Ciranda de pedra

Ciranda de pedra Lygia Fagundes Telles




Resenhas - Ciranda de Pedra


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CAsar.Pettine 01/01/2022

Um clássico
Ciranda de pedra e uma ótima recomendação Para quem quer conhecer literatura nacional de qualidade. Excelente para que gosta de dramas familiares e história narradas por personagens infantis. Mostra uma olhar muito peculiar sobre a vida de uma criança.
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Ellen Rayane 17/11/2023

O início é um pouco arrastado, mas depois que me acostumei com a narrativa da autora achei tão interessante essa história...
Amei os desdobramentos e a repetição da vida a todo momento
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Dalila 30/09/2021

Um romance modernista (foi lançado em 1954) de formação. Primeiro romance publicado de Lygia, até então, a autora escrevia contos.
É um livro estilo novelão com bastante característica do melodrama (talvez minha abstinência de teatro me fez gostar ainda mais da experiência)
O livro é dividido em duas partes e apesar se ser um livro bem pequeno que inicialmente não estava dando mt coisa, Lygia consegue trazer profundidade e informações através do enredo e não da narrativa dos personagens. Ela mistura muitos elementos sinestésico e várias referências artísticas (Shakespeare, Beethoven, Dante?) Os personagens são mt humanos e complexos, vários personagens (se não todos) me deram vontade de socar, mas em outros momentos senti mt empatia por eles (especialmente pela protagonista). Vamos dizer que a autora consegue fazer com que a gt goste dos personagens msm eles sendo detestáveis.
A autora faz vaaaarias críticas a sociedade burguesa, ociosa egocêntrica e insensível da época. Alguns temas como loucura, adultério, morte, eutanásia, suicídio, abandono familiar, bissexualidade, impotência, são abordados no livro. Apesar de serem temas ocultos pra época.
Outro ponto que gostei demais no livro foi que a autora não entrega tudo. Ela vai dando informações conforme o livro vai acontecendo e a gt vai juntando as peças e ainda assim nem tudo é discutido ou entregue. Ficamos com ar de mistério de tem coisa estranha aqui. E isso me empolgou mt.
Outro ponto é: Lygia nunca escreve só por escrever, toda palavra do livro tem um motivo de estar ali (a algumas coisas a gt deixa passar pq é impossível compreender um livro desses 100%) mas assim, eu viajei demais com a escrita da autora e como ela escolhe o que colocar e onde. Mt coisa fez sentindo pra mim.
Em resumo, a obra de Lygia é cheia de camadas, complexa, ambígua e profunda
Fazia mt tempo que não me sentida tão instigada a estudar literatura.

??????????? favoritadissimo
LivroAleatorio 30/09/2021minha estante
???




Dd/Ju 22/07/2022

O livro é muito bom, o final é muito sem graça
A história é muito boa. A descrição psicológica é a chave, que deixa tão profunda.
Uma criança filha de um adultério, criada pelo "tio" que na verdade é seu próprio pai, que vive na lamuria de ser odiado pela própria filha que não conhece a verdade, além de ver o grande amor da sua vida definhando-se na loucura.
Virgínia trás aquele ensinamento de o quanto nos iludimos com amores falsos e desejos vagos, frutos de inveja e frustração, que quando alçandos se tornam insignificantes.
O livro trás uma grande crítica a estrutura familiar dos "cidadãos de bem" em esconder seus pecados com as belas aparências, onde tudo funciona como uma ciranda de pedra que não se movimenta realmente. São os filhos seguindo os passos dos pais, escondendo suas verdades, no qual nada nunca muda, tudo permanece como sempre foi, com novos rostos e novos trajes e ela finalmente quebra esse ciclo na sua vida.
No momento em que todos da família passam a desejar ela me veio aquela frase "o mundo gira", foi o ápice da história.
Esperava mais, esse final com o Conrado falando do seu "amor" foi uma chatice, ainda bem que ela segue o rumo dela.
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Tamires 12/12/2021

Ciranda de pedra, de Lygia Fagundes Telles
É engraçado, mas eu terminei a leitura de Ciranda de Pedra, de Lygia Fagundes Telles, em um estado de contemplação tal que não conseguia decidir se gostei ou não da história. Esse livro me acompanhou por semanas, tive ótimas reflexões a partir dele, então decidi que sim, gostei. Parti, então, em busca dos porquês.

Ciranda de Pedra me cativou mais pelo que não disse em sua narrativa. Lygia é mestra em criar imagens, camadas que nos levam a outro cenário da narrativa, mais subjetivo. Em vários momentos você lê sentimentos e sensações que já teve, mas jamais viu transcrito da forma como ela faz. Só lendo para entender.

