Sobre minha filha

Sobre minha filha Kim Hye-jin




Resenhas - Sobre Minha Filha


91 encontrados | exibindo 46 a 61
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7


Lia 27/02/2023

Super dica
Adorei esse livro!
Tantos temas importantes sobre a relação mãe e filha, sobre a capacidade de falar sem medo, sobre os arrependimentos do calar, sobre lutar pelo que se acredita, sobre relações homoafetivas, sobre envelhecer e morrer.
comentários(0)comente



alexya 28/02/2023

Esse livro tem momentos de violência verbal e tem muitos gatilhos em relação a preconceito.

apesar disso, é um bom livro para enxergar as diferenças das gerações.
a mãe de green é uma pessoa extremamente preconceituosa e como o livro é narrado em seu ponto de vista o tempo todos somos bombardeados com sua forma tradicional e conservadora de ver o mundo.
mas também é possível entender o conflito em que ela vive. existem momentos que ela quer entender e aceitar a filha, que ela absorve e aprende com a filha mas em seguida nega tudo isso. entre a dificuldade de aceitar a filha e a solidão que ela sente ao lidar com pessoas em condições vulneráveis, a mãe parece presa em um eterno contradizer.

ela não consegue entender que tudo que ela deseja para a green, a mesma já encontrou nos braços daquela menina.


a escrita do livro é boa mas fica cansativa por ser densa. e também o sentimento é que a personagem quase não evolui, porém a psique da mãe é construída de forma interessante.
comentários(0)comente



Leila de Carvalho e Gonçalves 11/11/2022

Sobre Uma Mãe
A Coreia do Sul caracteriza-se pelo rápido crescimento econômico ocorrido nas últimas décadas, com significativa redução da pobreza. Por outro fado, possui uma sociedade conservadora que estigmatiza as minorias sexuais e propaga o sexismo endêmico.

Sua literatura também é bastante peculiar e vem angariando interesse ao redor do mundo, por apresentar tal conjuntura mediante um olhar majoritariamente feminino e dessa lista, Kim Hye-Jim é o mais novo nome a ganhar espaço nas estantes de nossas livrarias com o romance Sobre Minha Filha.

Publicado pela Editora Fósforo e traduzido direto do coreano, ele foi o vencedor Prêmio Shin Dong-yup em 2018 e aborda um conturbado relacionamento intergeracional que é narrado por uma viúva que, jamais nomeada, se recusa a aceitar a homossexualidade da única filha, Green, esperançosa de que seja ?um erro passível de ser corrigido?.

A situação atinge seu clímax, quando a jovem, uma professora universitária passando por dificuldades financeiras, volta a morar na casa da mãe, trazendo consigo Rain, sua companheira há sete anos.

Paralelamente, ambas enfrentam desafios pessoais, enquanto Green é uma militante LGBTQIA+, atividade que coloca em risco seu emprego e a própria segurança; a mãe é uma cuidadora de idosos em constante atrito com a direção da instituição onde trabalha cuja prioridade é reduzir ao máximo os gastos com os pacientes. Um bom exemplo é Zen, uma respeitada defensora dos direitos humanos que sofre de demência, não possui parentes nem amigos para lhe dar assistência no final da vida. Aliás, algo que, se a filha permanecer solteira, a mãe teme que possa ser o destino das duas.

Em resumo, se a questão da homossexualidade divide mãe e filha, a última demanda tem a capacidade de aproximá-las. Fortes, voluntariosas e com exacerbado senso de justiça, elas são mais parecidas do que supõem e a tridimensionalidade dessas personagens, em especial, a tridimensionalidade da mãe distingue o romance.

Facilmente Kim Hye-Jim poderia ter caído na armadilha de criar uma protagonista execrável, entretanto isso não ocorre. Na verdade, trata-se de uma personagem que da intransigência inicial, pouco a pouco admite rever seus valores. A questão é que mudanças efetivas não se concluem num passe de mágica e até podem ser inexequíveis.

