Carla 22/11/2023Sensível e sobre sororidadePodemos imaginar vários tipos de bruxas que populam a literatura: as que tem pactos, as que são más, as que são predadoras sexuais, as que são sábias, as que curam, as que matam...
Nessa história temos bruxas cujo dom é sentir e viver o mais perto possível da natureza, conectar-se com a vida no mundo, sentir a terra e suas pequenas vidas conectadas.
Temos mulheres que confortam com palavras, ervas e atenção, que sabem traduzir as angústias em poções que misturam o que a natureza tem para oferecer.
Creio que é o tipo de bruxa que eu mais gosto, a mulher que é considerada bruxa por que preserva a sabedoria milenar de extrair da natureza a sua força e sua cura.
Nesse livro temos 3 mulheres conectadas por vínculos familiares, mas distantes no tempo já que são 3 tempos históricos.
É um livro com história simples e sensível, sem grandes reviravoltas. Ao abordar a vida de 3 mulheres em luta contra a opressão do patriarcado, a autora revela a conexão de umas com as outras e como o legado do amor passa de avós para netas.
Um adendo: a capa brasileira não faz nenhum sentido na história. Péssima escolha. A americana faz sentido.