Se você alguma vez já se sentiu deslocada; se esforçou para entrar em alguma roda e, mesmo dentro dela, sentiu-se fora, vai se identificar bastante com a protagonista desse romance, Virgínia. Ela é fruto de uma relação extraconjugal de sua mãe, que já no começo da história padece dos nervos.

Como em muitas narrativas que retratam os círculos sociais burgueses, nada é muito honesto em Ciranda de Pedra. A exceção aqui é a personagem principal, a qual temos livre acesso também aos pensamentos. No mais, tudo é bem colocado debaixo dos tapetes. Virgínia era a sujeira que teimava em desarmonizar a suposta paz daquele que poderia ser o seu lar: a casa do pai que não era, de fato, o pai.

Sim, porque logo no começo a autora nos mostra o descompasso dessa ciranda: Laura, a convalescente mãe de Virgínia vive em uma casa com esta, que é sua filha mais nova, e Daniel, a quem Virgínia considera como tio. Em outra casa, mais bela e rica, no campo, com anões de jardim que representam a materialização da ciranda de pedra, vive Natércio, ex marido de Laura, com as outras duas filhas desse extinto casamento, Bruna e Otávia. As filhas legítimas comandam a ciranda da qual Virgínia sonha em fazer parte desde criança. Soma-se à roda Afonso, Letícia e Conrado, este último grande amor de Virgínia.

Ciranda de Pedra é dividido em duas partes. Na primeira, Virgínia é ainda uma criança e, conforme dito acima, vive entre a casa da mãe e o sonho de pertencer ao lar de Natércio. Já na segunda, ela é uma jovem adulta recém-saída do internato de freiras onde passou todo o seu fim de infância e a adolescência. Mesmo crescida e estudada, ela ainda está crua sobre relacionamentos. Assim como sugere seu próprio nome.

Dito isso, sabe a sensação de estar lendo uma novela do Manoel Carlos? Gente branca, rica, esnobe, uma mulher enlouquecida (quem sabe por um amor proibido?), a figura bem marcada dos serviçais, incluindo uma mulher negra etc. O romance é bem nesse estilo, não posso deixar de pontuar. Mas a trama flutua tão bem entre a realidade blassé dos personagens e a ebulição dos pensamentos de Virgínia, que eu não pude parar de ler, ainda que a sensação de ‘credo, que bando de gente chata!’, rondasse meus pensamentos. Lygia Fagundes Telles usa lindamente a técnica do fluxo de consciência neste romance. Não por acaso, nos textos complementares desta edição há uma aspa de Paulo Rónai relembrando que os nomes de Katherine Mansfield e Virginia Woolf foram lembrados ao “situar Ciranda de Pedra“.

Na segunda parte do romance, Virgínia está se descobrindo, em alguns momentos parece um vulcão prestes a explodir. E, mais uma vez, é no fluxo de consciência que está a força da história. Virgínia é o ponto fora da curva, o quadro vivo que mostra o desajuste da família por trás da cortina da boa aparência. Gostei de como Lygia falou sem falar sobre amores negados. Alguns não correspondidos, outros superados em nome dos anseios pelo bom convívio social.

“Ouça, VIrgínia, é preciso amar o inútil. Criar pombos sem pensar em comê-los, plantar roseiras sem pensar em colher as rosas, escrever sem pensar em publicar, fazer coisas assim, sem esperar nada em troca. A distância mais curta entre dois pontos pode ser a linha reta, mas é nos caminhos curvos que se encontram as melhores coisas.” (p. 135)

“não fique assim com essa mentalidade de donzela folhetinesca, não separe com tanta precisão os herois dos vilões, cada qual de um lado, tudo muito bonitinho como nas experiências de química. Não há gente completamente boa nem gente completamente má, está tudo misturado e a separação é impossível. O mal está no próprio gênero humano, ninguém presta. Às vezes melhora. Mas passa.” (p. 148)

Ciranda de Pedra foi publicado originalmente em 1954. Pela época e pelo foco da narrativa eu apenas revirei os olhos nas passagens impregnadas de racismo em relação à empregada negra da casa de Laura e Daniel, Luciana, lá da primeira parte do romance. Após ler o livro inteiro dei por mim que basear toda a crítica ao livro a esses trechos da história seria muito raso de minha parte. É chato, horroroso, dá uma vontadezinha de abandonar, mas, sejamos francos: o Brasil de 2021 enoja mais quando o assunto é racismo. Quem é que nunca ouviu (ou leu) sobre o ridículo conceito de racismo reverso? Quem insiste na falácia do racismo reverso considera que exista um racismo certo, segundo explica Silvio de Almeida.

