A Ilha das Árvores Perdidas

A Ilha das Árvores Perdidas Elif Shafak




Resenhas - A ilha das árvores perdidas


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Mah 11/01/2024

Um livro com mtas camadas
Comecei a leitura devagar, um pouco desanimada quando me dei conta de que estaria embarcando numa história de imigrantes, refugiados e povos em guerra, logo agora, com tudo o que estamos vivendo.

O livro como um todo é bem denso. Em diversos momentos me peguei refletindo sobre culturas que limitam, ideologias que oprimem e como nós humanos criamos realidades absurdas que justificam violência para com os nossos e para com todos os outros seres vivos.

Minha personagem preferida é a figueira. Ela aparecia depois de algumas páginas difíceis, sempre trazendo um ponto de vista mais gentil e questionando o que entendemos como normal e óbvio.

E o Kostas... me apaixonei por ele. Me apaixonei pelo amor sincero que ele tem pelas árvores, pela esposa, pela filha. Me apaixonei pela natureza pacífica e paciente dele, uma alma antiga, como o próprio livro descreve.

Fiquei pensando muito sobre qual é o tema do livro. A autora conseguiu, dentro de uma história, construir várias grandes histórias, e tenho a sensação de que dependendo do ponto de vista do leitor, alguns enredos podem sobressair e prender mais a atenção do que outros.

É um livro sobre a vida, a morte, a construção, a destruição, as coisas que permanecem e todas as outras que mudam também. Mas acho que é um livro sobre amor, no final das contas: "porque é isso que a natureza faz com a morte, transforma finais abruptos em mil novos começos."
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Ana Claudia 07/01/2024

1970 ? Kostas Kazantzakis e Defne são apaixonados um pelo outro desde muito jovens e o amor deles não era bem visto pelas duas famílias. Isso porque ela é turca e muçulmana e Kostas, grego e cristão. Kostas é ecologista e botânico grego e Defne é arqueóloga. O namoro deles era sempre muito escondido e eles costumavam se encontrar Happy Fig, uma taberna administrada por dois gays, X e Y. Uma figueira cresce no meio da taberna e é o narrador chave desta história. Nesse período, existia uma guerra civil na ilha de Chipre com a invasão da Turquia.

Final de 2010 ? Ada Kazantzakis tem 16 anos e é filha de Kostas e Defne e mora em Londres com seu pai e uma figueira. Kostas levou uma muda da figueira de um restaurante que ele que tinha em Chipre que pegou fogo e replantou em Londres, no quintal de sua casa.

Ada sempre teve um conflito sobre os seus pais porque seu pai nunca falava sobre o amor dele por sua mãe, o amor e devoção que ele tinha pela figueira e suas próprias lembranças de uma mãe que faleceu no momento em que ela mais precisava. Prestes a completar um ano do falecimento da mãe, Ada se vê de frente com seus sentimentos pela primeira vez.

Figueira - A figueira, Ficus Carica, cresceu no jardim da taberna e vai narrar os encontros felizes de Kostas e Defne ao mesmo tempo em que ela conta o surgimento da guerra civil que transformou a cidade em ruínas.

Nesse romance histórico narrado sob o ponto de vista de três personagens: Kostas, Ada e a figueira, o autor nos apresenta a uma história de realismo mágico incrível em que uma figueira desempenhe um papel importante na trama e, por meio de suas experiências, ela reúne os personagens humanos, ao mesmo tempo em que explica sua própria jornada. Foi uma surpresa muito boa ler esse livro pois aqui é contada como foi que se deu a guerra civil no Chipre e suas consequências para o país e seus habitantes. Uma história que fala sobre amor, perdas, luto, cura, identidade, humanidade, a relação da natureza com o homem, e sobre a guerra civil de 1974 no Chipre.
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Roseli 05/01/2024

Comecei o ano com uma ótima leitura. Amei esse livro. Uma história fluída, amei as explicações bem detalhadas. Recomendo muito
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Analice 05/01/2024

Um livro rico
Um dos livros mais ricos culturalmente e historicamente que já li. Um romance que se passa durante a guerra civil do Chipre, cheio de amor, tradição e tragédias. O Chipre é detalhado com uma riqueza de detalhes que nos faz achar que o conhecemos bem. Riqueza de detalhes na flora e na fauna descrita, bem como reflexões importantes.
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Carolina317 03/01/2024

