Gilles Hamesh

Gilles Hamesh Alejandro Jodorowsky




Resenhas - Gilles Hamesh


11 encontrados | exibindo 1 a 11


Luiz Santiago 29/12/2023

Podre, podre, podre... e incrível!
Um louvor à sombra que rodeia a mente humana. Tudo aqui é podridão. Fazia tempo que eu não lia nada tão podre assim. Jodorowsky é foda.

[Plano Crítico]
planocritico.com
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duartecaslu 04/01/2024

Escatologia em quadrinhos
Jodorowsky incorpora os autores mais pessimistas e derrotistas para dar forma à esse quadrinho. Hamesh encontra conforto na merda e se irrita profundamente a qualquer esperança de um cenário melhor.

A presença da religião nessa hq só mostra seu papel fundamental em meio a esse amontoado de miséria.
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Lucas Muzel 13/08/2024

Meu Deus como eu vim parar aqui eu só tenho 6 anos
Tenho alguns colegas do serviço que gostam de comentar sobre o cardápio do restaurante. Principalmente quando tem repolho, batata doce, feijão e ovo frito. Pois podem comentar para uma colega sobre os efeitos dessa mistura no estômago. Com uma legítima "pólvora" sendo solta na forma de flatulências quase tóxicas. Essa pessoa fica horrorizada ao saber desses detalhes. Aí, adicionam vez ou outra um relato sobre a situação calamitosa do banheiro masculino. Das "surpresas" deixadas por lá por ocupantes anteriores. Das poças no chão, com um líquido indefinido, porém gerador de asco. Há também o extremo incômodo com a palavra "sovaco", por algum motivo. Parece para a pessoa um tipo de grosseria gramatical. Por conta disso, vez ou outra é dita sem parcimônia.
A introdução do "Jodo" dá a entender que "amor" e "ódio" são opostos. Idem para as palavras "morte" e "vida". Eu tenho uma visão diferente a esse respeito. O oposto de "amor" é "indiferença". O oposto de "morte" é "nascimento".
Essa HQ é tudo o que as pornochanchadas brasileiras tinham como objetivo. Palavrão, sexo, e quase ausência completa de histórias. O estilo é totalmente "boca do lixo". As primeiras histórias levam do nada ao lugar algum. Tramas onde o protagonista é jogado em casos "gore", os soluciona, e fim. A exceção ocorre na penúltima e última história. Tem a trama de assassinato, tem a paixão escatológica dele. No final tem a possibilidade de redenção, que é recusada. Aparentemente o efeito libertador foi anulado com os tiros, pois o mundo voltou a ser sujo.
A questão com essas situações que são "chocantes", "sujas", "gore", e quase psicóticas, é que elas cansam rapidamente, quando exibidas em conjunto. Ocorre algo semelhante com a violência gráfica do filme "Wolverine e Deadpool", onde sangue, perfurações, e tiros se tornam coisa comum rapidamente. Ocorre algo distinto também: essa dessensibilização está longe de ser inócua. Uma vez que se contemple o abismo, o abismo também o contempla. Ao ficarmos muito tempo lutando com monstros, também nos tornaremos um. A primeira reação a isso é imaginar que estamos além disso. Que é besteira, pois nos consideramos acima disso, somos esclarecidos, e acima da média. É na hubris que ocorrem as maiores quedas.
Desconsiderando todos os fatores gráficos, consigo notar a intenção do autor. E compreendo perfeitamente o motivo dele ter se divertido ao fazer a história. Ainda assim, considero que é um trabalho facilmente esquecível.
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Matheus Laneri 10/12/2022

Cropofagia, canibalismo, monstro de esperma, anjos assassinados e canibalismo. Tem tudo isso e muito mais em pouco mais de 90 páginas em Gilles Hamesh. Jodorowsky foge totalmente do seu habitual e entrega algo terrivelmente bom. Indicado para fãs do roteirista
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Desterrorama 22/01/2023