“— Escute, Luciana, você acha mesmo que se a gente é ruim nesta vida numa outra vida a gente nasce bicho? Tenho medo de nascer cobra.
— Você já é cobra — disse Luciana com brandura.
— E você é mulata — retorquiu Virgínia no mesmo tom.
— E gosta dele, por isso faz de tudo para parecer branca.” (p. 17)

“Meu pai era preto e minha mãe era branca. Fiz de tudo para tirar meu pai de mim, tudo. E não adiantou, ele está nos meus cabelos, na minha pele, no meu sangue… Essas coisas a gente tem que aceitar.” (p. 88)

E tem mais, tem a “gorda e afável Luela”, que “era prestativa, vivia se oferendo para auxiliar em tudo, mas não tinha habilidade para nada” (p. 99). Penso que a autora apenas reproduziu um comportamento normal da época e classe retratada. Em suma, vem na garganta aquele gostinho de novela das 8 com trilha sonora de MPB, mas logo passa. O livro vale a pena mesmo assim. No fim, Virgínia tem uma atitude que me surpreendeu, e foi uma das poucas surpresas que eu tive com a narrativa (no quesito reviravolta). Ela diz: “já que é preciso aceitar a vida, que seja então corajosamente”. E a Ciranda não poderia ter terminado de forma melhor.

site: https://www.literaturablog.com/resenha-ciranda-de-pedra-de-lygia-fagundes-telles/
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Priscilla 16/06/2021

Se tornou um dos meus preferidos
São poucos os livros que eu leio e já percebo que vai ser um dos meus preferidos para o resto da vida. Eu nunca tinha lido nada de Lígia Fagundes Telles e não sei porque esperei tanto tempo para começar. A história é incrível, os personagens são tão reais e humanos? e a narrativa se desenvolve de forma leve ao contemplar assuntos tão importantes. Estou realmente apaixonada!
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Camila 07/10/2023

Ciranda de Pedra
Primeiro romance de Lygia Fagundes Telles, escrito na década de 50. Segundo livro dela que leio e ainda mais envolvente do que As Meninas (que é espetacular). Seja pela época em que foi escrito, seja por retratar um universo machista sob o cândido olhar feminino, Virgínia, personagem principal da obra, toca o leitor. Divido em duas partes, o livro traz a história de uma família cindida pela traição e desestruturada pela criação. Na primeira parte Virgínia, ainda criança, observa o duro mundo a sua volta e tenta, desesperadamente, obter os afetos que lhes são tão duramente negligenciados.
Como bem destacou Silviano Santiago no Posfácio da obra, ?o processo de inclusão de Virgínia na família será, na verdade, a forma mais terrível de aniquilamento de sua personalidade em formação.? Na segunda parte, já jovem adulta, mas ainda bastante inocente, Virgínia retorna ao núcleo familiar do qual sempre se sentiu excluída com o objetivo de desmascarar a farsa familiar.
Nesta fase, Virgínia é apresentada a dureza da vida e descobre, com grande tristeza, que ninguém é bom ou mal o tempo todo. Todos carregam uma pequena parte de cada lado dentro de si.
Lygia desenhou uma heroína que cativa e encanta o leitor, ao mesmo tempo que nos desperta a vontade de protegê-la.

??Já que é preciso aceitar a vida, que seja então corajosamente?.

?Não há gente completamente boa nem gente completamente má, está tudo misturado e a separação é impossível. O mal está no próprio gênero humano, ninguém presta. Às vezes a gente melhora. Mas passa?.
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Vany K. 22/10/2023

"É preciso amar o inútil, pois no inútil está a beleza."
Comecei esse livro justamente porque tenho que fazer um trabalho acima dele, e não fui com muitas expectativas, estava com medo de achar complexo e até mesmo maçante, mas acabou que me surpreendeu e eu acabei gostando da história. É cativante, impactante e triste ao mesmo tempo. Não tinha entrado em contato e nem ao menos conhecia a autora, mas a forma como ela desenrola a história e a escrita suave é muito boa. E a metáfora por trás da ciranda de anões então, o motivo do título do livro, uau.
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Beca Nolêto 23/09/2021

Primeiro contato com a autora surpreendente
Confesso que não sabia o que esperar desse livro e apesar de ter ficado um pouco "decepcionada" (por falta de uma palavra melhor para dizer no momento em que escrevo) com o final, acho que é um livro que eu ainda vou remoer por um tempinho, pensando em tudo que aconteceu, em tudo o que estava ali de forma explícita e implícita. Incrível!
elizabeth.mitchel 24/09/2021minha estante
Eu amo os romances dessa autora.




