Sufocado pela preguiça

Sufocado pela preguiça Antonio Pérez Villahoz




Resenhas - Sufocado pela preguiça


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Pablo Paz 12/06/2024

Sufocados pela Preguiça
Sufocados pela Preguiça

Se tu és, conheces, ou és responsável por algum adolescente, achei este livro altamente recomendável. Claro que não só para os 'ados', serve para qualquer pessoa que tem se sentido 'sufocado pela preguiça', mas dadas as circunstâncias e conjunturas atuais - pós-pandemia Covid-19 - é perceptível que a maior parte desse público jovem é o mais atingido pela preguiça.

É fato que a preguiça, a 'boa preguiça' da qual escrevera Paul Lafargue, deve ser tomada das mãos dos patrões que sempre a conspurcaram em benefício próprio, isto é, contra os trabalhadores que exigiam menos horas de trabalho e salários justos; a preguiça, aliás, pode ser muito benéfica à criatividade, mas no caso deste livro, uma abordagem católica, a preguiça, um fenômeno psicológico, é vista como patológico: o autor a aproxima da tibieza, tema corrente na filosofia e teologia tanto católica quanto protestante: aquela falta de ardor e de entusiasmo, um estado de fraqueza, para dedicar-se às 'pequenas coisas de Deus' no cotidiano: é a falta de compromisso com os pequenos rituais que levaria ao enfraquecimento da fé e ao afastamento da comunidade religiosa. Sim, qualquer mente laica sabe que há outros motivos, e até mais graves (corrupção, hipocrisia, luxúria etc.), para tal e qual enfraquecimento e afastamento, mas aí é outra discussão...

O importante da obra, para mim, é uma parcial mas importante explicação para a mediocridade estudantil da atualidade: a pandemia não foi responsável apenas por uma geração de pessoas ansiosas, o que é fato, mas também de uma geração preguiçosa e com pouca iniciativa quando se trata da vida escolar. Um dos responsáveis é o smartphone; outro, as redes sociais com sua barra de rolamento que faz com que indivíduos passem horas dentro delas, apenas 'rolando' a tela em busca da última novidade. Porém, é preciso nomear os bois: boa parte dos adolescentes não tem interesse na escola não só porque não veem sentido nela, mas também por preguiça, segundo o autor. Se a vencessem, ela teria, melhor dito, ganharia sentido. Como somos frutos do hábito, uma geração de Nem-Nem, nem estuda nem trabalha, não surge do nada. Veio sendo parida por maus-hábitos, dentre elas, a pouca responsabilização individual por aquilo que cabe ao indivíduo.

O livro - escrito por um escritor católico autor de obras infantojuvenis - tem título de obras de autoajuda, mas está mais para um (bom) sermão, como comprova o anexo do livro ('Vamos falar da Tibieza'). Se tu andas preguiçoso, vale deixá-la de lado para ler este livro.
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Sincero 03/04/2024