Sobre origens
Lista história de uma família imigrante, cuja filha não sabe nada sobre a origem dos seus pais. Mas que sem querer carrega as marcas e sensações físicas de suas experiências.
O livro reflete sobre as marcas que a história dos nossos ancestrais, avós e pais deixa em nós, em nosso emocional e em nosso espírito, mesmo que não tenhamos consciência disso.
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lesuppi 27/12/2023

Elif Shafak
A obra fictícia de um escritor turco-britânico me ensinou muito sobre a cultura do Chipre, o qual eu não tinha conhecimento da existência. Foi uma baita aula de história.
Aborda muito bem sobre a solidão de uma árvore, bem como de uma menina de 14 anos, de um viúvo, e da própria suicida.
Muito bom, consegui sentir emoções que me foram passadas através das palavras e então, me sentir abraçada/confortável em saber que a solidão eh um sentimento universal, até mesmo em meio à guerra civil.
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cherry_motth 24/12/2023

Nossas raízes não nos moldam.
?Se, como dizem, as famílias se assemelham a árvores, (?) os traumas familiares são como resina espessa e translúcida gotejando de um corte na casca. Escorrem por gerações.?

Não tenho nem palavras pra descrever o espetáculo que é esse livro. Uma leitura fluída, cheia de tesouros e simbologias do mundo vegetal. Nos faz pensar como o tempo não é algo contínuo, como os traumas geracionais não deviam nos comandar, mas que também não deveríamos ignora-los até que nos estrangulem. Nos faz pensar como somos egoístas como espécie, mas também como podemos reverberar o amor por gerações.
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Nivia.Oliveira 23/12/2023

Uma árvore pode ser uma perfeita alegoria para aqueles que de uma forma ou de outra têm que migrar. Você pode transportá-la, plantá-la em outro local e até enterrá-la... Se as raízes partidas vão brotar e reviver depende do tipo de adubo que vai receber...
Essa é a história de amor de Defne e Kostas, contada por uma Figueira. Um choque entre as culturas turca e grega em Creta os leva a Londres, junto com eles as vozes da terra natal ecoam.

A autora nos faz perceber como somos parecidos com as árvores. Fincamos raízes, nossos galhos se entrelaçam e a resina que eventualmente escorrer da casca grossa é dor. Tristezas decompõem raízes; memórias umedecem as folhas; sabedoria amadurece os frutos... amor reanima as flores ... essa “afirmação ousada de esperança”.

Emoção do início ao fim!



site: https://www.instagram.com/niviadeoliver/
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Esdras 23/12/2023

Com certeza entre os meus preferidos da vida, um livro que me transformou em 2022. Literatura de ficção, mas com requintes de muita verdade ao narrar a geopolítica Chipre-Turquia-Grécia. Uma história arrebatadora que leva a um final singelo demais. ??
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Diego Vertu @outro_livro_lido 14/12/2023

Figueira
O livro é narrado a partir de três perspectivas. A primeira é de Ada, uma adolescente que mora em Londres no final da década de 2010, depois de um episódio na escola, Ada começa a contar que não sabe nada sobre a sua falecida mãe e que seu pai, Kostas Karantzakis, veio do Chipre, se dedica ao trabalho de botânico e admira muito uma figueira que tem no quintal.
Na outra perspectiva, voltamos aos anos 70, Kostas, um adolescente se apaixona por Defne, ele de origem grega e ela de origem turca, porém devido a guerra cível entre gregos e turcos pela disputa do Chipre, faz que esse relacionamento seja abominável. Os dois se encontram secretamente no pub "A Figueira Feliz".
Na terceira perspectiva temos a fala da figueira, a arvore vai contando algumas histórias do Chipre e algumas reflexões sobre a natureza.

Avaliei essa história com 5 estrelas devido a maneira que é contada, aprendi muito sobre a história e cultura Cipriota, ja que é um país que sabia muito. O casal protagonista também tem uma linda história, mas o casal Yiorgius e Yusuf que administram o Figueira Feliz aqueceu meu coração. Gostei muito das "falas" da figueira também, por sua carga poética voltada à natureza. Linguagem bem acessível, um livro gostoso de ler, recomendo a todos.
LeonardoGS89 14/12/2023minha estante
Também tive da mesma opinião que a sua sobre o livro, eu gostei muito desse livro, acho a narrativa muito bonita e tocante, e me trouxe conhecimento sobre Chipre que até então não conhecia quase nada e depois passar a pesquisar.