Daniele Freitas Pacheco 07/05/2023

Um romance de formação, no qual acompanhamos o crescimento da personagem principal. A escritora envolve os personagens de uma forma psicológica, descrevendo suas ações, personalidades, desejos, medos... Fazendo o leitor refletir de uma forma profunda em muitos momentos.
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Hamanda.Freires 03/04/2023

O livro pra mim
Ciranda de pedra sussurrou no meu ouvido durante todo o livro um grito de liberdade feminina. Liberdade artística, da fidelidade, da hipocrisia, da sexualidade, do desejo, de identidade, da profissão, da mentira, da vingança, da loucura, do amor, da paixão e até mesmo da ilusão. De tudo!
Um livro com protagonismo feminino rodeado de homens fracos, frágeis, vazios e inúteis. O livro não trata bem disso, mas pra mim essa foi a mensagem: a década de 50 foi um desses importantes períodos de transição do empoderamento feminino. Transição essa, contínua e infinita.
Posso estar viajando na minha percepção? Posso! Mas não é este um dos objetivos da literatura? Entender tudo quando não se está entendendo nada?
Um salve para a literatura brasileira e para as autoras Brasileiras. Não sou nenhuma entendedora de história, mas creio que uma obra como essa deve ter iluminado o caminho de muitas mulheres .
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Paula.Carollini 31/03/2023

Ciranda de Pedra - Lígia Fagundes Telles
Meu primeiro contato com Lígia, Ciranda de Pedra narra a história de uma família da classe média que é totalmente abalada pela loucura, paixão e morte.

Depois que o casal se separa, apenas Virgínia, a caçula das três filhas é que vai morar com sua mãe e é através dela que os fatos são narrados. No começo, Virgínia é pequena e não entende porque sua mãe está doente e porque sua mãe abandonou a casa confortável de seu pai para viver com o então chamado "tio Daniel".

Ao passo que Virgínia vai crescendo, ela começa a entender porque sempre foi a solitária do grupo e porque foi viver longe de seu pai e de seu primeiro e eterno amor Conrado. Todos os acontecimentos que o leitor vai entender durante a narrativa, irão transformar nossa menina e fará ela tomar várias atitudes à cerca de sua família.

Esse foi meu primeiro livro de Lygia Fagundes Telles e sua escrita me prendeu do começo ao fim. Um drama familiar muito bem escrito que envolve o leitor e o faz questionar e pensar cada passo que a história toma. Lygia com certeza me fez adicionar outros livros dela no meu carrinho.
Lilian.Araujo 01/04/2023minha estante
????


Paula.Carollini 02/04/2023minha estante
????




AnnaFernani (@maeefilhaqueleem) 25/03/2023

Quando Laura larga o marido Natércio para viver um romance com o médico Daniel, Virgínia, sendo a filha mais nova, é a única que vai viver com a mãe.
Longe das irmãs Otávia e Bruna, que vivem suas vidas de privilégios com o pai, em passeios com os vizinhos Conrado, Letícia e Afonso, Virgínia só queria fazer parte de tudo aquilo, principalmente de ter a atenção de Conrado, que prefere se dedicar aos encantos a sua irmã Otávia.
Mas quando finalmente ela retorna a morar com eles e ela acha que tudo irá melhorar, uma notícia, junto com verdades que eram melhor não sabê-las, deixa Virgínia atordoada, fazendo com que ela prefira se exilar em um colégio interno por longos anos.
Retornando anos depois, ela vai enxergar a família de outra forma e descobrir que nem tudo era perfeito como ela imaginava na vida de suas irmãs e seus vizinhos.

Dividido em duas partes, o livro é focado em mostrar a vida e os pensamentos de Virgínia, sendo na primeira parte uma garota que muito nova ainda não entende direito como ocorreu a separação dos pais (e nós leitores também não) e que gostaria de levar uma vida como a das irmãs, mas sem abandonar a mãe doente. Mas ao descobrir de forma muito cruel verdades, ela prefere se isolar.
Eu fiquei com muita dó de Virgínia, achei a atitude da Luciana extremamente maldosa, afinal sim, Virgínia não era nada simpática, mas era uma criança que não precisava saber de tudo daquela forma.
Já na segunda parte temos Virgínia retornando mais madura e pronta para mostrar que não é mais uma criança.
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