Bordado em Ponto Corrente

Bordado em Ponto Corrente Rute Ferreira




Resenhas - Bordado em Ponto Corrente


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Diã 25/02/2024

Leitura incrível!
A violência silenciosa que grita em meninas e mulheres...Que as faz terem penitências eternas... um livro que nos prende do início ao fim, pq berra denúncias e canta poesia de esperança.
#Caju 10/03/2024minha estante
Amiga vou começar hoje! ?




Cínthia samm 25/09/2024

Maravilhoso
"Há muita beleza no trabalho de tecer os fios da existência humana, nos cuidadosos trançados feitos de sonhos, suor e pó, no lento cruzar das linhas invisíveis em uma costura infinita, no bordado em um ponto corrente que dá voltas em vidas inteiras. É um trabalho pesado e, no entanto, reside nele um aspecto de ternura e paciência que o torna leve, leve como a brisa que corre em pequenos povoados nos finais das tardes."

Bordado em ponto corrente é narrado pelas moiras, que em seu trabalho sentem e sofrem com o desenrolar dos dias
da vida das mulheres de um pequeno povoado.
A linguagem e a beleza do texto é surpreendente. Embora trate de assustos sensíveis, autora consegue expressar uma sensibilidade ímpar.
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Renata Barreto 18/07/2023

A Rute sabe bem usar as palavras. Um livro sobre mulheres, amor, violência e morte. Uma bela tragédia familiar (se é que é possível uma tragédia ser bela). Disponível no KU, leiam!
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Letícia Sobral 15/07/2024

Quando as Moiras contam uma história?
As Moiras vão medir, tecer e cortar o fio da vida de algumas pessoas de uma cidadezinha do interior banhada pelo Rio das Almas.
Numa narrativa fluida, elas vão tecendo a trama dessa narrativa cheia de realismo mágico mas muito real.
Eu amei ?
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Carolina Lima 12/06/2024

Uma obra-prima!
Em ?Bordado em ponto corrente? a história é contada pelas moiras, responsáveis por tecer o fio da vida, que ficam instaladas em Santana da Solidão, cidadezinha do interior do Maranhão, e abastecida pelo Rio das almas. Um rio vivo que permanece cheio quando contente e seca quando quer castigar.
Após o rio devolver uma moça morta ele seca completamente e expõe diversos outros corpos que ele tomou como oferendas. No desenrolar da história descobrimos os traumas e os crimes de alguns personagens ligados à tal moça.
Rute Ferreira traz com simplicidade e fluidez um assunto difícil de engolir e personagens complexos em meio ao realismo fantástico vivido no vilarejo. A história me envolveu mesmo depois de uma breve ressaca literária. Em vários momentos eu queria continuar mas tinha que parar de ler. Creio que esse livro tem tudo pra se tornar um clássico da literatura moderna brasileira.
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AnneKelly1 29/05/2024

Literatura contemporânea que usa o realismo fantástico para contar histórias dos moradores de Santana da Solidão. Narrado por Moiras, conhecemos um rio
como figura mística, mulheres e homens marcados por segredos, violência e amor. "As linhas se misturam, fios se tocam e se tornam laços que custamos a desembaraçar, e por vezes não se desfazem e terminam para sempre um só nó. E a história volta a acontecer."
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Vinícius 16/05/2024

Na arte contemporânea, uma pergunta recorrente é: como abordar temas sensíveis e pesados sem, no entanto, corroborar para a degradação e desumanização dos(as) que são alvo da violência discutida nesses temas? A resposta para essa pergunta não é fácil, mas após ler "Bordado em Ponto Corrente", posso dizer que Rute Ferreira alcançou esse delicado equilíbrio, construindo uma obra visceral e agridoce de uma maneira paradoxalmente sensível e poética.

Unindo o realismo fantástico latino-americano à mitologia grega, Rute nos transporta para um interior brasileiro que parece perdido no tempo e existir além desse tempo, ainda que tenhamos uma noção vaga de quando a história se passa. O nome desse vilarejo, Santana da Solidão, é mais do que propício, pois vemos personagens femininas que são forçadas a recorrer à solitude e ao silenciamento para sobreviverem num mundo que as oprime e cala.

Parece pesado, e é. No entanto, Rute tem uma prosa de uma força e sensibilidade tamanhas, de modo que quando a violência aparece (em suas muitas formas), nunca é gratuita e nunca é construída para fortalecer o ponto de vista dos opressores em detrimento das oprimidas. Ela dá voz a essas mulheres, constrói-as como seres multidimensionais e imprime um sutil aspecto fantástico na obra que traça comentários pungentes sem nunca apelar pro proselitismo. Há também um mistério rondando a narrativa, que é tão bem costurado (ou bordado?) às histórias aqui contadas que me deixou sedento por respostas, e devo dizer que a resposta para esse mistério me deixou de queixo caído.

Alternando entre o passado e o presente num controle espetacular sobre sua narrativa, Rute traz para nós em "Bordado em Ponto Corrente" uma daquelas histórias que nos deixam uma marca difícil de ser apagada. Ela é capaz de encontrar beleza mesmo em meio ao mais sórdido, impactando-nos com a escolha de suas palavras, a fluidez, sensibilidade e poesia contidas em sua prosa. E ainda assim sinto que os elogios são poucos a esse livro que já figura entre as melhores obras nacionais que li na minha vida.
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Ale 06/04/2024

Marcante
Bordado em ponto corrente retrata a tristeza e crueldade em as mulheres se viam submetidas, além dos traumas que carregavam por toda uma vida e o quanto a sociedade era capaz de virar o rosto para o outro lado, fingindo que nada acontecia. Santana da Solidão era uma vila cruel para elas e mesmo.assim foi impossível parar de ler.
Um livro marcante assim como essa Vila de pescadores e seu rio das Almas, aquele que guarda corpos e segredos.
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Lulu 22/03/2024

Rute Ferreira e Socorro Acioli
Rute Ferreira e Socorro Acioli dividem os mesmos neurônios? Senti o mesmo ?tempero? da Socorro nessa história da Rute!
Regionalismo, tradição, paixão e misticismo. Quem gostou de ?A Cabeça do Santo?, acredito que vai gostar muito desse tb ??
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#Caju 16/03/2024

Violência e poesia
Se você é mulher, e for ler, já adianto, vai doer bem no fundo da alma. Porém, é uma obra sensacional, nunca antes experimentei algo com tanta riqueza literária. A escrita é uma obra de arte a parte! ?????

O livro trata da violência a mulheres sem freio, violações a adolescentes, patriarcado feroz, desistência de amores por uma estrutura cultural da sociedade, sangue, tragédias, mortes, lutos, resposta da natureza e muitos mistérios. Tudo isso e muito mais você encontrará nele!

Mas vos digo, nunca li algo com temas tão densos ser escrito de modo tão poético, e sem nenhum momento desmerecer ou diminuir as dores dos personagens, pelo contrário, dá mais ainda importância a essa dores entrísecas nas mulheres do povoado Santana da Solidão.

Por fim, como diz a autora, a vida se repete como um rio. ????? Leiam!!!
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Egberto Vital 11/02/2024

A escolha das Moiras como narradoras foi uma sacada genial da autora de "Bordado em ponto corrente". Eu sempre pensei nas carpideiras como uma personalização dessas fiandeiras gregas e Rute Ferreira conseguiu construir isso de forma imagética em sua narrativa.
Aqui, elas não apenas tecem ou cortam o fio da vida das personagens, ela lamentam determinadas vivências, sofrerem com o ter de decidir quando findar tear das histórias que se intercruzam nas margens de um rio vivo, personagem e a gente ativo sobre as jornadas da multidão de sujeitos solitários que habitam Santana da Solidão.
O fio do tear que constrói a tessitura desse romance vai sendo tingido do vermelho sangue que escoa da violência estrutural e paternalista e do ocre fétido dos corpos em decomposição.
É uma leitura impactante e emocionante. Recomendo.
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deniferreira 03/02/2024

Gostei, o livro tem uma escrita leve e poética e fala de uma forma muito natural sobre coisas fantásticas. Uma bonita e triste história sobre amor e morte.
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Tati 16/01/2024

Intrigante e inteligente
Um livro que nos prende até o fim, com uma história cheia de dor, pouco amor e muitos segredos sendo revelados. Genial!
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jessicazanella 12/01/2024

Simplesmente um dos livros mais belos e tristes que já li.

"Há muita beleza no trabalho de tecer os fios da existência humana, nos cuidadosos trançados feitos de sonhos, suor e pó, no lento cruzar das linhas invisíveis em uma costura infinita, no bordado em um ponto corrente que dá voltas em vidas inteiras. É um trabalho pesado e, no entanto, reside nele um aspecto de ternura e paciência que o torna leve, leve como a brisa que corre em pequenos povoados nos finais das tardes" (p. 100).
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Carol Poupette 07/01/2024

Que maravilha de romance
Primeira vez que leio um livro da Rute e estou simplesmente encantada. Que escrita, que desenrolar de histórias, que tristeza meu Deus. São leituras como essa que eu me refiro quando digo que gosto de romance e ninguém entende.
É uma leitura forte, cheia de gatilhos - mas, muito comum pra quem trabalha com a violência no dia-a-dia. Sem contar que é de uma escritora maranhense.
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