Sufocado pela preguiça
Pontos para não se deixar envolver pela preguiça:
- Exercite a força de vontade.
- Senso de sacrifício.
- Ânimo.
- Obtenha disciplina.
- Fuja das distrações.
- Saia do comodismo e da vida fácil.
- Queira lutar pelos seus objetivos.
- Cumpra os deveres e as responsabilidades.
- Evite fazer as coisas por gosto.
- Evite a ociosidade.
- Administre bem seu tempo.
- Organize seus compromissos.
- Possua uma agenda com tarefas e seus horários.
- Descanse quando merecer o descanso, depois de algum esforço.
- Saia da cama no ?minuto heróico?.
- Saiba desfrutar os prazeres autênticos com equilíbrio.
- Seja constante. Comece e termine.
- Controle do uso do celular.
- Cuidado com a trinca: preguiça, egoísmo e impureza.
- Evite adiar o cumprimento de seus compromissos e de seus deveres
- Lute e esforça-te para conquistar.
- Todo ideal se exige sacrifício
- A preguiça mata os ideais.
- Saiba aproveitar o tempo livre, principalmente nas folgas e nas férias, definindo o que tem que ser realizado.
- O antídoto contra a preguiça é o cumprimento do dever.
- Não devo somente fazer o que gosto, mas o que é necessário.
- Responda pelas suas responsabilidades.
- Seja ordenado e evite o desleixo com pequenos sacrifícios.
- Alimente sua autoestima para as lutas.
- Seguir o caminho do gosto leva a solidão.
- Busque combater com a generosidade e ela te levará à diligência.
- Cumpra os seus planos com sacrifício.
- Tenha vontade determinada, dê o melhor de si.
- Não se acostume com as facilidades
- Fuja do comodismo.
- Construa, não fique só na boa intenção.
- Atrás de alguém que melhora e evolui, sempre há alguém cansado.
- Saia de si e cultive amizades.
- Gaste-se alegremente no serviço ao outro, fazendo-os felizes.
- A alma apostólica não vive para si, mas para o bem dos outros.
- Deus em primeiro, os outros em segundo e eu em terceiro.
- O comodista leva uma vida vazia, sem compromissos e sem metas, o altruísta tem uma vida apaixonada.
- Sê valente, contemple Cristo na cruz e perceba como foi sua entrega por amor.
- A vocação não morre de um dia para o outro. A tibieza vai minguando a vida até ao abandono do caminho num total desânimo. Há uma trama de pecados, omissões, enganos, falhas consentidas que vão afastando o coração de Deus.
- A preguiça apaga o amor. Não há mais piedade, nem senso do sobrenatural (vida interior).
- Egoísmo, preguiça e tibieza caminham juntos.
- O tíbio perde a alegria e o desejo de lutar. Não tem vibração, vive da própria satisfação e torna-se lento para os planos de Deus.
- O desleixo é a porta de entrada para a tibieza (resultado de um prolongado desleixo).
- O tíbio perdeu a piedade, não luta, não tem temperança, não quer se desgastar no apostolado, só quer comodidade).
- Tudo começa com o que é pequeno, as mortificações mais primárias. A desordem se instala, com desperdício de tempo, falta a devoção, não se alimenta o olhar espiritual, falta dor diante dos erros, desleixo na oração, falta metas a serem cumpridas,
- Deixa a vida me levar, sem metas, sem compromisso.
- O tíbio é um velhote precoce.
- Pouca luta e falta de exigência pessoal.
- Basta somente evitar os pecados mortais, mas descuida-se quanto aos veniais.
- É indulgente quanto aos apegos desordenados.
- Os exercícios de piedade viram mera obrigação externa, sem sentido. Não há mais o desejo de agradar a Deus. Faz-se por costume, mas não por amor; mero regulamento sem alma ou cumprimento de obrigações.
- O desleixo deixa o apostolado amargo e pesado; a comunhão, fria e rápida; a oração, vaga e difusa;
- Há pouca luta contra as tentações.
- Perde-se o desejo de ser santo.
- Perda da esperança. Cansaço constante das coisas de Deus.
- Há esmorecimento e ausência de força para fazer o bem.
- Deus não o atrai mais.
- O tíbio foge do exame de sua própria consciência, pois quer estar longe de si e de Deus.
- O demônio mudo é aquele que, por soberba, impede de reconhecer os próprios pecados. Humildade e sinceridade na direção espiritual e na confissão são os remédios para sais desta inércia.
- Há demônio que só é vencido pela oração e pelo jejum.
- A contrição é o antídoto contra a tibieza.
- Alimentar-se de bons desejos e de melhoras.
- O tíbio está cheio de pequenos egoísmos e de compensações, muitos caprichos, necessidades supérfluas, seguranças materiais. Importa em apenas receber e não querer dar-se. O caráter vai se tornando mais áspero e fechado em si mesmo, que se irrita com coisas sem importância.
- Busca compensações no prazer imediato, e fica insensível aos estímulos sobrenaturais. Põe empenho apenas naquilo que é do seu interesse e torna-se preguiçoso para o que é de Deus - cegueira interior e dureza de coração.