o novo de sempre chocando o mesmo ovo
curti "el topo", "a montanha sagrada" e "santa sangre". são filmes singulares. mas o que me chamou bastante atenção foi o fato de jodorovsky aplicar neles o seu conceito de "psicomagia", que trata-se de misturar psicologia moderna com simbolismo. ou seja, ele tinha consciência do que estava criando. parece que na visão deste autor, a arte tem um importante papel de cura, de exorcizar os nossos demônios. bem, se este for o caso, então podemos interpretar que "gilles hamesh" trata-se dos desejos dum senhor de 93 anos, desejos um tanto banais diga-se de passagem. e uso aqui esse termo me referindo ao sentido de "banalidade do mal" mesmo, tão explorado por arendt no julgamento de eichmann, porque o mal é mesquinho, vazio. moralista eu? se o intuito desse quadrinho era chocar, não me chocou. me pareceu o novo de sempre chocando o mesmo ovo. já li/assisti muitas histórias nessa pegada "contracultural", obras politicamente incorretas de autores como robert crumb, burroughs, kurt vonnegut, o carlos heitor cony de "pilatos", nelson rodrigues, paulo francis, fausto fawcett, sganzerla e até cronenberg que apesar do espetáculo gore de seus filmes injeta também uma boa dosagem de drama psicológico. todos colocam esse jodô "obscuro" no chinelo. jodorowsky escrevendo sobre trans lembra muito peter milligan escrevendo sobre o batman no rio de janeiro, isto é, é bem caricato. grant morrison idem. mas pelo menos morrison se montou para criar a Lord Fanny dos "Invisíveis". quando ed wood lançou a personagem Glenda no cinema nos anos 50 e posteriormente nos pulps dos anos 60, com certeza foi um ato transgressor porque ninguém explorava a imagem trans. já a drag Divine de john waters e a trans Candy Darling de andy warhol serviram ambas como musas objetos. enquanto waters explorava intencionalmente o "trash" na imagem e nas ações de Divine, a camêra voyeur de warhol registrava a beleza "exótica" de Darling, seguindo a lógica do star system, porém, às avessas, porque ele sabia que o que estava fazendo era singular. não que ed wood não tivesse consciência de sua obra, mas havia nele uma certa franqueza ao expor sua expressão sem se preocupar com os censores. diferente de waters e warhol que queriam chocar. waters leu william burroughs, sabia o que estava fazendo. agora, jodorowsky não nasceu ontem. sempre bebeu das vanguardas, mas a forma como explora a imagem trans em "gilles hamesh" não remete a transgressão ou resistência duma contracultura, parece apenas que a violência gratuita aqui serve exclusivamente para impressionar rapaz pequeno. a última história de "gilles hamesh" justifica essa espécie de quadrinho. ali jodô expõe a sua defesa rala do politicamente incorreto e da importância de manter o status quo, das coisas permanecerem "como elas são", da vida como ela é. será que o artista não sacou que isso é ideia de gambé?
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Bruno Henrique 29/01/2023

Jodorowsky já virou um caso de amor, até de onde acho que não vai sair nada de bom acabo me surpreendendo. Em gilles hamesh constrói sua própria Sin City só que ainda mais degradada e subversiva
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renat.of.ábriga 19/02/2024

Sujo e pesado como nossas mentes
Um noir sujo, violento, grotesco, cheio de perversões e profanação. Jodorowsky se abre nesta HQ e revela o que muitos escondem. Arte suja e de aspecto inacabado, como deve, de Durandur.
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Rafael.Martins 24/08/2023

Puta merda...
Li e reli pra tentar entender a proposta, mas só encontrei uma história sem graças e personagens com atitudes escrotas em um universo escroto, desconexo, aleatório e gratuito.
Aqui é um show de horror por parte de todas as pessoas, parece um vilarejo do século 1 (apesar de aparentemente se tratar do final do século 20, ou início do 21) onde reina o escárnio e ninguém possui nenhum tipo de pudor e noção moral de uma sociedade civilizada...
Eu não tenho problema com nenhum tipo de conteúdo, desde que condizente e com algum tipo de significado.
Pra concluir, apesar de tudo ser bem pesado, nenhuma imagem ou palavra aqui me incomodou, só não vi graça nem me prendeu nenhum dos contos, não tem nenhuma trama que seja meramente interessante e nenhum personagem que se salve, muito menos o tal detetive...
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Emerz 19/02/2024

Como pode algo tão sujo ser tão bom?

Esse me surpreendeu muito, eu não estava esperando como as coisas escalonaram, como tudo foi indo pro um absurdo e um absurdo maior ainda depois do outro, mas tudo é tão lindo e tão nojento ao mesmo tempo.
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Lucas.Wijk 01/07/2024

Pura escatologia
Enfiar todo tipo de insulto em uma história e pagar de genial por "mostrar aos leitores o espelho dos abismos insondáveis da psique" não faz dela algo realmente "genial", na minha opinião.

A sordidez humana abordada em Gilles Hamesh é bem centrada em um perfil social. Um reflexo do próprio Jodorowsky, talvez. Achei bem limitado e "bobo", principalmente no texto, talvez um problema da tradução. É de uma rebeldia quase adolescente.

Não é um tipo de obra que me desagrada, mas também não me encanta, apesar de eu insistir em buscar mais dessa literal merda (e o que isso diz sobre mim, né?). E dentro dessa temática, acho que algo como Pink Flamingos é muito mais eficiente que o show de óbvias perversões que temos aqui.
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