Resenhas - O que não te contaram sobre o movimento antirracista

Leticia 10/10/2024

O ativismo antirracismo se tornou uma ditadura
O que começou com uma luta legítima (contra a escravidão do povo negro, segregação e perseguição) hoje se tornou, segundo as sábias palavras das autoras um:

?dogma religioso cuja homilia poderia ser definida da seguinte forma: lutar contra as relações de poder e seus efeitos discriminatórios [?]. Aqueles que resistirem q esse foco ou mesmo apresentarem aderência insuficiente, devem ser severamente condenados, privados de influência e ostracizados. Em nome do combate ao discurso heterodoxo combate-se também o negro. ? (p. 79)

Muito do que se vê hoje em dia é mais histeria do que liga legítima. Tal fenômeno não passou despercebido nem mesmo pela ativista feminista bell hooks que já em 1994 denunciava a censura dentro e fora do movimento negro.

Você não precisa ser feminista para perceber que isso é um problema real e difícil de ser combatido, afinal, a própria sociedade tende a ignorar o clamor de quem está à margem. Se até a maior autoridade em feminismo negro foi cancelada dentro do movimento, imagine só quem está do outro lado do discurso, no caso, quem é negro liberal ou conservador politicamente.

Como os antigos capatazes dos senhores de escravos, a intelectualidade negra ativista atual ?aplica penalidades aos negros que manifestam publicamente posicionamentos divergentes?. E não são indivíduos escolhidos pela comunidade e sim reconhecidos pelo público branco (na visão de hooks)

Fica a reflexão sobre até que ponto vale a pena aliar-se a grupos que dizem pretensamente lutar pela justiça. A verdade, meus caros, é que o problema é o ser humano buscando em lutas sociais a redenção para sua própria maldade.

Eu não posso deixar de colocar minha perspectiva cristã nisso, sabe? O ser humano se afasta de Deus achando que pode ser melhor sem ele e combater as injustiças e o caos, mas ele mesmo as provoca.

Ricardo Abreu 04/09/2024

Maravilhoso livro
Adorei o trabalho de duas pesquisadoras sérias e que nos colocam em contato com a verdade sobre fatos históricos e concepções errôneas que temos sobre antirracismo. Recomendo muito.

Claudia.livros 07/07/2024

Um pequeno livro, mas que contém tantas análises importantes, muito bem sintetizadas nesta obra. 

Esse trabalho é um ótimo passo inicial para quem quer entender melhor alguns termos tão falados atualmente: racismo estrutural, lugar de fala, apropriação cultural, movimento negro, etc. 

Quais suas origens? Suas descrições? 

Com linguagem clara e acessível, as autoras entregam algumas pesquisas a respeito desses assuntos e ajudam no entendimento para quem é leigo. Mas também é um guia para as fontes necessárias caso o aprofundamento do estudo se faça necessário. 

Indispensável para nossos dias.

Marcelo1145 02/07/2024

Verdades ocultas
O que realmente se constrói com algumas Narrativas? O racismo tem lado? Classe social? Religião? O racismo existe, mas não é muito o que se pensa ou como se divulga.

Isa Coll 19/06/2024

Finalizei a leitura em, aproximadamente, 3h.
Um livro rápido e direto ao ponto!

Conhecer mais sobre o dito "racismo estrutural", "lugar de fala" e "apropriação cultural" é muito importante. Ainda mais tratando sobre esse assunto tão"polêmico".

Não é um assunto que eu pretendo me aprofundar, mas queria ter pelo menos uma noção básica, e tudo foi muito bem esclarecido ao decorrer das páginas. Geisiane e Patrícia foram bem cirúrgicas em tudo. Realmente, recomendo este livro!


"[...] o cancelamento de indivíduos negros com pensamentos heterodoxos só concede vitória a um agente: o racista."

Bi Bueno 08/06/2024

O que não te contaram sobre o movimento antirracista
Fortemente desrecomendo!

Quando comprei esse livro, imaginei, pelo título, que teria a chance de ler sobre as nuances do movimento, sobre coisas que me fariam entendê-lo melhor e, assim, melhorar.
Mas essas duas autoras, de direita, fazem um desserviço ao movimento, apontando coisas que, segundo elas, enfraquecem-no, mas que são facilmente rebatidas.
Aí depois tu vai ver que tem resenha elogiosa do livro em sites de direita, que negam o racismo ou que sempre foram abertamente racistas, e aí tu entende tudo?

Rodrigo 23/05/2024

Leitura Rápida com MUITO CONTEÚDO e bem fundamentado
Leitura fundamental para qualquer discussão sobre o tema racismo. Porque vai além do senso comum, geralmente, uma visão esteriotipada, reducionista e tratada com viés ideológico e não baseada em fatos. Esse livro é fundamental para iniciar o despertar correto sobre o tema. E as autoras são incríveis, já as conhecia e comprei sabendo que seria uma boa escolha! Recomendo demais!