Enfim, Sobre Minha Filha é um delicado relato sobre difícil a arte da convivência em família. Recomendo.

Nota: Está errado o emprego da palavra ?minoridade?, menor de idade, no trecho abaixo. O correto é minoria.
?Mãe, olhe pra isso aqui. Essas palavras se referem a mim. Minoridade sexual, homossexual, lésbica. Tudo isso aqui está falando de mim. Isso sou eu. É assim que as pessoas se referem a mim e impedem que eu tenha família, trabalho ou qualquer coisa. Eles não me deixam fazer nada, entendeu? E a culpa é minha? Sou eu a culpada?? (Posição 976, e-book)
comentários(0)comente



daiana_vilela 22/04/2023

Sobre abandono e preconceitos
A primeira coisa que devo dizer é como essa história é bem unilateral. Durante todo o livro temos a perspectiva da mãe sobre sua filha e principalmente dos preconceitos que ela tem sobre ela.

Ao longo da história vemos o quanto ela se sente culpada pela filha ser lésbica e de como ela queria que tudo fosse diferente, com os poucos diálogos que ela tem com a filha, da pra ver o quanto esse preconceito está enraizado dentro dela.

Em contraponto vemos o abandono e o quão a vida é cruel. A senhora do qual ela toma conta está definhando em cima de uma cama, sem ninguém. Outrora Zoe foi uma pessoa brilhante e admirável, mas que agora, já nem sabe quem é.

O livro é... dolorido, toca na ferida e é cheio de falas preconceituosas. Senti muita falta da perspectiva de sua filha para que pudéssemos ver o quanto o preconceito da mãe á afeta.

É um livro doloroso e bem tocante.
comentários(0)comente



Lira18 07/05/2023

Conflito geracional, homofobia e uma mãe perdida
Conflito geracional, homofobia e uma mãe perdida

Quem vê a Coreia do Sul ganhando tanto espaço na mídia pode não fazer a menor ideia de como o estado usa o Kpop e dramas para camuflarem como são um país afundado na crise imobiliária com índices de desemprego e pobreza crescentes, além de ser uma sociedade extremamente retrógrada no que diz a percepção de gênero e sexualidade.

O livro põe uma senhora, com entre seus 50-60 anos, no meio do furacão dessa crise, além do extremo amargor de encarar que tem uma filha sap@tona. Para ela é inaceitável que a filha, que foi seu maior investimento e orgulho por tanto tempo, não tem seu currículo - com trabalhos voluntários pelo mundo e doutorado - não é valorizado pela academia sul -coreana por sua sexualidade (que, paradoxalmente, a mãe também a rejeita pelo mesmo motivo).

Nós só conhecemos o lado dela e a filha podemos entender um pouquinho quando elas se encaram em conflitos.

É um livro bem morno, natural beirando ao orgânico (como bem é a Literatura asiática), mas que, para mim, foi muito profundo.

Gostei principalmente de ver que, mesmo com todo esse preconceito, a personagem não era alguém ruim. Mas uma mãe, dentro de um conflito geracional, num desespero pela segurança da filha, não conseguia aceitar a sexualidade da folha... Mesmo que a parceira dela fosse alguém extremamente gentil, acolhedora e amável.
comentários(0)comente



Daiane698 19/05/2023

Sobre a velhice
Sobre a minha filha de Kim Hye-Jin, retrata a velhice e as relações parentais.
Em sua narrativa, a autora explora muito bem o contexto social em que a Coreia do Sul vivencia. Desde seu grande crescimento econômico, até seus preconceitos ainda intrínsecos de uma sociedade conservadora.
A mãe, como personagem central do romance não possui nome, o que por si só representa muitas mães nesse contexto; se encontra em um dilema moral próprio que a corrói e vai contra tudo o que aprendera, é uma cuidadora que se preocupa com a velhice, não apenas sua, mas tb de sua filha, a qual ela sempre imaginou que tivesse um futuro "correto" de acordo com seus princípios. A filha por outro lado, é homossexual, tem um relacionamento de 7 anos com sua companheira, e luta por seus direitos. Esse embate de gerações e visões, é gradualmente acertado ao longo da história, e da forma mais verossímil possível.
Um bonito romance sobre a difícil a arte da convivência em família e sobre a velhice.
comentários(0)comente



mimperatriz 04/06/2023

Sobre minha filha
Um bom romance que aborda temas como relações homoafetivas, velhice e o trabalho de cuidado.

