Ciranda de pedra

Ciranda de pedra Lygia Fagundes Telles




Resenhas - Ciranda de Pedra


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AnnaFernani (@maeefilhaqueleem) 25/03/2023

Quando Laura larga o marido Natércio para viver um romance com o médico Daniel, Virgínia, sendo a filha mais nova, é a única que vai viver com a mãe.
Longe das irmãs Otávia e Bruna, que vivem suas vidas de privilégios com o pai, em passeios com os vizinhos Conrado, Letícia e Afonso, Virgínia só queria fazer parte de tudo aquilo, principalmente de ter a atenção de Conrado, que prefere se dedicar aos encantos a sua irmã Otávia.
Mas quando finalmente ela retorna a morar com eles e ela acha que tudo irá melhorar, uma notícia, junto com verdades que eram melhor não sabê-las, deixa Virgínia atordoada, fazendo com que ela prefira se exilar em um colégio interno por longos anos.
Retornando anos depois, ela vai enxergar a família de outra forma e descobrir que nem tudo era perfeito como ela imaginava na vida de suas irmãs e seus vizinhos.

Dividido em duas partes, o livro é focado em mostrar a vida e os pensamentos de Virgínia, sendo na primeira parte uma garota que muito nova ainda não entende direito como ocorreu a separação dos pais (e nós leitores também não) e que gostaria de levar uma vida como a das irmãs, mas sem abandonar a mãe doente. Mas ao descobrir de forma muito cruel verdades, ela prefere se isolar.
Eu fiquei com muita dó de Virgínia, achei a atitude da Luciana extremamente maldosa, afinal sim, Virgínia não era nada simpática, mas era uma criança que não precisava saber de tudo daquela forma.
Já na segunda parte temos Virgínia retornando mais madura e pronta para mostrar que não é mais uma criança.
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Amanda.Dantas 26/05/2022

Leia!!
Livro excelente! A escrita da Lygia é fascinante. Fiquei presa na leitura. Me senti triste em muitos momentos e revoltada em outros!

Sim, existem laços que não precisam se manter atados. É preciso liberdade!
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Lia 06/04/2022

Surpreendente!
Esse livro fugiu um pouco do que eu estou acostumada a ler e nem por isso amei menos. É de uma sensibilidade e proximidade com o leitor tão grande que me senti dentro do livre diversas vezes.
Me identifiquei muito com a Virgínia em alguns momentos e vou levar as lições desse livro para a vida.
Obrigada Lygia!!!
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Salim 01/12/2023

Saiba ler nas entrelinhas
Excelente! Livro difícil de largar! Seus relatos buscam, nas entrelinhas do banal, a grandeza do ser humano. Não retrata a realidade bruta, mas aquilo que ela nos esconde.

Meu filho de 15 anos teve que ler para o colégio e não gostou. Acredito que seja um livro destinado a pessoas já com certa "bagagem"...

Recomendo fortemente a leitura para esse tipo de pessoa.
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Bia 11/04/2022

Perfeito
Eu amei demais o livro, demorei pra ler por falta de tempo, mas é um livro intrigante e super melancólico! Me causou diversas emoções... Vc fica realmente angustiado pela vida da Virgínia, a protagonista, fica querendo saber como ela vai sair dos conflitos pessoais e instiga o leitor a querer ajudá-la! Adorei de paixão! Indico super!!!
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Victoria811 07/12/2023

Ciranda que, apesar de ser de pedra, te envolve num abraço.
Ler lygia é uma experiência avassaladora, e em ciranda de pedra a autora nos presenteia com esse envolvimento típico que uma brincadeira de ciranda nos causa. É um romance de formação, e nele temos a história de Virginia, que desde muito nova precisa lidar com a separação dos pais, a doença mental da mãe e a falta de pertencimento. Na primeira parte do livro temos a narração da Virgínia criança e na segunda metade do livro temos a Virgínia jovem, e é incrivél como a construção dessa personagem é feita: de menina medrosa, cheia de receios e idealizações para uma mulher que entende suas fragilidades mas que tenta se impor, desconstruindo as certezas criadas na infância.
Todo mundo que já se sentiu não pertencente ao ambiente que estava inserido vai se identificar muito com a personagem principal.
?Ouça, Virgínia, é preciso amar o inútil. Criar pombos sem pensar em comê-los, plantar roseiras sem pensar em colher as rosas, escrever sem pensar em publicar, fazer coisas assim, sem esperar nada em troca. A distância mais curta entre dois pontos pode ser a linha reta, mas é nos caminhos curvos que se encontram as melhores coisas.?
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Jessi 22/04/2022

