Daniela742 30/07/2024
Mata Doce
Mata Doce foi uma grata surpresa. Cheguei ao livro sem saber muito do que iria encontrar, conhecendo um pouco sobre Luciany Aparecida, autora que esteve no FLIAP. Mergulhei nessa história de corpo, alma e coração e a cada personagem, lugares e histórias do povoado fui me sentindo em casa. Viajei para Mata Doce como se tivesse mesmo entrado no carro de Thadeu e ido passar alguns dias por lá.
Enquanto eu tomava meu bom café com cuscuz, Mariinha, Tuninha, Maria Teresa, Mané da Gaita e Chula, comiam biscoitos de goma e me contavam causos de alegria, tristeza e amor. Me vi mais forte, inspirada pelas Mulheres da Vazante que apesar das dificuldades, fazem acontecer. Sonhei que posso ser uma delas também, por que não?
Já no final da história Maria Teresa descobre Úrsula e junto descobre também um dos sentimentos mais lindos que a literatura nos proporciona, de sentir a catarse, ou em português claro, identificação. Nesse momento nosso sentimento era o mesmo e isso é inexplicavelmente divino.
Perdi as contas em quantas passagens e momentos vi meus familiares, pais, avós, tios, conhecidos, desenhados nessa história com outros nomes e fisionomias. Vi muito da minha região, da cidade onde moro, descrito tão bem que era como se eu conhecesse Mata Doce e seus cenários não fossem só imaginação, mas realidade.
Pra arrematar tudo, pude dar um abraço em Luciany Aparecida e dizer a ela como a sutileza e sensibilidade da sua escrita me tocam profundamente.