A narradora, não nomeada, tem dificuldade em aceitar as escolhas da filha e principalmente seu namoro com Rain, a quem chama de ?aquela menina?. Achei o início um pouco confuso, mas depois de algumas páginas a história se desenvolve e começa a fluir da melhor maneira possível.

As reflexões da mãe, narradora, são interessantes e por vezes, intensas. Ela pensa nos motivos que afastaram a filha de um casamento ?normal? e tem dificuldade em enxergar o relacionamento com aquela menina como um relacionamento de fato. Tem uma ambiguidade nos sentimentos e atitudes da mãe em relação a filha - que também é militante e luta por seus direitos, aqueles que nem a mãe consegue enxergar - e aquela menina que é interessante de ler.

A história se passa na Coreia do Sul, mas não deixa de retratar um boa parcela da sociedade brasileira.

No meio disso tudo, Kim Hye-Jin consegue dar destaque ao trabalho de cuidado, e talvez essa seja a parte mais gentil e sensível do livro, na minha opinião. A mãe é cuidadora e, nesse ofício, conhece Zen, uma senhora que é cuidada por ela na clínica de repouso e por quem adquire um grande afeto.

É um livro que tem tudo pra ser incrível, mas não me convenceu totalmente. Parece que não memorizei a história direito e não me apeguei às personagens como gostaria, mas a crítica tem sido muito boa e sempre vale a leitura!
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



LETeratura 17/07/2023

É muito doido estar na cabeça de uma mãe
O livro apesar de ter o título ?sobre minha filha?, deveria ser ?sobre mim?, pois aqui acompanhamos os pensamentos da mãe, e as percepções dela de mundo, e como ela liga com as frustrações dela em relação a filha.
Eu gostaria de ter a visão da filha sobre todas as situações que se passam no livro, pq como vemos apenas a mãe, vemos tudo pelo viés dela.
Foi bom também ver a evolução dela, e a relação dela com a Zen, que talvez seja ela lidando com a Zen como ela gostaria de filha dela lidasse com ela no futuro talvez?
Enfim, o livro tem gatilhos de relações de mãe e filha e de lesbofobia, porém a história é muito boa e super recomendo.
Não ter divisão de capítulos e a história mudar de ambiente de uma hora pra outra me deixou um pouco confusa de início, e isso tirou uma estrela pra mim, além de tbm eu não saber exatamente o que achei das personagens, então tbm não foi um favoritos, mais foi uma leitura muito boa.
comentários(0)comente



Aninha 26/08/2023

Complexo
Um livro curto mas com tantas camadas dentro dele...
Uma história de medo, preconceito, futuro, amor (?)
Acho interessante o ponto de vista e a narrativa ser comandada pela mãe, afinal é literalmente acompanhar a batalha mental dela na relação com a filha e com a relação DA filha. Excelente escrita
comentários(0)comente