Vinícius 18/05/2024

Verdades incomodas do movimento antirr@cista
As escritoras sociólogas Patrícia Silva, e Geisiane Feitas abordam como o movimento antirracista mundial e nacional tem se comportado nas últimas décadas com exemplos nacionais, citando livros do atual ministro dos direitos humanos Silvio Almeida e da professora Djamila Ribeiro ambos Marxistas que não conseguiram conceituar de forma clara os termos racismo estrutural do primeiro e lugar de fala da segunda. A forma como movimento dito antirracista, termina segregando vozes que pensam o contrário dos progressistas e levando ao atual "cancelamento" dos mesmos, mostra um pouco de como a ação revolucionária woke atua nessa na contemporânea New Left.

blckviih 14/04/2024

Não se engane
Não sabia q elas são cristãs, eu tava gostando até chegar na parte q elas falam q racismo estrutural não existem e meterem o pau no Silvio Almeida ?????? mas não anulo a obra delas, falaram bem sobre o racismo e como ele deve ser derrubado o mais rápido possível

Kelly Moura 08/04/2024

Leitura rápida, inteligente e muito importante!
Leitura que explica a incoerência de termos que ganharam espaço nos discursos, ditos, antirracista, e sua nenhuma ajuda à causa. Racismo estrutural, Lugar de fala, Apropriação cultural representam o movimento negro contemporâneo, e quem não adere sofre linchamento, sabotagem e racismo.

hitmsoft 19/03/2024

Recomendo a leitura para todos. argumentos pertinentes e de extrema importância de serem expostos e debatidos.

MarianaB. 16/02/2024

04/40
Terminei esse livro esses dias e foi uma experiência diferente da que estava esperando porém igualmente edificante.
as autoras são conservadoras então foi difícil não reacionar a algumas questoes.
exercitei escuta de pontos de vistas político diferentes do meu e entendi o quanto esse movimento é necessário para fortalecer causas (e é inclusive uma das forças do livro). principalmente quando se trata de uma realidade que não é a minha, escutar distintos
"lados" de uma mesma luta faz com que eu esteja mais preparada para engajar independente do meio que eu estiver. o objetivo é fortalecer com consciência.

Maricel.Torres 02/02/2024

Qual é a sua visão de mundo?
Como toda obra que trata de pautas relevantes e de valorização humana (sendo simplista), esta é mais uma que vale a pena ler, com abertura e clareza sobre visão de mundo.

No início da obra as autoras se utilizam da abordagem acadêmica para demonstrar a fragilidade conceitual de termos adotados na pauta Antirracista. Contudo, ao transcorrer da obra, as autoras dão indícios de seu viés pessoal, selecionando autores que apoiam suas ideias, ainda que possam ser revestidas de algum valor e coerência. Logo incorrem na mesma prática que criticam.

Enquanto obra acadêmica, sua contribuição é questionável e deveria ser submetida a rigorosa avaliação por pares. E, quanto à pertinência, é carregada de tanto valor quanto as obras que são alvo de questionamento.

Jubs Manzano 17/01/2024

Opiniões contrárias tem valor?
Esse livro me fez pensar muito além do tema abordado, a princípio.
Duas mulheres negras, formadas e com vida acadêmica deveriam ser o orgulho do progressismo, mas não se trata disso, não quando essas duas mulheres são conservadoras.

O assunto abordado é uma pauta que deve ser vista e valorizada por todos. Mas será que estamos abertos a ouvir opiniões divergentes? Ou simplesmente baseamos nossa ideia naquilo que nos convém, cercando de pessoas com a mesma opinião e fechando os horizontes a cerca do debate ideal?!

Racismo existe, todos sabemos (ou deveríamos saber). Mas será que é realmente pautado em uma estrutura? Se sim, que estrutura é essa? E quem é o responsável por ela?
Lugar de fala realmente existe? Se sim, quem tem direito a falar? Todos que se encontram naquele ?lugar social? ou só os que se encontram dentro do mesmo viés? Ou será que é uma ideia ?deturpada? e é usada apenas para censurar os ?privilegiados da sociedade? - realmente entre aspas porque não podemos tratar alguém como vítima ou privilegiado sem conhecer a história da pessoa, de fato. As aparências enganam, e muito! Além de que, a sua história passada, ou a de um povo por inteiro não deve determinar seus passos futuros, você é o único responsável por se desenvolver e crescer, por chegar aos lugares que quer chegar, essa luta é individual (rodeada de pessoas que desejam seu melhor, mas é uma luta particular).
O que dizer sobre cultura? Ela realmente tem dono? É necessário o cancelamento por admirar e usar algo da cultura alheia? Se sim, por que, como brasileiros, amamos ver nossa cultura mundo a fora e não nos indignamos com a mesma ideia de ?Apropriação da nossa cultura?? Além disso, se vai haver cancelamento (tentativa de demonizar alguém e acabar com a vida social de uma pessoa, simplesmente por ser alguém falho e não se adequar aos padrões de perfeição da sociedade) por que ele é tão seletivo?

As questões ficam no ar e espero que, assim como eu fiquei refletindo sobre o assunto, todos os leitores também reflitam.

Termino minha resenha com uma citação famosa:

?Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las.?

Que venhamos ter debates sem a censura, afinal ela só é benéfica a um: o racista.

Hélen Gomes 04/01/2024

Aquele tapa de mão leve!
O que não te contaram sobre o movimento antirracista, é um livro super rápido, literalmente apenas 96 páginas, mas é excelente. O livro desmistifica diversas coisas que esse pessoal que adora pagar de entendido das causas, mas que na real não estuda b@sta alguma fica gritando por aí, como: lugar de fala, apropriação cultural e racismo estrutural.
A abordagem é bem simples, então fica gostoso de ler, o que muitas vezes tem uma abordagem bem pesada. Além das explicações sobre os temas voltados ao racismo, o livro te faz pensar de verdade, no que esse pessoal anda gritando sem aprofundamento.
Fica a minha recomendação!