Que livro
Foi o primeiro livro que eu li da Lygia que não achei tão enigmático assim, como um ?meninas? , ou alguns de seus contos, eu sempre considerei ela uma autora difícil sabe, de palavras difíceis, mas esse eu não achei, é de boa sabe, é um história muito legal!!!
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Angelica185 22/04/2022

Ciranda de Pedra
Um dos livros mais importantes de Lygia Fagundes Telles, ilustre escritora que nos deixou recentemente. A protagonista não se sente acolhida em momento algum de sua infância e juventude e que não se sente pertencer a lugar nenhum. Rejeição, afetos negados e amadurecimento. Fantástico.
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Renata 27/04/2022

CIRANDA DE PEDRA
 
O romance memorável de Lygia Fagundes Telles é perturbador e envolvente ao mesmo tempo. Publicado em 1954, traz algumas questões desafiadoras para a sociedade da época, como homossexualismo, adultério e suicídio.
 
A obra, que foi adaptada para a televisão duas vezes, apresenta um enredo denso, que desperta no leitor uma sensação de surpresa à medida que as personagens vão sendo reveladas. A história começa com um mistério, pois, narrada sob a ótica de uma criança, é apresentada apenas com informações que uma menina é capaz de compreender.
 
Virgínia mora com a mãe, Laura, que está separada do marido, enquanto suas irmãs mais velhas moram com o pai. Laura está doente, sem perspectivas de melhora, portanto, chega um momento em que Virgínia vai morar com as irmãs, num casarão comandado por uma governanta, cuja rotina envolve hábitos totalmente diferentes para ela.
 
Sentindo-se um peixe fora d?água e vivendo um conflito interior despertado por um segredo revelado, a menina pede para estudar interna. Quando retorna à casa da família, anos mais tarde, Virgínia depara-se com uma realidade bem diferente daquela que ela imaginava conhecer quando criança.
 
A trama de Lygia apresenta elementos simbólicos, característica da escritora, assim, animais, cores, paisagens têm significados na história. No caso da ciranda, ela faz uma alusão à ciranda de anões que enfeitam o jardim da mansão, aos quais Virgínia atribui cada uma das pessoas que compõe o círculo da sua vida, ou seja, as irmãs e seus amigos próximos. Um círculo do qual ela se sentia excluída, mas sempre quis fazer parte.
 
É por meio da mente da protagonista, em toda a sua introspecção, que o leitor vai conhecendo a realidade daquela família e suas relações. À proporção que ela vai descobrindo esse novo mundo e faz cair o véu que escondia a essência das pessoas que ela admirava, quase como divindades, revelando pessoas de carne e osso, com fragilidades e até hipocrisia, Virgínia vai amadurecendo e percebendo que de fato não faz parte daquela ciranda e nem quer mais fazer.
 
Obra-prima da literatura brasileira!!! Recomendo!!!
 
Renata Saraiva
@falo.leio.escrevo
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Camila.Loures 16/05/2022

Impressionante!
O livro não promete nada e entrega tudo! Da pra criar um laço com cada um dos personagens, como se o livro fosse o ?eu? e os personagens os ?eus?. Perfeito!
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Manu 04/10/2021

Como nunca vi ninguém não gostar das obras de Lygia, estava com altas expectativas sobre o que encontraria aqui. De cara, fiquei absolutamente maravilhada com a escrita da autora, que mantém o leitor preso em todas as descrições e diálogos ao longo do livro.
Essa sensível história trata sobre o processo de crescimento e amadurecimento de uma personagem que, desde criança, se vê enlaçada em um sentimento de insegurança e não-pertencimento. Virginia, a protagonista, é uma menina de sua época em muitas falas, pensamentos e ações. No entanto, se vê cercada pela solidão, por uma família composta de pessoas que a excluem e não deixam-na adentrar nessa ciranda. Em meio às dúvidas sobre quem é e sobre quem poderá ser Virginia, Lygia Fagundes Telles nos maravilha com sua prosa encantadora e seu enredo bem trabalhado. Apesar de o livro ter muitos assuntos que ficam abertos, para que o leitor os interprete, sinto que este era o intuito. Assim como Virginia nunca saberá tudo, o leitor também não saberá. E no caso desse livro, isto é magnífico (magnífico também é a conclusão do livro, nossa!)
Sendo seu primeiro romance, publicando em 1954, só criei ainda mais vontade para colocar todos os livros de Lygia na lista de próximas leituras!
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Leticia 26/05/2022