#Anafox 26/11/2023

Acompanhamos a história do ponto de vista de alguns humanos e de uma figueira, ora em torno de 1974 no Chipre, ora uns 35 anos depois na Inglaterra. A Figueira, apaixonada por um homem, compartilha conosco o que sabe sobre essas pessoas, e um tanto de coisas que não sabemos a respeito das árvores. Os humanos compartilham conosco suas dúvidas, dores e amores, atravessados pela guerra que dividiu gregos e turcos no Chipre, marcando a vida de gerações.

Gostei muito das passagens da figueira, trazendo animais e outras plantas para seu próprio protagonismo e como testemunhas de coisas incríveis e de barbáries humanas. A história de cada um mexe conosco, especialmente dos donos da Taverna. O sofrimento não tratado pode nos levar à desistência da vida, impedir que mesmo sobrevivendo, possamos seguir adiante. Mas será que dá pra sobreviver a tantas perdas?
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clara2391 23/11/2023

Um dos melhores livros que li esse ano. a riqueza de detalhes traz uma imersão na cultura muçulmana e grega, e retrata muito bem realidades e problemas sociais da guerra civil. além disso, a sensibilidade da história sendo contada no ponto de vista de uma figueira é com certeza o que faz desse livro algo tão diferenciado e especial.
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May | @vidadaleitora 16/11/2023

Olá, queridos leitores! Aqui é a May, com mais una leitura quentinha pra te recomendar!
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Em "A ilha das árvores perdidas" adentramos numa familia nativa de uma ilha do Chipre, mas que atualmente reside na Inglaterra. Ada quer saber mais sobre suas raízes, que seus pais escondem por alguma razão. Sua mãe falece e seu relacionamento com o pai se esfria, até chegar sua tia. Muitas emoções envolvem o leitor quase como se também fossemos um personagem nesse enredo.
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Adoro pontos de vistas intercalados, e aqui estamos sempre acompanhando os pensamentos de Ada e de uma figueira, além da história que antecede Ada e que ela tanto deseja saber. A edição está confortável pra leitura e os míopes vão agradecer. Só tive boas impressões dessa obra. Eu me vi apegada a alguns personagens, e internalizada na história de uma forma que era difícil retomar a realidade.
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Sempre amei árvores, mas depois dessa leitura posso dizer que as amo ainda mais. Vc não sai desse livro sem ver a natureza da mesma forma. E apesar de ter atritos políticos, guerras, mortes, paixão e tabus aqui, eu ansiava o ponto de vista da figueira e suas explicações técnicas de biologia. Vc sai desse livro reparando em cada detalhe do seu dia a dia, desde seu despertar à sua caminhada de volta pra casa. Simplesmente lindo!
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Marcella.Kahn 11/11/2023

Eu adorei entender um pouco da historia di Chipre através desse romance tao delicado. Também achei incrível o fato da arvore ser um personagem que conta o lado das plantas e animais enquanto as coisas acontecem.
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Camilarf 26/10/2023

Brilhante, emocionante, necessário
"...Uma parte de você morre por dentro para que outra parte possa começar tudo de novo."

Nossa! Comecei a ler desprenteciosamente e fui surpreendida positivamente com uma escrita fantástica, uma história tocante e personagens reais e cativantes. Puxa, deu pra ver o quanto a autora se empenhou em pesquisar antes de escrever esse livro, que é de ficção mas carrega muita coisa real e necessária, mesmo que dolorosa.
Eu não poderia ter gostado mais do desenvolvimento e do modo como ela resolveu dividir os capítulos, porque em nenhum momento senti que a leitura ficou arrastada, chata, entendiante ou mal desenvolvida. Muito pelo contrário: Que maestria! Que tocante o modo como como ela buscou as dores reais da guerra, da divisão, e as colocou nos personagens e em suas histórias que carregam tanto sofrimento, mesmo tentando buscar a paz, a calmaria. Ela fez um trabalho magnifico com a Ada, que é um reflexo de suas raízes e identidade, mesmo consideravelmente distante delas. Outra coisa que adorei foi o modo como ela incluiu a natureza (em específico as árvores) como um dos focos da narrativa! Nunca pensei que fosse ler um livro narrado sob o ponto de vista de uma árvore, sem falar naquele final! Puxa, emocionante de verdade, mostrando que todo final é um novo recomeço.
Pretendo reler no futuro com toda a certeza!
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