- A impureza produz a dureza do coração e a cegueira interior.
- Para ver a Deus, é indispensável a limpeza interior do coração.
- O tíbio, arrastado pela tristeza, pelo desleixo, volta a procurar a felicidade e a alegria no lodo da impureza.
- Ele não quer cair no pecado mortal, mas acumula inúmeros veniais, no sabor de suas migalhas.
- Ele perdeu a delicadeza da alma.
- Perde o freio da imaginação se expondo ao perigo. Tenta dialogar com a tentação , baixando a guarda.
- A tibieza primeiramente ataca os pequenos detalhes de nossa vida cotidiana. A vida de amor é feita de inúmeros pequenos detalhes de amor e de correspondência para com o Senhor.
- Ser pontual; sóbrio na comida; afável e carinhoso no trato com as pessoas; não criticá-las interiormente; sorrir na dificuldade; não murmurar na adversidade.
- Na crise da alegria, por descuido pessoal, o tíbio vai procurá-la no pecado.
- A luta na tibieza está em combater as pequenas más tendências; e voltar ao amor das pequenas coisas.
- O tíbio gosta do caminho largo, espaçoso e cômodo. Busca a si mesmo. Os sacrifícios e as renúncias são ideais que o incomodam e o azedam.
- A obediência, a disciplina, a mortificação da vontade nos ajuda a sair da tibieza.
- Falta de visão sobrenatural atrai a tibieza.
- Deixar as metas boas que exigem esforço.
- Diminui o desejo pela santidade.
- Busca de glórias humanas.
- Alimentação da vangloria.
- Deus se torna algo distante ou uma ideia abstrata que pouco tem haver com o cotidiano.
- Olhar fixo nas coisas terrenas.
- Irritação constante diante de coisas inúteis.
- Busca dos êxitos para saciar a vaidade.
- Abandono do mistério e tentativa de tudo compreender.
- Cinco filhas da tibieza: 1. Crise de tédio 2.Não se permitir ser ajudado 3. Apoucamento da alma 4.Imaginação descontrolada 5.Rancor e espírito crítico.
- Cansaço interior diante de tudo referente a Deus e ao crescimento espiritual. Uma incapacidade da alma lutar pela santidade.
- Falta esperança e perda da alegria.
- Procura-se substituir Deus por coisas materiais, que passam a ter valor absoluto. Há uma certa compensação (tv, celular, redes sociais, internet, cinema, séries, consumismo, dinheiro, sono fora de hora, intemperança no comer, sensualidade etc).
- Evita-se a direção espiritual e a confissão frequentes.
- Surgem muitos pecados por omissão.
- Condenado à mediocridade, sem ânimo e sem sacrifício, não se movimenta às coisas mais altas (magnanimidade).
- Busca da tranquilidade e ausência de problemas.
- Evitar as lágrimas e a dor de ser responsável por outras vidas.
- Deixa de rezar firmemente diante dos trabalhos e esforços.
- Medo do sacrifício. Evita-se o que é exigente.
- Preguiça de encarar os problemas.
- Busca de felicidade fictícia com fantasias e imaginação solta. Seus refúgio é a ilusão, uma vida ideal fora do concreto. O tíbio foge de si e da realidade.
- Tendência a se lançar nas curiosidades e novidades com instabilidade e inconstância.
- Tem inveja daqueles que lutam para serem melhores.
- Tende a culpabilizar as pessoas por tudo e por sua insatisfação.
- Está longe de Cristo, e isso é a causa de sua deterioração interior.
- Possui ácido espírito crítico contra aqueles que não são como ele revelando o egoísmo que estava oculto.
- Não aceitação dos próprios erros e pecados.
- Não combate os pecados veniais por achar que são insignificantes.
- Adiar o sacramento da confissão.
- Insensível, o tíbio vive mergulhado na solidão, distante de Deus e dos outros.
- O remédio é dar-se aos demais, pois falta generosidade e vibração.
- Indiferença, frieza, solidão, amargura, ressentimento e desconfiança.
- Convivência difícil e áspera.
- Como se vence? Com humildade e graça de Deus, pedindo ajuda a Ele, cumprindo as práticas de piedade, submetendo-se ao horário exigente, tendo uma pequena lista de sacrifícios, enfrentando os maus hábitos, frequentando a confissão. Recorrer a Nossa Senhora, imitando suas virtudes.
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Douglinhas 25/03/2024

A preguiça, sem dúvidas nos tira a vontade de realizarmos os nossos ofícios no dia a dia, porque, ela tem a capacidade de fazer às pessoas ficarem no seu comodismo. Isso tudo afeta o ser humano que foi feito para amar a Deus e ao próximo, esse amor tem um princípio, dar-se. Por isso, quem adquiri esse hábito, não consegue olhar nem mesmo para si, porque acha que tudo está perfeito e que não precisa melhorar nada, porém, se engana. Nada melhor do que a luta e a mortificação que nos ajudam nesse caminho, que nos exige muito, porém, não é algo egoísta, e sim por amor, e se Deus está auxiliando, tudo na vida terá sentido.
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