leiturasdabiaprado 31/08/2023

Acho que esse foi o terceiro livro coreano que eu li nos últimos tempos, e, preciso dizer que é mais um com uma narrativa forte, bem diferente dos outros, mas também com o protagonismo feminino!
Eu terminei a leitura tem uma semana e ainda estava digerindo a obra para poder escrever!
O tema central, como o título sugere, é a relação entre mãe e filha, a mãe na casa dos 60 e a filha na dos 30, choques de gerações e de expectativas!
A mãe sonhava em ver a filha casada, com filhos e com um emprego público!
A filha é professora horista, homossexual e ativista!
A mãe é homofóbica, não nomeia a companheira da filha, não quer conviver com a realidade, cria barreiras e nutre uma esperança de tudo ser uma fase!
A filha vive um relacionamento estável, ama sua parceira, mas, uma crise financeira a obriga voltar para casa da mãe (com a parceira)!
A relação das duas, mãe e filha, é estremecida pelas diferenças, mas aos poucos a menina (como a mãe chama a companheira da filha) vai ganhando espaço na casa e respeito!
Paralelamente a isso temos a luta pelo reconhecimento dos homossexuais no meio acadêmico e o descobrimento por parte da mãe da legitimidade desse pleito!
E, como, se já não bastasse toda a densidade e importância do tema acima o livro ainda aborda a velhice, os asilos, o abandono dos idosos e o cuidar da terceira idade!
A mãe é cuidadora de idosos e se afeiçoa a sua paciente, uma mulher com demência, que nunca casou, nem teve filhos e viveu uma vida lutando por seus ideais... A mãe enxerga no abandono de sua paciente o futuro de sua filha e até mesmo o seu...
Um livro para refletirmos bastante, sobre gerações, sobre perspectivas, sobre ideais, sobre projeções, sobre envelhecimento, sobre amor e sobre aceitação!
comentários(0)comente



Camila.Felippio 03/09/2023

Histórias de família
Uma história que pode acontecer na família de qualquer um de nós. A difícil decisão das nossas vidas, aceitar a quem amamos da maneira q são e com todas as decisões q tomam. Eh entender q um filho não nos pertence e q devemos respeita-lo. E além disso, como não nos envolver profundamente com o nosso trabalho a ponto de trazer ele pra casa e cuidarmos dele como se fosse um filho. Essa história nos envolve e eh contada de uma forma rápida, meio sem fôlego, pq a vida eh assim?não espera ela só acontece.
comentários(0)comente



B.: 09/09/2023

Resenha por @blossombook.s
RESENHA PARTICIPANTE DO KOREAN REVIEW CONTEST 2023! ?

Ouso dizer que esta obra é uma das melhores de Kim hye jin, até que ela nos surpreenda com algum novo romance no futuro, mas no momento, para mim, esta obra vai além da literatura, e te explicarei o porquê de sua necessidade e importância para nossa vivência.

É um livro que mergulha profundamente nas complexidades das relações familiares, abordando temas delicados como amor, perda, culpa e redenção. Esta obra cativante nos conduz através de uma montanha-russa de emoções, enquanto acompanhamos os protagonistas em sua jornada pessoal de auto descoberta e reconciliação maternal e social.

Kim, dissolve com facilidade temas nas quais, hoje, em pleno século XXI, ainda infelizmente são tabus.
comentários(0)comente



tatipimen 16/09/2023

A visão de uma conservadora e homofóbica e interessante
Esse livro foi na contra mão dos livros que ando lendo, e me agradou muito. Ele trata de questões densas como a velhice, especialmente feminina, morte, relações familiares, desigualdade social e homofobia.

A homofobia é retratada de uma forma muito interessante já que é do ponto de vista da pessoa homofóbica.

O livro não pretende solucionar nenhum problema nem gerar falsas esperanças mas trás perspectivas.

Ele mostra como a vida é complexa e que somos só um monte de gente cagada tentando fazer o melhor que dá, e as vezes o melhor é bem ruim, as vezes o melhor é ótimo. As vezes o melhor é inaceitável, mas seguiremos tentando.
comentários(0)comente



Maria Amélia 17/09/2023

"Sobre minha filha" (Ddalae Dae-ha-yeo), de Kim Hye-jin ??

"Sobre minha filha é um romance profundamente honesto a respeito da intensidade dos laços de família, mas não só.
Entremeando a afetividade da culinária coreana à crueza de feridas mal resolvidas, Kim Hye-jin trata da diferença geracional, do envelhecimento, da morte e da dificuldade de realizar o amor materno."
comentários(0)comente



91 encontrados | exibindo 46 a 61
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR