Meia-Noite no Jardim do Bem e do Mal

Meia-Noite no Jardim do Bem e do Mal John Berendt




Resenhas - Meia-Noite no Jardim do Bem e do Mal


10 encontrados | exibindo 1 a 10


mayzinha 18/11/2024

O livro "Meia-Noite no Jardim do Bem e do Mal" é uma narrativa que mistura elementos de jornalismo investigativo, romance policial e crônica social. Ambientado na cidade de Savannah, na Geórgia, nos anos 1980, o autor apresenta uma galeria fascinante de personagens excêntricos e um mistério central: o assassinato de Danny Hansford, um jovem problemático, pelo milionário Jim Williams.

A história começa com a chegada do narrador à cidade, onde ele mergulha no universo peculiar de Savannah, explorando seus costumes, festas e figuras icônicas. A segunda metade do livro é dominada pelo julgamento de Jim Williams, marcado por reviravoltas legais e pela intrigante ambiguidade do caso.

O maior trunfo da obra é sua capacidade de capturar o espírito de Savannah: um lugar onde o tradicional e o bizarro coexistem. Berendt equilibra uma escrita envolvente com descrições vívidas, criando uma atmosfera quase cinematográfica.

Minha opinião
O livro é cativante, especialmente para quem gosta de histórias baseadas em eventos reais com um toque de mistério. A riqueza de detalhes sobre a cultura sulista é um ponto alto, mas a narrativa pode parecer arrastada em algumas partes devido ao excesso de digressões. Ainda assim, vale a leitura pela mistura única de jornalismo e literatura, além de sua habilidade de fazer o leitor refletir sobre moralidade, justiça e as idiossincrasias humanas.
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Rafael.Fires 01/09/2024

Savannah, te amo! ??
Um livro que junta ficção com true crime com uma sutileza e uma magistral composição de detalhar todas as pessoas e os locais mais inusitados da cidade de Savannah.
O crime só acontece depois de 50% do livro, mas tudo que o autor nos detalha sobre a cidade não leva ao tédio, muito pelo contrário, nos deixa com mais vontade de conhecer a cidade real.
Tem um filme bem loucão sobre esse livro que eu amo, vale conferir!
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Aline.Andrade 26/04/2024

Paciência
Uma pérola escondida que precisa de paciência, cuidado e dedicação p ser encontrada. Com muita descrição no início, só vem realmente prender o leitor depois de umas 200 páginas. Mas por ser uma história de não ficção é incrivelmente fascinante. Uma aula de história, de vida , com um toque de suspense. Gostei, foi uma leitura interessante.
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Xandy Xandy 14/04/2024

Muito marketing em cima de um livro chato!
Achei a história bem chata, com um enredo que não me agradou em nenhum momento. Mais um livro da Darkside que engana pela bela capa!
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Victor108 12/03/2024

Por que? Qual era a proposta?
Confesso que até agora eu não entendi qual era o objetivo do John Berendt ao escrever esse livro. Para contar a história de um assassinato, o autor gasta muito tempo apresentando personagens que não tem importância alguma para história, tornando-a monótona e confusa. Eu sinto que ele tentou dar uma de Jane Austen ao apresentar a sociedade de Savannah, mas não soube como fazer dela uma personagem importante para a história.
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Grazi 26/02/2024

Assassinato ou legítima defesa?
Considerado um clássico de décadas (ou seculos) atrás eu particularmente não sei se "curti".
Temos estelionatarios, aproveitadores, mentirosos descarados, drag queens e mais uma infinidade de figuras e suas personalidades "marcantes" ou extravagantes digamos assim.
Um bando de gente falsa, arrogante, cheias de si e de uma individualidade única.
Savannah pode até ser uma linda cidade para visitar, mas não queira se demorar muito por lá, você não vai gostar do que vai ver/descobrir.
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Rafaela 22/02/2024

Meia-Noite no Jardim do Bem e do Mal
"99% verdade e 1% de exagero"

O livro me lembrou o grande gatsby, a forma como entrava na vida dos personagens e a ideia narrador/personagem. Mesmo não sendo o que eu esperava (o que me decepcionou um pouco), eu gostei bastante do livro. Depois que cai a ficha de que os personagens, e consequentemente suas histórias, são reais fica mais interessante e divertido. Decide ignorar o 1% de exagero e acreditar 100% em tudo que é apresentado sobre as pessoas em Savannah.
Infelizmente, por mais divertido que tenha sido, eu queria receber um true crime com mais crime, então é difícil dar uma nota maior.
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susygiudice 04/12/2023

Não precisava de 400 páginas
Um crime simples, que acaba ficando até em segundo plano com tanta história paralela. Além de pitadas de ficção que achei desagradável em meio a uma história real. Acabou que a leitura foi entediante, no geral.
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Juju 23/10/2023