Pura poesia
Cheguei a conclusão que só entendi o que é uma escrita poética agora, que finalmente li "Ciranda de Pedra". A escrita de Lygia Fagundes Telles é pura poesia nesse livro. Passei mais de um mês para finalizar essa leitura só porque simplesmente não conseguia me despedir de sua escrita.
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joaoggur 04/01/2023

Profundo.
Não conseguia: passaram-se horas desde que tinha terminado a leitura de ?Ciranda de Pedra? e simplesmente não conseguia parar de pensar em tudo que li. Lygia Fagundes Telles fez uma obra capaz de grudar em minha mente.

A história começa narrando a vida de Virgilia, uma pequena criança que mora com sua mãe adoentada. Esta, vive em uma misteriosa cólera, que a deixa lenta e incapaz de raciocinar. Antes da doença agravar-se, um escândalo abateu-se sobre a mulher: ela trocara seu esposo, Natercio, por um esbelto médico, Daniel. Até que Virgilia vai morar com seu Pai e irmãs , deixando seu padrasto e mãe sozinhos.

O resumo que fiz no parágrafo anterior está longe de conseguir suprimir todas as camadas do livro (se é que isso é possível? talvez nem Lygia fosse capaz de enumera-las). É uma escrita muito mais densa do que se parece. A autora, por todo o livro, trata de temas como homossexualidade, eutanásia, suicidio, divórcio, - temas que não eram comumente retratados naquela época (o livro é de 1954). Mas, acima de tudo, reflito que é um livro sobre solidão. Virgilia, - sendo a mais nova das irmãs e de seu círculo social, - foi constantemente renegada e excluída por todos. Foi retirada de sua mãe por seu padrasto (Daniel), foi destratada pela governanta da residência de seu pai (Frau Herta), fora excluída por suas irmãs (Otavia e Bruna)? Virgilia passara toda a sua infância sozinha no mundo. Por isso digo que não é um livro de uma garota frustrada, e sim de uma criança triste e sozinha (e isso não é deixado explícito ou cansativo: o leitor que precisa sentir junto com a personagem).

Não é uma leitura para todos. Para encarar uma obra como essa, sugiro que o leitor tenha certa ?bagagem literária? e leia muito atentamente. Captar cada camada dessa obra é complicado, - e entendê-las, é triste.
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Mariane 24/09/2021

Um livro que nos trás a realidade de muitas famílias. Nós faz pensar e repensar na situação que uma criança passa quando seus pais separam. Uma história perfeita e super rápida.
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bowieschild 23/09/2021

Obra de arte, válida por si mesma
Ciranda, cirandinha
Vamos todos cirandar
Vamos dar a meia volta
Volta e meia, vamos dar

O anel que tu me deste
Era vidro e se quebrou
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou


Uma narrativa sensível, sutil e elegante. Ao narrar a história pelo ponto de vista da menina Virgínia(que sobre nada sabe, mas sobre tudo imagina), Lygia nos mergulha em uma realidade frustrante, motivada por um desejo de pertencimento, pertencimento impossível.
Em sua situação de espectadora, que nada sabe sobre a condição da própria família, Virgínia só deseja pertencer. Pertencer à ciranda de anões, pertencer ao grupo de amigos de suas irmãs, pertencer ao mundo.
Nessas inúmeras cirandas que compoem a história, Lygia tece uma narrativa segura, íntima e, acima de tudo, misteriosa. Assim como Virgínia, não somos aceitos na ciranda de pedra, e o que nos resta é investigar cada personagem e situação em toda sua complexidade quase atômica.
Qualquer um que ousar mergulhar nesse livro, não se sentirá solitário.
Ale 23/09/2021minha estante
casa comigo pff




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