o que compensou a leitura foram os acontecimentos no capítulo final, mas apenas isso, são cenas fortes, apesar de toda a crítica ruim da minha parte, convenhamos que o livro se passa em plena Segunda Guerra Mundial, cujo a autora é nascida em 1916, para os leitores da época pode ter sido um impacto maior por demonstrar muito bem os acontecimentos para quem viveu durante a guerra, fora isso, não recomendo
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