Verdades Floridas
Em 2 de maio de 1981, o som proveniente de uma troca de tiros suspeita irrompeu pela noite advindo de uma residência luxuosa mais conhecida como Casa Mercer. O cenário para esse crime foi a cidade de Savannah na Geórgia. Um local famoso por suas belas casas, praças opulentas e jardins suntuosos, mais ainda pelos moradores acolhedores ainda que bastante peculiares e que abominam a simples hipótese de progresso ou expansão. Não obstante, a cidade parecia sempre à beira de um colapso decadente, mesmo que se dedicasse com sucesso a manter sua imagem bucolicamente adorável e perfeitamente imaculada. Dali em diante, um forasteiro de Nova York se mistura à miscelânea de variedades em Savannah, conhecendo algumas das figuras mais importantes e estranhamente cativantes que lhe mostram tudo o que se pode saber sobre o estilo de vida daquelas pessoas, tudo isso em meio ao julgamento que se estenderia por longos 8 anos a fim de determinar uma resposta para o mal que lhes afligia: seria Jim Williams culpado ou inocente pelo assassinato de Danny Hansford?

Publicado pela primeira vez em 1994, Meia-Noite no Jardim do Bem e do Mal foi um sucesso estrondoso que permaneceu durante 216 semanas seguidas na lista de best-sellers do New York Times. O livro até mesmo ganhou um prêmio e em 1995 concorreu ao Pulitzer na categoria não-ficção. O autor é John Berendt, graduado em Letras pela Universidade de Harvard e foi redator de veículos de comunicação de prestígio como New York e Esquire.

Sobre o livro em si, a história, as pessoas, a cidade, o crime, o julgamento: é tudo real. A única parte fictícia é o narrador que apesar de não possuir um nome, sabemos se tratar do autor do livro (John Berendt). E eu consigo compreender os motivos de ele ter sentido a necessidade de criar e inserir um personagem ali para poder narrar toda essa história. São muitas intrigas, fofocas, boatos e particularidades que poderiam sim ser narrados a partir da forma tradicional (da maneira que vemos em livros de true crime: imparcialmente e com linguagem neutra), no entanto, creio que a experiência seria deveras enfadonha caso ele houvesse elegido essa opção. Através dos diálogos e das cenas elaboradas, fica mais fácil compreender a realidade de Savannah, a experiência é mais imersiva. Assim, até parece que somos igualmente transportados para dentro do livro e por consequência para dentro de Savannah, somos apenas mais um forasteiro desbravando e conhecendo aquele lugar tão belo e particular repleto de moradores excêntricos e falastrões que possuem um bocado de segredos sórdidos para ocultar. Contudo, vale novamente ressaltar: esse não é um livro de crime fiction (crime ficcional), os eventos são baseados em relatos, informações, entrevistas e todo um material de pesquisa vasto e completamente verídico. Os fatos narrados pelo personagem principal dessa obra seguem uma linha do tempo precisa e apurada.

O que eu achei? Pessoalmente, foi uma boa leitura, só acho que o autor não precisava de 400 páginas para contar essa história. O caso foi um homícidio bastante simples, apesar das reviravoltas que culminaram em quatro julgamentos diferentes e teve um final esperado, porém surpreendentemente intragável. Eu diria até poeticamente cruel, o que não ironicamente combina perfeitamente com os moradores e a cidade de Savannah. Existem alguns elementos legais de misticismo e no geral eu penso que o autor foi bem competente em se ater a todos os detalhes - talvez até demais - mais relevantes. A leitura ainda é permeada por lindos cenários floridos, artísticos, musicais e resgata um saudosismo tremendo de uma época que já se foi.

Agora entramos em um outro ponto que eu preciso ressaltar na minha resenha. True Crime e ficção são uma boa combinação? Não é uma fusão completamente ruim do ponto de vista literário, e com isso eu quero dizer que eles possuem elementos que podem funcionar de uma forma bastante instigante e captar a atenção do leitor. Mas por outro ângulo, quando você mistura fatos reais com outros elementos fictícios, por si só isso pode gerar uma grande confusão no leitor que não vai mais saber diferenciar, separar um do outro. E a partir daí eu acho perigoso, porque quando estamos falando de um crime real existe todo um espectro mais abrangente que entra nessa equação bem complexa. O autor pode imputar sentimentos aonde eles não cabem ou existem, pode macular ou alterar fatos a partir de suas opiniões pessoais, induzir conclusões ao leitor, tomar um partido e assim por diante. Não foi muito o caso desse livro em específico, eu ainda acho que o autor conseguiu manter dentro do possível a neutralidade, mas na maioria dos casos não é bem assim. E tal atitude sugere grande irresponsabilidade e às vezes até falta de respeito com as verdadeiras vítimas e/ou pessoas envolvidas. É necessário ter muita cautela, pois as repercussões podem assumir toda uma magnitude extremamente negativa. Tal qual no caso da minissérie Dahmer, adaptada a partir de fatos/crimes reais, indivíduos passaram a defender e até glorificar o assassino. No que diz respeito à essa obra, por exemplo, eu ouvi pessoas comentando que era uma história inventada. E não é. Toda a dor daquelas pessoas foi real e isso precisa ser reconhecido e validado. Fica então a reflexão.
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