bia prado 29/01/2023sei lá o jeito que ele enforca ela é diferentemulan é a minha princesa favorita, então qualquer história minimamente parecida com a dela, eu fico interessada. logo, o que me chamou atenção nesse enredo era o fato da mocinha precisar se travestir como homem. o que eu não esperava é que esse livro seria muito mais do que isso. ele é engraçado, sombrio e completamente viciante.
eu nunca fui muito do mundo do dark romance, geralmente preferindo heróis good guys e mais dóceis, mas o Kirill realmente me mostrou o motivo do fascínio pelos bad guys. ele é rude, mandão, autoritário e fechado e a graça justamente é ver ele se revelando (minimamente) pra mocinha, a Sasha. qualquer momento que ele cedia qualquer coisa pra ela, eu já ficava suspirando. principalmente no último diálogo deles, realmente dá pra sentir todas as exceções que ele abre somente pra ela. ele “se permite” ser vulnerável de uma forma que nunca se imaginou sendo e é realmente engraçado que ele começa a sentir algo por ela e não entende o que é. quero ver mais disso nos próximos livros.
nunca entendi a necessidade de um romance ter três livros, mas estou empolgada pra essa trilogia. não me importo de passar páginas e páginas com pequenos momentos deles e acho que a autora conseguiu bem captar a conexão deles. no começo era somente uma curiosidade e logo evolui para algo a mais. o romance é mais slow burn do que eu esperava e gostei demais disso. o leitor sente a tensão crescendo entre eles. além disso, gosto que a Sasha revida quando o Kirill fala alguma besteira. ela não se curva e isso foi essencial pra balancear com o temperamento doido calculista dele. ela não é aquelas mocinhas tontas e chatas, sabe? a história dela é interessante e juntos eles são um casal explosivo.
também vale apontar que Kirill ser o único a saber do segredo dela também ajudou a aproximar os dois. ela não precisa fingir completamente com ele e é um momento de alívio pra ela. a Sasha até chega a dizer que por muitos anos não teve nada que fosse apenas pra ela, que ela sempre estava sacrificando suas vontades pelas necessidades da família, e estar com ele é um desejo egoísta que ela se permite porque lhe parece certo - mesmo que ela imagine que seja só algo temporário.
não achei a parte da mafia muito elaborada nem muito bem construída, mas não me importei. o foco é realmente o romance e a relação dos protagonistas, e a mafia é mesmo só o plano de fundo. não mostra nada dos esquemas de como ele é todo poderoso e importante no mundo da mafia e o leitor só sabe que a família é influente e respeitada desde sempre e ponto. a gente sabe que o Kirill tem uns planos, mas nunca sabemos muito o que é, nem como ele alcança os objetivos dele. é mais tell than show. então, se você procura algo mais aprofundado sobre mafia, acho que você não encontra isso aqui.
claro que não é o melhor livro do mundo, mas estou aqui pela farofa e pelo entretenimento, então por isso 5 estrelas (mesmo que minha feminista interior esteja sendo colocada de lado nesse momento).
a história foi por vários caminhos que eu não estava esperando e agora só me resta estar viva pros próximos livros da trilogia. por enquanto, vou ler os outros da autora, pois ela me convenceu que dark romance tem muito potencial, só preciso procurar no lugar certo.
ah e o hot é 10/10 e fiquei impactada
tropes/conteúdo: (pode conter spoiler)
- fake marriage
- dual pov
- mafia romance
- only one bed
- boss employee
- bodyguard
- “reconto” de mulan!!!!!
- slow burn
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